quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Meditação/Nadia Malta/SENTINDO O QUE O OUTRO SENTE!

SENTINDO O QUE O OUTRO SENTE!

“Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram”. Romanos 12.15.

                                                                                         


Empatia é sentir o que sente o outro. É captar o que não é dito com palavras! É alcançar o sentimento do outro como se fora seu. Que coisa tão difícil em nossos dias! A "geração do Lexotan" quer a todo custo fazer cessar a dor do outro, não porque haja uma preocupação com o outro, mas porque esta lhe é incômoda, por isso é tão comum nas horas das dores mais atrozes, logo aparecer alguém que saque um comprimido e tente enfiá-lo de goela abaixo para fazer cessar as lágrimas tão necessárias e terapêuticas. Perdemos a capacidade de perceber o que vai no coração do outro. Que coisa mais triste!

Mas glória a Deus que ainda há um remanescente de empáticos que consegue chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram como recomenda o apóstolo Paulo na sua lista de virtudes. Ontem tive a ventura de experimentar essa bênção. Encontrei uma irmã querida a qual não via há muitos anos. Como ando chorona demais por causa das demandas cada vez maiores e mais complexas, às quais têm requerido de mim uma força que não tenho, ao ver aquela irmã desandei a chorar e ela foi tão empática e me abraçou com seus olhos também marejados. Era tanto carinho caridoso que minimizou a dor. “Compaixão é a dor do outro no meu coração!” disse certo pensador cristão. Obrigada minha irmã tão querida por sua compaixão! Nenhum Lexotan do mundo faria o que seu abraço e empatia fizeram por mim ontem! Obrigada!

Assim, emprestemos os nossos braços, os nossos ouvidos e a nossa atenção àqueles que atravessam seus vales e desertos. Isto sem cobranças ou as vãs tentativas de minimizar aquela dor com os velhos jargões que mais ferem que consolam do tipo: “Vai passar!”, “Poderia ser pior!” e outros semelhantes. Vivemos em um mundo de muitos vales e desertos e nenhum de nós é de ferro ou aço. Numa hora ou outra a erosão das intempéries nos atinge e ai é tempo de choro, de derramar o nosso coração diante do Senhor e diante daqueles em quem confiamos. Tempo de esvaziar o que está represado na alma.


Sejamos benignos, compassivos, empáticos. Não economizem lágrimas e sorrisos nas ocasiões oportunas. Em muitos momentos  tudo que precisamos são silêncios presentes e orações. Muitas vezes os fardos se tornam insuportáveis de serem carregados e somos instados a carregar as cargas uns dos outros. A nossa cruz parece que nos vai fazer perecer antes da hora precisa. Como precisamos de mais Cirineus dispostos a nos ajudar! Que sejamos também Cirineus para os nossos irmãos de jornada! A primeira parte do versículo é fácil, mas a segunda são poucos que conseguem executar. Chorar com os que choram e sem palavras é preciso! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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