SENTINDO
O QUE O OUTRO SENTE!
“Alegrem-se com os que se
alegram; chorem com os que choram”.
Romanos 12.15.
Empatia
é sentir o que sente o outro. É captar o que não é dito com palavras! É
alcançar o sentimento do outro como se fora seu. Que coisa tão difícil em
nossos dias! A "geração do Lexotan" quer a todo custo fazer cessar a dor do
outro, não porque haja uma preocupação com o outro, mas porque esta lhe é
incômoda, por isso é tão comum nas horas das dores mais atrozes, logo aparecer
alguém que saque um comprimido e tente enfiá-lo de goela abaixo para fazer
cessar as lágrimas tão necessárias e terapêuticas. Perdemos a capacidade de
perceber o que vai no coração do outro. Que coisa mais triste!
Mas
glória a Deus que ainda há um remanescente de empáticos que consegue chorar com
os que choram e se alegrar com os que se alegram como recomenda o apóstolo
Paulo na sua lista de virtudes. Ontem tive a ventura de experimentar essa
bênção. Encontrei uma irmã querida a qual não via há muitos anos. Como ando
chorona demais por causa das demandas cada vez maiores e mais complexas, às quais têm
requerido de mim uma força que não tenho, ao ver aquela irmã desandei a chorar
e ela foi tão empática e me abraçou com seus olhos também marejados. Era tanto
carinho caridoso que minimizou a dor. “Compaixão é a dor do outro no meu
coração!” disse certo pensador cristão. Obrigada minha irmã tão querida por sua
compaixão! Nenhum Lexotan do mundo faria o que seu abraço e empatia fizeram por
mim ontem! Obrigada!
Assim,
emprestemos os nossos braços, os nossos ouvidos e a nossa atenção àqueles que
atravessam seus vales e desertos. Isto sem cobranças ou as vãs tentativas de
minimizar aquela dor com os velhos jargões que mais ferem que consolam do tipo:
“Vai passar!”, “Poderia ser pior!” e outros semelhantes. Vivemos em um mundo de
muitos vales e desertos e nenhum de nós é de ferro ou aço. Numa hora ou outra a
erosão das intempéries nos atinge e ai é tempo de choro, de derramar o nosso
coração diante do Senhor e diante daqueles em quem confiamos. Tempo de
esvaziar o que está represado na alma.
Sejamos
benignos, compassivos, empáticos. Não economizem lágrimas e sorrisos nas ocasiões
oportunas. Em muitos momentos tudo que precisamos são silêncios presentes e
orações. Muitas vezes os fardos se tornam insuportáveis de serem carregados e
somos instados a carregar as cargas uns dos outros. A nossa cruz parece que nos
vai fazer perecer antes da hora precisa. Como precisamos de mais Cirineus
dispostos a nos ajudar! Que sejamos também Cirineus para os nossos irmãos de
jornada! A primeira parte do versículo é fácil, mas a segunda são poucos que
conseguem executar. Chorar com os que choram e sem palavras é preciso! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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