PODEMOS FICAR ABATIDOS, MAS NÃO SEREMOS DESTRUIDOS!
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo”. II Coríntios 1. 3-5.
O apóstolo Paulo escreveu aos cristãos de
Corinto por vários motivos: mas gostaria de destacar o propósito de consolar
aqueles que se encontravam abatidos. Paulo traz palavras de ações de graças e
de conforto aos irmãos que atravessavam dificuldades, partilhando com eles a
sua própria experiência. Paulo aqui em contraste com os falsos apóstolos se
mostra fraco e inútil, mas através de sua fraqueza a graça e o poder de Deus
são engrandecidos. Temos a tendência de
achar que os servos de Deus muito consagrados a ele e a sua obra, não enfrentam
lutas e pressões tanto internas, quanto externas. Contudo, esse é um grande
engano. Ser cristão não nos isenta de atravessarmos vales áridos e nos sentir
abatidos. Isso não é falta de fé, mas humanidade frágil. Por isso é sempre
edificante e terapêutico fazermos releituras constantes de textos bíblicos que
nos mostrem o contrário. É sempre bom e confortador observarmos o caminhar de
homens de Deus como Jó, Davi, Jeremias, Isaías, e o próprio apóstolo Paulo, por
exemplo. Qual o segredo da vitória de Paulo e dos demais ao passarem por lutas
e pressões externas e internas? Só há uma resposta: seu segredo: DEUS.
O que o texto nos encoraja a fazer em meio
às nossas lutas? Olhar para Deus, depender de Deus, clamar a Deus, descansar em
Deus, se refugiar em Deus. Essa é a grande diferença e o grande segredo da
vitória dos seus escolhidos; Não devemos desanimar; e Não negar nossos
sentimentos. As lutas
que enfrentamos não são só nossas. O desânimo não faz acepção de pessoas: Crente,
descrente. Velho, moço. Homem, mulher. Rico, pobre. Todos nós estamos sujeitos
a enfrentar momentos de desânimo e abatimento. Paulo não nega os seus momentos
difíceis e Deus também não deseja que neguemos. O apóstolo no capítulo sete
desta epístola diz: “Em tudo fomos
atribulados: lutas por fora, temores por dentro”. O Senhor deseja que
sejamos absolutamente sinceros com ele em oração. Ouvi certa vez que Charles
Spurgeon, considerado um dos maiores pregadores de todos os tempos disse num
sermão: “Passo por depressões do espírito
tão assustadoras, que peço a Deus que vocês jamais experimentem tais extremos
de infelicidade”.
O próprio Paulo diz no contexto lido que
passou por tribulações acima das suas forças ao ponto de desesperar da própria
vida, ou seja, ele sentiu desejo de morrer. Quantas vezes não nos sentimos
assim também? O que aprendemos aqui? Paulo era semelhante a nós. A Bíblia
também diz que Elias era um homem semelhante a nós sujeito às mesmas fraquezas.
Todos nós estamos sujeitos a atravessar desertos abrasadores. De repente o que Deus quer com essa luta é
trabalhar em nós, em nosso caráter. Firmar a nossa fé! É quando os estreitos se
tornam absolutamente instransponíveis que a hora de Deus é chegada, para
interferir na situação. Por isso Paulo recorre às ações de graças e procura
trazer à memória o que lhe pode dar ânimo e esperança. É precisamente no
momento do estreito que precisamos aprender a nos aquietar e nos refugiar em
Deus. Só ele preenche o vazio. A nossa Fortaleza é o Senhor e Dele vem o nosso
socorro. Se há algo a ser dito neste
momento aos que atravessam estreitos e se acham desanimados, é: “Não percam
Deus de vista!”. Assim, “podemos nos sentir Abatidos sim, derrotados jamais!
Nadia Malta
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