sexta-feira, 20 de maio de 2016

Meditação/Nadia Malta/ÀS VEZES SÓ SEREMOS LIVRADOS NA FORNALHA!

ÀS VEZES SÓ SEREMOS LIVRADOS NA FORNALHA!

                                                                                               

E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos? Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: Ó Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste. Então, Nabucodonosor se encheu de fúria e, transtornado o aspecto do seu rosto contra Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, ordenou que se acendesse a fornalha sete vezes mais do que se costumava”. Daniel 3.15b-19.

                                                                                           


Quando olhamos para a fé ousada dos amigos de Daniel coramos de vergonha por causa das nossas meninices espirituais e eclesiais contemporâneas. A condição de vulnerabilidade daqueles jovens levados cativos e vivendo em Babilônia na condição de escravos mesmo tendo do palácio uma posição privilegiada, digamos assim. Eles levavam à sério a sua fé.

 Qual seria a nossa desculpa se estivéssemos no lugar deles? O que faríamos? Correríamos o risco de perder a vida ou nos acomodaríamos à situação adulando o rei Nabucodonosor e nos curvando perante a sua estátua? Aqueles jovens cheios de Deus ousaram. Creram e esperaram contra a esperança. Não levaram em conta a própria vida. Para eles importava mais agradar a Deus que a homens.

O texto é minucioso, cheio de detalhes e quase conseguimos ser transportados para o local. Eles sabiam que seriam vitoriosos quer na vida quer na morte, contudo, nada era mais importante que agradar a Deus. Será que temos a consciência da verdadeira dimensão dessas palavras? Aqui inevitavelmente paramos para fazer uma comparação entre aquela situação e as nossas lutas diárias. Quantas concessões temos feito para fugir das aflições! Quanta transigência com o fim de salvar a nossa própria pele!


O acontecimento que envolveu aqueles jovens hebreus nos faz parar para pensar que nem sempre somos livrados das fornalhas ardentes para as quais somos enviados. Muitas vezes somos mandados para lá exatamente para que a nossa fé vá às últimas consequências. E não é para provar nada para Deus, mas para nós mesmos. E é nos momentos finais que o Senhor entra em cena enviando o seu anjo para nos livrar na fornalha. Tenho feito o exercício de imaginar a cara de Jó, o servo sofredor, por exemplo, quando ouço que Deus preserva aqueles que lhe obedecem e cumpre seus mandamentos de livrá-los de passar pelas aflições da vida. Às vezes precisamente por obedecermos seremos atirados na fornalha. Com efeito, Deus é bom e fiel apesar de nós e providenciará o livramento de modo que possamos suportar. Nem sempre seremos livrados do sofrimento, mas no sofrimento! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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