PRATICANTES OU OUVINTES NEGLIGENTES?
“Sejam
praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos. Aquele
que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha
a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a
sua aparência. Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita que traz a
liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu, mas
praticando-o, será feliz naquilo que fizer”. Tiago 1.22-25.
Tiago em sua carta prática traz uma
ordenança severa aos seus leitores de todas as épocas. As palavras trazidas
aqui parecem ter sido escritas em nossos dias, quando a dissonância entre
discurso e prática parece gritante. O autor da epístola diz que ouvir a palavra
e não a por em prática é como alguém que olha de relance para si mesmo e logo
se esquece da sua aparência.
A Palavra de Deus é comparada várias
coisas. Por exemplo: com perfume, com lâmpada e luz, com fogo, com martelo e
aqui com espelho. Esta última comparação mencionada aqui no texto citado é algo
que reflete, denuncia. O perigo de olhar e não querer enxergar traz sérias
complicações! O espelho é revelador e na
verdade é para isto que o usamos. Se estivermos com o rosto manchado com alguma
impureza é ao espelho que recorremos para nos certificar e limpar o que está sujo.
Quando enxergamos o que está fora do padrão e não consertamos arranjamos uma
grande encrenca.
Assim é com a Santa Palavra do Senhor.
Sempre que lemos mais acuradamente a Bíblia Sagrada passamos por uma libertação
genuína. Observar atentamente a Lei Perfeita traz liberdade e perseverar na
prática dessa Lei é prerrogativa para ser bem sucedido no que realizar! De nada
adianta lançarmos versículos a esmo, se não nos dispusermos a praticá-los. A
Palavra de Deus é também chamada de espada afiada de dois gumes. Ela corta
primeiro a nós que a lemos e a recebemos, para então cortar aqueles que a ouvem
de nós.
Os fariseus dos dias passados eram mestres
na arte do “faça o que eu digo, não o que faço”. Estavam sempre de dedo em
riste para apontar os erros e pecados dos outros, mas nunca faziam uma
aplicação do que ouviam às suas próprias vidas. Atitude trágica sob todos os
aspectos. E foram dirigidas àqueles religiosos as palavras mais duras de Jesus!
Afinal, somos praticantes da palavra ou ouvintes negligentes? Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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