EM TUDO HÁ UM PROPÓSITO DE DEUS EM NOSSA VIDA!
“Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu”. Romanos 5.3-5.
O contexto fala da justificação pela fé no
Cristo e por meio dele temos paz com Deus. É a dádiva que nos reconcilia com o
Senhor. Qual o propósito, então, da tribulação na vida do cristão? Por que o
apóstolo se gloriava em suas tribulações? O próprio texto responde a essas
indagações no texto citado. O apóstolo Paulo parece ter compreendido essa
realidade espiritual, do contrário não teria feito tão ousada asseveração.
Temos meditado muito sobre essa questão do sofrimento e não só sobre ele, mas
de tudo que nos sucede debaixo do céu, como filhos de Deus! Somos surpreendidos com coisas boas e más,
do ponto de vista humano. O apóstolo em sua altura da caminhada consegue se
gloriar nas próprias tribulações, pois ele sabe que elas têm da parte de Deus
um fim proveitoso. E quanto a nós?
Ainda estamos longe desse patamar, mas já
podemos vislumbrar ao longe aquilo que ele deseja nos ensinar. O apóstolo Pedro
em sua primeira epístola (4.12,13) afirma: “Amados,
não se surpreendam com o fogo que surge entre vocês para os provar, como se
algo estranho lhes estivesse acontecendo. Mas alegrem-se à medida que
participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for
revelada, vocês exultem com grande alegria”. A primeira coisa que gostaria
de dizer aqui é que não estamos fazendo apologia ao sofrimento, mas temos que
admitir que se não fossem os momentos dolorosos que atravessamos jamais
teríamos aprendido as lições que aprendemos. Ouvi de certo pensador cristão que
“as tribulações são bênçãos disfarçadas”. O apóstolo diz que a tribulação,
produz perseverança. Não tinha um jeito mais fácil da gente aprender perseverança,
não? Imagino que não. Por isso o Senhor, antes de atravessarmos esses momentos,
veio e nos justificou, nos reconciliou com Deus e através dessa justificação
fomos capacitados a atravessar esses momentos dramáticos.
Na sequencia o apóstolo diz que a
perseverança produz experiência, nesta versão fala de caráter aprovado. Os
verdadeiramente justificados pelo Senhor não desistem e seguem em frente apesar
dos percalços e vão dia a dia se tornando experientes no andar com o Senhor. Aí
vem a parte final da experiência dolorosa. Ela produz uma esperança viva que
não confunde. Tudo isso é tão difícil compreender pelo homem natural, mas não
estamos falando de naturalidade, mas de sobrenaturalidade. As coisas
espirituais se discernem espiritualmente. Os que atingem esse propósito saberão
responder a razão da esperança que há neles. Diz o apóstolo Pedro em sua
primeira epístola a esse respeito (3.15): “Antes,
santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre preparados para
responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês”.
Nem Paulo nem Pedro estão falando de qualquer sofrimento, mas de algo
especifico pelo fato de sermos cristãos. O que tudo isto nos ensina hoje? As
tribulações têm seu papel na estranha, mas eficaz didática de Deus. Somos
provados para ser aprovados. Tudo na vida de um justificado pela fé no Cristo
tem um propósito da parte de Deus. No caso especifico da tribulação ela tem o
propósito de gerar perseverança, a perseverança gera experiência ou caráter
aprovado e a experiência gera esperança. Quero terminar com as palavras do
apóstolo Pedro (I Pe. 4.19): “Por isso
mesmo, aqueles que sofrem de acordo com a vontade de Deus devem confiar suas
vidas ao seu fiel Criador e praticar o bem”. Nadia Malta
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