COGITEMOS DAS COISAS DE DEUS E NÃO SEJAMOS PEDRAS DE TROPEÇO!
“Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens”. Mateus 16.23.
A repreensão de Jesus a Pedro é citada por
três dos evangelistas: Mateus, Marcos e Lucas, dada a importância do ensino que
Jesus queria ministrar. As palavras de Jesus a Pedro no versículo 23 ecoam
ainda hoje em nossos ouvidos: “Arreda
satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de
Deus, e sim das dos homens”. Cogitar significa refletir, pensar à respeito,
imaginar. O erro de Pedro foi pensar como homem, instigado por satanás,
desejando escapar do sofrimento e da morte. Na verdade é isso que todos nós
fazemos ante a perspectiva da dor ou da perda.
Precisamos olhar para o texto que estamos examinando na perspectiva
dessas palavras de Jesus a Pedro. Só assim, entenderemos a ideia central
apresentada aqui, que é a percepção dos propósitos de Deus para as situações. O
Espírito de Deus tem ministrado fortemente ao nosso coração sobre o
discernimento espiritual, que devemos ter em relação aos desígnios de Deus nas
situações adversas que enfrentamos.
Há momentos que tudo nos parece tão
injusto, tão incompreensível, que humanamente ficamos sem ação, perplexos. A
única explicação plausível é que infelizmente ainda não conseguimos cogitar das
coisas de Deus. Todos nós somos míopes. Confesso que não é fácil falar sobre
provações e aflições num tempo em que a maioria dos pregadores, sobretudo, da
igreja eletrônica, não cogita das coisas de Deus e sim das dos homens. Apregoam
um triunfalismo ufanista absolutamente inconsequente. Quando as pessoas
descobrem na prática, que mesmo os cristãos por viverem num mundo caído estão
sujeitos a passar por aflições, se decepcionam com Deus. As pessoas procuram
meios para fugir do sofrimento e resolver a qualquer custo os seus problemas.
Esse contexto, no entanto, me ensina que o único meio de encararmos a vida e as
dificuldades que nos acometem, é cogitar (refletir, meditar, pensar) das coisas
de Deus. “Os pensamentos e Caminhos de
Deus são infinitamente maiores que os nossos”. Percebemos uma ressurreição
do hedonismo, aquela filosofia grega que apregoava a fuga do sofrimento a todo
e qualquer custo e a busca do prazer pelo prazer. Esse caminho não procede de
Deus. A terra é a arena da nossa santificação, é lugar de lutas, de crescimento
e de amadurecimento, não um parque de diversões ou colônia de férias.
Ninguém escapa das dores do crescimento,
nem física, nem emocionalmente e muito menos espiritualmente. Não há
ressurreição sem cruz, nem vitória sem lutas. Foi assim com Jesus, o ungido de
Deus, será assim conosco. As fórmulas mágicas que prometem nos livrar dos
sofrimentos nesta vida não procedem de Deus, porque a cruz é uma realidade na
vida do cristão para que ele alcance a ressurreição nas suas lutas e aflições
diárias. Antes clamemos para que sejamos fortalecidos para enfrentar as dores
provocadas pelo peso de nossas cruzes. Que possamos nos disciplinar para
desconsiderar os ganhos e facilidades do mundo que tentam nos dissuadir do
plano de Deus para nós. Muitas vezes no cenário desse plano tem uma cruz para
ser encarada. Que possamos aprender com a ajuda do Espírito de Deus a cogitar
das coisas de Deus e não das dos homens.
Que Diante das situações que nos assolam, possamos perguntar: “Senhor,
qual o teu propósito para isto?”. Que possamos nos empenhar para realizar as
obras de Deus. Realizar obras de Deus= “crer
naquele que por ele foi enviado”= Jesus Cristo. Encaremos com olhos espirituais os propósitos
das lutas e AFLIÇÕES diárias. Meditemos sobre isto! Nadia Malta
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