NÃO SE DEIXE ASSOMBRAR!
“E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram. Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas. E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor!”. Mateus 14.27-30.
O mais surpreendente na sofisticada
pedagogia de Jesus é que ele não dá aula teórica. Ele já coloca seus discípulos
em situações práticas, para que aprendam vivenciando. Foi assim no passado, é
assim no presente e será assim sempre. Cabe a nós, nos tornarmos alunos
“ensináveis” e diligentes para assimilar a metodologia de ensino de Jesus e não
sermos reprovados. Há muito cristão repetindo o ano. Cristãos que já poderiam
ser mestres, mas ainda continuam no Jardim da Infância da fé. A Experiência
daqueles discípulos, especialmente de Pedro, está registrada na Bíblia, para
nos estimular a atravessar vitoriosamente as nossas próprias tempestades,
renunciando aos “poréns” que se levantam para atravancar as nossas vitórias.
O que significa a palavra “porém”? É uma
conjunção adversativa. O dicionário diz que: “Inicia ou encerra uma oração ou
um período cujo teor indica uma oposição ou restringe o que foi proferido
anteriormente”. Por que então, insistimos em usá-la exatamente quando se trata
da nossa fé? Onde há fé não cabe nenhum “porém”! Não podemos levantar oposições
ou restrições à nossa fé. Há um pensamento atribuído a Charles Spurgeon que
diz: “A Fé é a razão repousando em Deus!”. Repousemos a nossa razão em Deus.
Notemos alguns fatos interessantes na experiência daqueles discípulos: O
próprio Senhor os compeliu para a tempestade; O Senhor se retira para orar
sozinho e certamente intercedia por eles e também intercede por nós; Assim como
Jesus acudiu os discípulos, ele nos acode também; Aquela situação foi a
oportunidade de Deus para ajudá-los a crescer e se fortalecer; e O Senhor
ajudou os discípulos até o fim e fará assim conosco.
Há aqui lições preciosas que precisam ser
assimiladas: Seguir a Cristo, nem sempre significa navegar em águas tranqüilas.
As tempestades têm seu papel na sofisticada pedagogia de Deus e ao contrário do
que muitos pensam, elas são ideia de Deus e não de satanás. Os “poréns”, sim
são enviados por satanás para minar a nossa fé. Portanto, cuidado com eles! As tempestades vêm para nos corrigir ou para
nos aperfeiçoar, cabe a nós nos deixar ministrar por elas. Muitas vezes o
centro da vontade de Deus é no meio de uma tempestade (tribulação, perseguição,
enfermidade, aflição, perda ou provações de maneira geral) e ele mesmo nos
impele para lá. Quem sabe se não é isto que está acontecendo com você agora?
Que tal perguntar ao Senhor: O que o Senhor deseja me ensinar no meio dessa
tempestade? Clamemos por Jesus antes de submergirmos em nossas tempestades e
ele certamente virá em nosso socorro. Não podemos esquecer que as tempestades
são apenas caminhos que nos levam para mais perto de Cristo. Se as tempestades
da vida nos fazem orar mais, elas fazem mais bem do que mal. Alguém já disse
que: “muitas vezes as bênçãos de Deus vêem estilhaçando as vidraças” ou
parecendo um grande “malassombro”. São acontecimentos que chegam com barulho
assombroso para mudar a nossa realidade, são bênçãos de Deus disfarçadas para
nos sacudir e tirar da estagnação. Aprendamos a discerni-las! Nadia Malta
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