SOMOS PECADORES JUSTIFICADOS PELA FÉ NO CRISTO!
“Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós”. I João 1.7-10.
Na verdade o contexto que fala sobre esse
assunto tão complexo para os olhos naturais vai desde o versículo cinco do
capítulo primeiro até o versículo seis do segundo capítulo. A impressão que
temos é de um êxtase do apóstolo tal a natureza da revelação recebida da parte
de Deus. Como assim, justificados e ainda pecadores? É exatamente isto! Fomos
libertos da penalidade e do poder do pecado, mas não de sua presença. Ainda habitamos em um corpo mortal sujeito às
inclinações pecaminosas. A diferença é que agora temos Advogado junto ao Pai. Primeiro
vamos entender o significado bíblico de justificação. “Justificação é o oposto
exato de condenação. “Condenar” é declarar uma pessoa culpada; “justificar” é
declará-la sem culpa, inocente ou justa. Na Bíblia, refere-se ao ato imerecido
do favor de Deus através do qual Ele coloca diante de si o pecador, não apenas
perdoando-o ou isentado-o da culpa, mas também aceitando-o e tratando-o como
justo”.
O Senhor declara o pecador justo, baseado
na justiça de Cristo. A justificação remove a culpa do pecado e restaura o
pecador a todos os direitos filiais envolvidos em seu estado de filho de Deus,
incluindo uma herança eterna. A santificação remove a corrupção do pecado e renova
o pecador constante e crescentemente, em conformidade com a imagem de
Deus. A justificação dá-se fora do
pecador, no tribunal de Deus, e não muda a sua vida interior, embora a sentença
lhe seja dada a conhecer na vida interna do homem e gradativamente afete todo o
seu ser. A justificação acontece uma vez por todas. Não se repete, e não é um
processo; é imediatamente completa e para sempre. Já a santificação é um
processo contínuo, que jamais se completa nesta existência. Enquanto que a causa meritória de ambas está
nos méritos de Cristo, Deus o Pai declara justo o pecador, e Deus o Espírito o
santifica. Posicionalmente somos santos (separados para Deus), mas isto não
significa impecabilidade. Progressivamente ainda precisamos ser santificados
enquanto estivermos na terra.
Quem disser que não tem pecado é mentiroso.
Um dos maiores pecados é a própria jactância de acharmos que não somos mais
pecadores. A diferença entre os caminhantes da Luz e os das trevas é que os
primeiros se constrangem e têm consciência quando pecam. Eles experimentam a
tristeza segundo Deus que produz vida, pois leva ao arrependimento, à confissão
e o abandono do pecado cometido. Quanto ao segundo grupo, bem, não há da sua
parte qualquer consciência de que sua prática fere ao coração de Deus. Os
filhos da trevas seguem de maneira cínica e contumaz nas mesmas práticas
malignas sem, contudo, experimentar qualquer arrependimento. Isto não significa
que o pessoal do primeiro grupo deva relaxar e continuar na prática do pecado
pelo fato que Jesus é seu Advogado. O pecado em nossa vida quando acontece deve
ser um acidente de percurso, não uma prática contumaz. O que somos afinal?
Somos santos justificados (declarados justos por meio da justiça de Cristo) em
um processo contínuo de santificação!
Que o Senhor nos faça permanecer firmes nesse propósito santificador!
Nadia Malta
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