NENHUM ESCOLHIDO RESISTE AO CHAMADO DA GRAÇA DE DEUS!
“Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome”. Mateus 22.14; João 10.27; João 15.16.
Os textos lidos apontam para a ação soberana
de Deus de chamar eficazmente aqueles que já são seus escolhidos. Este assunto
tem causado muitas discussões teológicas e não estamos aqui para engrossar essa
ou aquela fileira, mas não podemos deixar de ouvir, considerar e acatar aquilo
que irrefutavelmente está escrito na santa Palavra de Deus: Não há quem possa
resistir ao chamado de Deus quando a sua Graça escolhe! Quando isto acontece o
espírito morto do homem é vivificado ele tem sua visão e audição espiritual
restaurada e só então, ele tem condição de responder afirmativamente ao chamado
do Senhor! Tenho pensado muito acerca
dos apelos dramáticos nas igrejas para que as pessoas “aceitem Jesus”. O homem
morto em seus delitos e pecados não tem condição de decidir ou escolher
absolutamente nada, pois, não há comunicação entre ele e o Espírito de Deus. Os
textos apontam para uma realidade que de modo nenhum pode ser negada. Essa
realidade é percebida aqui através de três fatos: O chamado é para todos, mas
poucos são os escolhidos; As ovelhas do Senhor têm os seus ouvidos abertos para
ouvir a voz do Senhor; e Não escolhemos ou aceitamos a Cristo, muito pelo
contrário, ele nos escolhe e aceita por um ato da sua soberana vontade
O Senhor nos encontra e nos escolhe desde
tempos eternos. Não é o apelo emocional e insistente de um ministro para que as
pessoas “aceitem a Jesus” que vai fazê-las virem a ele. Antes é o chamado da
Graça que se torna eficaz quando ela já escolheu e isto aconteceu desde de
antes da fundação do mundo. São os mistérios insondáveis da soberania de Deus.
Portanto, isso não depende do desejo ou do esforço humano, mas da misericórdia
de Deus. A obra da Salvação é exclusivamente de Deus do começo ao fim. Até o
arrependimento para salvação é colocado por Deus no coração do homem. Os que
verdadeiramente crêem no Cristo, o confessam diante dos homens. Os textos citados
no inicio são palavras saídas da boca do próprio Senhor Jesus Cristo. Ele
afirma que muitos são chamados e poucos os escolhidos. Por que um Deus de amor
escolhe alguns e manda outros para o inferno? Esta é a pergunta que muitos
fazem equivocadamente. Ele não escolhe mandar ninguém para o inferno, lá já
estão todos. Ele escolhe tirar de lá alguns. Qual o critério? É o beneplácito
da sua vontade. Um ato da sua excelsa soberania e pronto! Nada a
acrescentar. Não cabe a nós julgar os
atos de Deus.
O Senhor afirma que as suas ovelhas ouvirão a
sua voz e o seguirão. Por quê? Porque já haviam sido escolhidas antes mesmo do
chamado. O reformador Lutero dizia que “as ovelhas do Senhor são marcadas nas
orelhas e nas patas”. Elas o ouvem e o seguem. Assim, não fomos nós que
escolhemos a ele, mas ele a nós. Com o propósito de frutificarmos para a vida
eterna. Ovelha se multiplica em ovelha. Pedro não fez apelo no dia do
Pentecostes, mas três mil pessoas se converteram. Paulo não fez apelo ao
carcereiro de Filipos e ele e sua casa foram salvos. E em tantos outros casos
nos quais não houve apelo, mas houve conversão. A Porta do céu continua aberta.
O auto-falante da Graça encarnada continua chamando! Contudo, o Senhor chama
numa freqüência que só os escolhidos conseguem sintonizar. O evangelho precisa
ser anunciado com palavras, mas, sobretudo, precisa ser vivido na prática. Só
as ovelhas do Senhor ouvirão a sua voz e o seguirão para todo o sempre! O que tudo isso nos ensina? O auto-falante do
céu continua fazendo o chamado da graça. Só as ovelhas do Senhor ouvirão o
chamado, pois seus ouvidos serão abertos e sintonizados no canal da graça. A
linguagem do céu tem uma freqüência que só os ouvidos espirituais das ovelhas
do Senhor podem captar. Assim como os ouvidos humanos escutam numa determinada
freqüência, do mesmo modo são os ouvidos espirituais. Não somos nós que
escolhemos ou aceitamos a Cristo. Antes Ele nos escolheu e aceitou. Não
encontramos a Ele, antes ele nos encontrou. “Os perdidos éramos nós, não ele”. Reflitamos!
Nadia Malta.
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