terça-feira, 25 de julho de 2023

Meditação/Nadia Malta/EM TUDO HÁ UM PROPÓSITO DE DEUS EM NOSSA VIDA!

 EM TUDO HÁ UM PROPÓSITO DE DEUS EM NOSSA VIDA!

Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu”. Romanos 5.3-5. 


O contexto fala da justificação pela fé no Cristo e por meio dele temos paz com Deus. É a dádiva que nos reconcilia com o Senhor. Qual o propósito, então, da tribulação na vida do cristão? Por que o apóstolo se gloriava em suas tribulações? O próprio texto responde a essas indagações no texto citado. O apóstolo Paulo parece ter compreendido essa realidade espiritual, do contrário não teria feito tão ousada asseveração. Temos meditado muito sobre essa questão do sofrimento e não só sobre ele, mas de tudo que nos sucede debaixo do céu, como filhos de Deus!   Somos surpreendidos com coisas boas e más, do ponto de vista humano. O apóstolo em sua altura da caminhada consegue se gloriar nas próprias tribulações, pois ele sabe que elas têm da parte de Deus um fim proveitoso. E quanto a nós?

Ainda estamos longe desse patamar, mas já podemos vislumbrar ao longe aquilo que ele deseja nos ensinar. O apóstolo Pedro em sua primeira epístola (4.12,13) afirma: “Amados, não se surpreendam com o fogo que surge entre vocês para os provar, como se algo estranho lhes estivesse acontecendo. Mas alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande alegria”. A primeira coisa que gostaria de dizer aqui é que não estamos fazendo apologia ao sofrimento, mas temos que admitir que se não fossem os momentos dolorosos que atravessamos jamais teríamos aprendido as lições que aprendemos. Ouvi de certo pensador cristão que “as tribulações são bênçãos disfarçadas”. O apóstolo diz que a tribulação, produz perseverança. Não tinha um jeito mais fácil da gente aprender perseverança, não? Imagino que não. Por isso o Senhor, antes de atravessarmos esses momentos, veio e nos justificou, nos reconciliou com Deus e através dessa justificação fomos capacitados a atravessar esses momentos dramáticos.

Na sequencia o apóstolo diz que a perseverança produz experiência, nesta versão fala de caráter aprovado. Os verdadeiramente justificados pelo Senhor não desistem e seguem em frente apesar dos percalços e vão dia a dia se tornando experientes no andar com o Senhor. Aí vem a parte final da experiência dolorosa. Ela produz uma esperança viva que não confunde. Tudo isso é tão difícil compreender pelo homem natural, mas não estamos falando de naturalidade, mas de sobrenaturalidade. As coisas espirituais se discernem espiritualmente. Os que atingem esse propósito saberão responder a razão da esperança que há neles. Diz o apóstolo Pedro em sua primeira epístola a esse respeito (3.15): “Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês”. Nem Paulo nem Pedro estão falando de qualquer sofrimento, mas de algo especifico pelo fato de sermos cristãos. O que tudo isto nos ensina hoje? As tribulações têm seu papel na estranha, mas eficaz didática de Deus. Somos provados para ser aprovados. Tudo na vida de um justificado pela fé no Cristo tem um propósito da parte de Deus. No caso especifico da tribulação ela tem o propósito de gerar perseverança, a perseverança gera experiência ou caráter aprovado e a experiência gera esperança. Quero terminar com as palavras do apóstolo Pedro (I Pe. 4.19): “Por isso mesmo, aqueles que sofrem de acordo com a vontade de Deus devem confiar suas vidas ao seu fiel Criador e praticar o bem”. Nadia Malta

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