SONDA-NOS, Ó SENHOR E DIRIGE-NOS PELO CAMINHO ETERNO!
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se há em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno”. Salmos 139.23,24.
O presente salmo de autoria davídica trata
da onipotência e onisciência de Deus. Mostra que nada foge ao controle soberano
do Senhor. Nos versículos mencionados o salmista pede ao Senhor que faça uma
santa auditoria em seu coração, que lhe mostre o que ele não consegue ver
dentro de si mesmo. A oração do salmista aqui traz quatro petições que não
podemos perder de vista enquanto estivermos vivos sobre a terra: Pede que o
Senhor o sonde e conheça seu coração; Pede
que o Senhor o prove e conheça as suas inquietações; Pede que o Senhor veja se
há em sua conduta algo que o ofende; Pede que o Senhor o dirija pelo Caminho
eterno. Como estamos todos necessitados de uma “auditoria” contínua do Espírito
Santo em nossos corações! Que o Senhor venha com muita liberdade e faça um
exame sistemático em cada recanto do nosso interior, sondando e perscrutando
cada milímetro do nosso ser! E se houver algo que ofende ao Senhor, que ele com
mais liberdade ainda nos conduza ao caminho eterno!
Não podemos perder de vista os três inimigos
do cristão: O Mundo, o Diabo e a Carne. Qual o pior deles? Respondemos sem medo
de errar: A Carne. O mundo apresenta o leque de opões que nos ajudam a fugir do
padrão de Deus. O Diabo nos estimula a aceitar essas opções invariavelmente com
o velho jargão do “não tem nada demais”! Contudo, os dois vilões anteriores
trabalham com aquilo que a nossa Carne pecaminosa oferece a eles. É a Carne que
anseia e fareja pelo pecado em suas múltiplas formas. Por isso tantas vezes
somos instados a matá-la de fome no tocante aos seus apetites. Quantas coisas
nos têm embaraçado os passos! Somos tão rápidos para perceber os erros dos
outros e tão lentos e complacentes com os nossos próprios erros! Sobretudo, em
um tempo que tudo é relativizado, as pessoas tendem a minimizar a gravidade de
tudo para aplacar a própria consciência. O fato de termos sido alcançados pela
ação salvadora da graça de Deus não nos torna impecáveis, mas pecadores
justificados pela fé em Cristo Jesus. Embora estejamos livres da penalidade do
pecado e do seu poder sobre nós, ou seja, podemos resistir a ele, ainda não
estamos livres da sua presença. Ele jaz à nossa porta. Só estaremos
definitivamente livres dele quando o nosso corpo mortal for revestido de
imortalidade. Até lá a confissão de pecados é sempre oportuna e saudável.
Pecamos por pensamentos, palavras e ações.
E é precisamente quando usamos a máscara da impecabilidade, sobretudo, ao
acusar os outros com aquilo que nós mesmos praticamos que somos desmascarados
pelos nossos pecados. Estejamos atentos a isto! Salvação é ato único.
Santificação é ato contínuo. E nesse quesito, ninguém está pronto, muito pelo
contrário, à medida que caminhamos com o Senhor vamos sendo transformados pela
renovação da nossa mente por meio da Palavra Viva que procede da boca de Deus.
Essa Palavra é o próprio Senhor redivivo! Sempre que algo foge do prumo de Deus
somos acionados pelo alarme do Espírito Santo com um santo pesar. É a tristeza
segundo Deus que produz vida. Ele vai sinalizando para nós que algo precisa ser
consertado. O que aprendemos aqui? Cada vez que nos deixamos auditar pelo
Senhor saímos renovados, revigorados. Contudo, o Senhor precisa ter acesso aos
lugares mais insondáveis do nosso interior. É lá que armazenamos todo o lixo
existencial que juntamos vida a fora. Confissão
gera perdão de pecados, perdão de pecados gera autoridade e autoridade, vida
abundante. Tempo de confissão de pecados! Pensemos nisto! Nadia Malta
Nenhum comentário:
Postar um comentário