LÁGRIMAS SÃO OS MELHORES FERTILIZANTES PARA AS SEMENTES DE FÉ!
“Aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão. Aquele que sai chorando enquanto lança a semente, voltará com cantos de alegria, trazendo os seus feixes”. Salmos 126.5,6.
Este salmo é um dos cânticos de romagens.
Esses cânticos eram entoados durante as peregrinações para Jerusalém a fim de
trazer à memória dos Israelitas os grandes feitos de Deus. Seus conteúdos iam
desde adoração pelo que o Senhor é e pela gratidão pelas ações de Deus em favor
do seu povo como livramentos de morte, libertações, curas e restaurações.
Desconhecemos a autoria de boa parte deles especialmente este que aqui
mencionamos. Contudo, percebemos que era alguém que tinha uma estreita
experiência com o Senhor. O salmista faz uma dupla afirmação encorajadora
àqueles que passaram pelos rigores do cativeiro de Babilônia: Os que semeiam
com lágrimas ceifarão com alegria; E Quem sai andando e chorando enquanto
semeia voltará com alegria carregando a sua colheita.
Este salmo canta a vitória e libertação do
povo de Deus do cativeiro de Babilônia. Os israelitas tiveram a sua “sorte
restaurada”, ficaram “como quem sonha”. Nunca vivemos um cativeiro literal.
Nunca fomos levados de nossa pátria na condição de escravos, mas ao mesmo tempo
temos experimentado muitos outros “cativeiros” que nos têm amargurado e
dilacerado a alma. Ansiamos por libertações continuamente até mesmo a
libertação deste tabernáculo terreno que nos aprisiona a esta vida tão cheia de
armadilhas e percalços. Aguardamos o Senhor com o mesmo anseio que os guardas
antigos ansiavam pelo o romper da manhã, quando os perigos se dissipavam. A experiência do salmista encontra eco nas
nossas próprias semeaduras sempre tão lacrimosas. Mas algo aqui chama a nossa
atenção e consola os nossos corações: As semeaduras lacrimosas produzem
colheitas jubilosas! Assim, não precisamos temê-las! E nessa esperança viva
vamos seguindo e semeando incansavelmente. As nossas sacolas de sementes precisam
chegar vazias ao final da jornada. A semeadura não pode parar, pois há uma
colheita gloriosa e jubilosa esperando por nós!
A nossa colheita traz alegria para nós e
testemunho para os que estão lá fora. Sim, grandes coisas tem feito o Senhor
por nós por isso mesmo entristecidos estamos sempre alegres. Isto quer dizer
que, embora os caminhos naturais sejam dolorosos enxergamos neles a
sobrenaturalidade do Deus Vivo ao qual servimos. É Ele quem restaura a nossa
sorte como faz com o leito dos rios no deserto. Aliás, Ele é especialista em
colocar rios em terra seca e fazer caminhos no ermo. Nada é impedimento para
Ele. Tem sido difícil para muitos de nós. Chega a ter momentos de um cansaço
indizível, mas toda semeadura demanda empenho, diligente. Escolhe-se a semente,
o terreno. Ara-se a terra. Retira-se dali as ervas daninhas, para só então.
Lançar as sementes. O trabalho acabou? Claro que não! Agora é hora de múltiplas
regas e podas até que se produza uma colheita satisfatória. E diante da
colheita percebemos que todo esforço valeu a pena! Assim, não temamos as
semeaduras lacrimosas. Invariavelmente voltaremos com júbilo trazendo nossos
feixes! Nadia Malta
Nenhum comentário:
Postar um comentário