domingo, 21 de outubro de 2018

Meditação/Nadia Malta/NÃO PERCAMOS O SABOR NEM ESCONDAMOS A NOSSA LUZ!


NÃO PERCAMOS O SABOR NEM ESCONDAMOS A NOSSA LUZ!
                                                                                
"Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. "Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus". Mateus 5.13-16.  

No texto lido que vem logo após as Bem-aventuranças, Jesus usa as metáforas do sal e da luz para ilustrar a nossa missão neste mundo, tanto como cristãos  individualmente, quanto como igreja: O Corpo Vivo de Cristo sobre a terra. Um antigo sermão de Charles Spurgeon, renomado pregador do passado, falando sobre este assunto, tinha como tema: “Alimentar as ovelhas ou divertir os bodes?” Os tempos mudaram, mas os problemas continuam os mesmos. As pessoas continuam buscando a Cristo pelo pão que perece, por isso é tão difícil hoje encontrarmos genuína conversão. E o que é mais grave a igreja tem compactuado e estimulado essa demanda, desde que as igrejas estejam cheias. Nem sempre multidão ou templos lotados, é sinônimo de sucesso ministerial. No passado as pessoas vinham a Cristo com quebrantamento de espírito e o choro era uma evidencia disso. Hoje já não se vê entregas de vidas ao Senhor movidas por uma consciência profunda de pecado. O que foi que mudou? Boa pergunta. Será que é possível encontrar a resposta? Vamos tecer algumas considerações sobre o texto. O uso do sal no mundo antigo era imprescindível para a preservação de determinados alimentos, alem do seu uso culinário para acentuar o sabor dos pratos. Assim como a luz de pequenas lamparinas no passado eram tão importantes nas sociedades antigas sem energia elétrica. O sal precisa cumprir o seu papel, do contrário tem que ser jogado fora, para nada mais presta. Assim é a missão do crente e da igreja como um todo, se não cumprir seu papel tem que ser lançado fora, para nada mais presta, senão para ser pisado pelos homens. Não cumpriu seu papel não é cristão de fato! A luz precisa ser luz e deve ser colocada no alto para que ilumine todo o ambiente! Temos sido luz? Será que temos cumprido nosso propósito?

O que temos visto hoje? A igreja contemporânea tem abandonado a pregação ousada e doutrinária da Palavra de Deus, praticada por Jesus e seus apóstolos, para ser agradável àqueles que ouvem. É a era do politicamente correto! Passou a aceitar e justificar frivolidades, sob o pretexto de ganhar multidões para Cristo. Onde estão, então, esses “convertidos”? Será que os dados que nos chegam sobre conversões em massa têm sido verdadeiros? Verdadeiros convertidos fazem a diferença no mundo! No rol das funções da igreja, seguramente não está o entretenimento. O povo tem fome e sede da Palavra de Deus. Mas será que o alimento distribuído ao povo hoje, sobretudo pela igreja eletrônica, tem nutrido espiritualmente? Espaços caríssimos na mídia são usados para apregoar proselitismo eclesiástico, quando multidões famintas de Deus precisam receber o genuíno alimento que nutre para a vida eterna. Igreja não salva, denominação não salva. Só Cristo Salva! Outra característica tanto do sal, quanto da luz é que precisam estar no lugar certo na hora certa, ou seja, sal só é útil fora do saleiro. Luz só é útil nas trevas. Ser cristão dentro da igreja é fácil. Que possamos estar atentos a maior necessidade à nossa volta. E esta necessidade é uma só: Da pessoa do Cristo! O texto nos traz três revelações sobre o propósito da igreja enquanto Corpo de Cristo sobre a terra. Primeira Revelação: Fomos chamados para fazer a diferença: "Vocês são o sal da terra. "Vocês são a luz do mundo”. Jesus afirmou que somos sal e luz não apenas no sentido de ser agradável, mas no sentido de preservar da deterioração e de dissipar as trevas. Precisamos ser candeias vivas e militarmos ofensivamente contra o mal, que tem assolado o mundo e que muitas vezes tem adentrado até mesmo em nossas igrejas. Precisamos voltar a alimentar as ovelhas com alimento substancioso e deixar de divertir bodes com os nossos picadeiros eclesiásticos! A igreja definitivamente não é um circo ou outro lugar qualquer de diversão. As igrejas e crentes insípidos apagam o Espírito Santo, ao deixarem de cumprir a sua missão: Anunciar ousadamente o Cristo, sendo luzeiros no meio de uma geração pervertida e corrupta. Jesus não propõe formalismos religiosos, mas atos concretos de amor e não há maior amor que dar a vida pelos irmãos. Jesus fez isso e precisamos contar para as pessoas. Aliás, temos dito exaustivamente que Jesus não veio fundar uma religião, mas implantar um reino. Os súditos do Grande Rei precisam fazer a diferença onde estão.

Segunda Revelação: Precisamos cumprir o propósito para o qual fomos alcançados: “Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa”. Se realmente fomos alcançados por Deus cumpriremos o nosso propósito de ser sal e luz num mundo que jaz no maligno. Não há como restaurar o sabor do sal. Sal sem sabor é lixo. E é isso que nos tornaremos se não cumprirmos o propósito para o qual fomos alcançados por Deus. A luz dos crentes é uma luz focada, não difusa. A chamada luz negra é própria apenas para os ambientes que querem escondem algo. A luz do cristão precisa ser clara e reluzente para dissipar as trevas. Os ensinos de Jesus são perscrutadores e são ministrados para impactar: O inferno é real e sem Cristo caminhamos para ele. Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus. A Palavra de Deus continua a mesma e tão contemporânea quanto nos dias dos patriarcas, dos santos profetas, de João Batista, dos apóstolos e do próprio Cristo quando andou na terra. Ai de nós, se suprimirmos uma vírgula ou um til da mesma. Estamos num mundo e, sobretudo, em um país violento, permissivo, feiticeiro, demoníaco, de valores invertidos e só JESUS CRISTO é o CAMINHO que leva ao Pai, não há outro! Portanto não dá para perdermos tempo inventando moda, com pregações e atrativos vazios. Deus é Deus de oportunidades e pela sua misericórdia ainda é tempo de anunciarmos com ousadia essa Palavra viva. A nossa tarefa é anunciar, a do Espírito Santo é converter. Não somos convertedores e sim semeadores. Cumpramos, pois, o nosso papel, sejamos sal e luz! NÃO PERCAMOS O SABOR NEM ESCONDAMOS A NOSSA LUZ! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/




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