NÃO É SACRIFÍCIO, MAS “SACROFÍCIO”!
“Pois
vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de
Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus
realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de
antemão para que nós as praticássemos”. Efésios 2.8-10.
Hoje escutei um neologismo, ou seja, uma
nova palavra que gostei demais de ouvir. Ela foi usada por uma mulher que
dedica a sua vida a trabalhar com pessoas deficientes através da dança. Ela se
dedica àquele trabalho com um entusiasmo tão grande que chega a ser comovente.
E ao ser indagada sobre o seu sacrifício na realização do que faz, ela de
pronto retrucou: “Não é sacrifício, mas sacrofício”! Gostei! Como seria bom ver
os cristãos agindo assim! Que não é fácil fazer a obra de Deus todos nós
sabemos! É um doar-se contínua e diariamente. É o chamado amor caridade, o amor
que se doa em nome de um amor maior que é o de Cristo por nós! O apóstolo Paulo
falando aos colossenses diz: “Tudo o que
fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens,
sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor,
que vocês estão servindo”. Assim, não há nada que façamos efetivamente para
homens, antes é para Deus que fazemos e isto faz aumentar a nossa
responsabilidade, pois o oficio é sagrado, é santo!
O grande, perfeito e único sacrifício Jesus
já fez por nós para que pudéssemos fazer de tudo um grande “sacrofício”, ou um sacro
ofício. Há um caráter sagrado em tudo que fazemos, ou pelo menos deveria ter,
sobretudo, quando temos a consciência do grande sofrimento de Cristo por nós. Não
há nada daquilo que possamos fazer para Deus, e tudo é para Ele, que nos possa
deixar mortificados, sacrificados. Pois em tudo devemos glorificá-lo! Visto que
para nós, nada deve ser secular, que possamos fazer sempre o melhor! Ele quer
misericórdia, não sacrifício!
Isto nos faz lembrar outra vez a
recomendação feita pelo reformador Lutero ao sapateiro que lhe perguntou como
ele poderia trabalhar para Deus. Ao que Lutero lhe respondeu: “Faça o melhor
sapato e o venda por um preço justo e você estará fazendo uma obra para Deus!”.
João
Batista já havia feito um tipo de recomendação assim no evangelho de Lucas: Não cobrem nada além do que lhes foi
estipulado". Então alguns
soldados lhe perguntaram: "E
nós, o que devemos fazer?”. Ele respondeu: "Não pratiquem extorsão nem
acusem ninguém falsamente; contentem-se com o seu salário". Assim, o maior sacro ofício que podem os oferecer ao
Senhor é o testemunho. E por falar nisto, como tem sido o nosso?
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