CUIDADO, O ÓDIO É A MAIS LETAL DAS ARMAS!
“Não matarás. Esta é a mensagem que vocês
ouviram desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. Quem odeia seu irmão
é assassino, e vocês sabem que nenhum assassino tem vida eterna em si mesmo”.
Êxodo 20.13; 1 João 3.11,15.
Talvez seja este o mandamento mais
infringido de toda a Bíblia Sagrada. Como assim? Podemos retrucar: “Mas eu
nunca matei ninguém”, dizem alguns! Depois de ouvirmos as palavras do apóstolo
João já não temos tanta certeza da retrucação mencionada. Deus do céu, que
coisa séria! Quantas vezes temos assassinado os nossos irmãos com palavras,
pensamentos e atitudes!
O apóstolo João começa a sua ministração
desde o capítulo dois acerca desse assunto: O amor com que devemos amar os nossos
irmãos. Diz ele: “Quem afirma estar na
luz, mas odeia seu irmão, continua nas trevas. Quem ama seu irmão permanece na
luz, e nele não há causa de tropeço. Mas quem odeia seu irmão está nas trevas e
anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque as trevas o cegaram”. Temos
falado muito nesses dias acerca da necessidade de perdoar como um ato de
obediência à vontade do Senhor. Não perdoamos porque sentimos vontade de fazer,
na verdade, só experimentaremos o sentimento de perdão inundar o nosso coração
quando dermos o passo de fé nessa direção. Mesmo que não sintamos a menor
vontade de perdoar devemos fazê-lo. Mais por nós mesmos do que pelo outro.
Quantas vidas travadas e quantos sonhos em “stand by” por causa da falta de
perdão e do ódio decorrente do ressentimento! Ódio armazenado é nitroglicerina
pura!
Tenho acompanhado histórias de ódios e
ressentimentos em muitas famílias cristãs que se estendem por anos a fio.
Quando odiamos, aprisionamos e somos aprisionados. Toda a nossa vida fica
travada. Já contei essa história outras vezes, mas vale a pena repetir.
Negociei um perdão com Deus durante treze longos anos por não me achar devedora.
Orava pelos outros e as orações eram respondidas, mas quando orava pelas minhas
causas era como se o céu fosse de bronze. Nada dava certo. Tudo absolutamente
travado. Até que um dia perguntei ao Senhor a razão de tantas derrotas e veio a
surpresa: “Perdoa aquela pessoa e pede perdão também!”. Não achava que devia e
o Senhor na forma de um pensamento me disse: “Não tenho nada a ver com os 95%
de culpa da pessoa, mas com os teus 5%”. Aquilo não fazia sentido mesmo, e
continuei na minha rebelião e adoeci de uma depressão que quase me tirou o
tino. Nem orar conseguia mais. Até que um dia tive um vislumbre de clareza na
oração e pedi ao Senhor uma estratégia para resolver aquele assunto.
E
veio do céu a ideia de fazer por carta. Aí contra argumentei com o Senhor
dizendo que a pessoa em questão poderia torcer as minhas palavras, como já
havia acontecido. Novamente me veio um insight de Deus que eu deveria tirar
cópia da carta e dar a determinadas pessoas. Assim, fiz. Senti uma paz enorme
no coração, mas ainda não era o fim. O Senhor gosta de tudo encaixado nos seus
devidos lugares e tempos depois me fez ligar para a pessoa e declarar o meu
perdão e também pedir o dela. Tive oportunidade de lhe falar do amor de Deus e
da salvação do seu Cristo. Ela se rendeu ao Senhor e quinze dias depois o
Senhor a guardou. Glória a Deus que aquela pessoa partiu com o Senhor. Perdoei
e fui perdoada. Assim, revejamos as nossas posturas. Não temos nada com o
acerto de Deus com o outro, mas temos tudo a ver com o seu conserto para
conosco. Deus trabalha no singular. Termino com as palavras de Paulo aos
Gálatas: “Toda a lei se resume num só
mandamento: "Ame o seu próximo
como a si mesmo". Mas se vocês se mordem e se devoram uns aos outros,
cuidado para não se destruírem mutuamente”. Tempo de conserto e cura! Nadia
Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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