JESUS:
A LUZ QUE TEM VOZ!
“E
foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e
numerosa multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à
beira do caminho e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus,
Filho de Davi, tem compaixão de mim! E muitos o repreendiam, para que se
calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom
ânimo; levanta-te, ele te chama. Lançando de si a capa, levantou-se de um salto
e foi ter com Jesus. Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu
o cego: Mestre, que eu torne a ver. Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te
salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora”. Mc
10.46-52.
Livremo-nos
de toda falsa segurança e confiemos somente no Senhor! Que possamos restaurar a
nossa visão no Cristo Vivo! Que tornemos a ver! O texto lido é citado por três
dos quatro evangelistas: Mateus, Marcos e Lucas. Cada um deles conta o episódio
de sua própria perspectiva. Em todos os
relatos, o cego ou os cegos foram encontrados à beira do caminho e tiveram a
sua visão restaurada. Há muitas explicações para essas aparentes contradições,
mas não é este o cerne do assunto que queremos abordar. Vamos nos ater ao fato
em si: Alguém que enxergava, agora, perdera a visão e buscava ansiosamente
tornar a ver. Apenas os cegos citados por Marcos e Lucas se enquadram nesse
perfil. Marcos é o mais específico dos evangelistas, apesar de ter escrito o
menor dos quatro Evangelhos ele consegue dizer coisas que os outros não
conseguem. Quando Jesus estava saindo da Velha Jericó e entrando na Nova
Jericó, encontrou um homem que tinha nome, chamava-se Bartimeu, seu pai era
conhecido chamava-se Timeu; essa poderia ser a história de qualquer um de nós
ou de qualquer pessoa que conhecemos. Aquele homem deveria ter passado por algo
terrível que o fizera perder a visão. O texto diz que ele vivia esmolando à
beira do caminho. Os que perdem a visão da verdadeira Luz acabam por viver das
migalhas. O mesmo pedido feito pelo cego do relato de Marcos é feito pelo do
relato de Lucas: “Que eu torne a ver”; por isso deduzimos se tratar do mesmo
cego. Não há nada mais triste do que encontrar alguém que andava
desembaraçadamente no Caminho e de repente perdeu a visão, ficando à margem da
vida. Há muitos assim em nosso tempo! Na verdade este tipo de fato sempre
existiu. Aqui não se trata de perda da salvação, mas de algo que nublou a visão
até tirá-la completamente. Quantos em nosso meio tinham uma visão nítida de seu
chamado e de repente, quase sem perceber vão encurtando a visão e se tornam
míopes espiritualmente até que cegam completamente. Quando Jesus andou na terra
e se fez homem por amor de nós, a sua intenção não era tratar os problemas do
mundo, mas resolver o grande, único e crucial problema do homem: O seu pecado.
Ele veio buscar e salvar o perdido. Em nenhum lugar nas Escrituras o
encontramos implantando uma religião, mas buscando um relacionamento intimo com
todos os que por ele foram restaurados: Cegos, coxos, leprosos, endemoninhados,
lunáticos, enfermos, maltrapilhos, até mesmo mortos ressurretos e pecadores de
toda sorte.
O
Senhor diz em Jo 8.12: “Eu Sou a Luz do
mundo; quem me segue não andará em trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”.
Mas, como o Senhor é Deus misericordioso e compassivo e também de
oportunidades, está sempre nos proporcionando chances de restaurar a nossa
visão dele próprio e do seu Reino. Bartimeu o cego do nosso relato não podia
ver, mas podia ouvir e clamar. Ele tratou de tomar quatro atitudes que devem
ser tomadas pelos que encurtaram a visão ou a perderam totalmente. Primeira
Atitude: Clamar ao Senhor com sinceridade de coração e não se deixar abater
pelas críticas e repressões! Clamar=pedir, rogar, aos brados, isso não
significa que Deus seja surdo, mas é uma explosão de um coração aflito, que não
se contém e precisa externar todo seu desespero. Mesmo a despeito de toda oposição,
Bartimeu ouviu a voz do Senhor e clamou por ele. Ele não se deixou intimidar e
assim devemos fazê-lo com toda a força do nosso coração. Bartimeu reconheceu
que só o Senhor era a saída para aquela sua situação, ele não podia perder
aquela chance de ser restaurado e foi à luta. Ele não podia enxergar, mas podia
ouvir e gritar, e assim ele fez e nós podemos fazer também. Os cegos contam que
sua audição é bem aguçada, uma bênção compensadora que os ajuda a sobreviver. O
problema é que muitos, além de cegos têm ficado também surdos. Jesus Cristo é a
resposta para as nossas deformidades. Tudo que precisamos é clamar e crer que
só ele pode mudar a nossa história. Segunda Atitude: Ele Lançou de si a
capa e foi ao encontro do Senhor! Capa= Representa toda e qualquer falsa
segurança à qual nos agarramos. A capa pode ser: uma pessoa; uma situação; um
trabalho; bens materiais; a própria religiosidade e o “igrejismo”; tudo que de
certa maneira embaraça nossos passos e impede de irmos a Jesus, que é nossa
verdadeira proteção. Como é difícil
lançar de nós a nossa capa!
Terceira
atitude: Bartimeu levou a Jesus um pedido
específico e cheio de fé! Por que fazemos tantos rodeios em relação ao que
precisamos? Precisamos exercitar a nossa fé com objetividade. Quarta Atitude:
Ele seguiu a Cristo! Bartimeu não parou para pensar, na verdade ele não queria
apenas a bênção, mas um compromisso com o abençoador. Por isso o texto diz que
ele seguiu a Cristo imediatamente. Ele descobriu que a velha forma religiosa
que ele abraçara no passado não lhe servia mais, mas por outro lado não estava
preocupado com o que poderiam pensar dele. Ele queria O Cristo de Deus. Note
que ele clamou não por Jesus de Nazaré, o carpinteiro, “filho de seu José e
dona Maria”, mas por Jesus, o Filho de Davi (esse era o título messiânico de
Jesus). O Enviado, o Ungido de Deus! Aquele que tem a sua visão restaurada pelo
Senhor, só lhe resta uma saída: SEGUI-LO! O que esse texto ensina aos cegos
espirituais? O episódio da cura do cego Bartimeu ensina aos que perderam a
visão, que precisam urgentemente: Apurar seus ouvidos para ouvir a Jesus
através de sua Santa Palavra. Clamar,
invocar esse nome que está acima de todo nome, sob o qual todo o joelho se
dobrará. Mesmo a despeito da oposição dos que estão à sua volta, ousando
perseverar na fé. Reconhecer o próprio estado de miséria apelando para a
misericórdia de Jesus, quem age assim sai vitorioso. Ir ter com Jesus num passo ousado de fé,
largando as velhas capas, os velhos paradigmas. Os que assim forem a ele despojados,
de modo nenhum ele os lançará fora. Finalmente, seguir a Cristo que é a
verdadeira Luz. Jesus é a Luz que tem voz! É Aquele que restaura a visão aos
que ao longo do caminho olharam tanto para as trevas que encurtaram a visão. O
Senhor é o restaurador por excelência! Busquemos a Ele! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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