sexta-feira, 2 de abril de 2021

Meditação/Nadia Malta/ CUIDADO, A IRA DESPROPORCIONAL CEGA O ENTENDIMENTO!

 CUIDADO, A IRA DESPROPORCIONAL CEGA O ENTENDIMENTO!

                                                                                        


Agora, Senhor, tira a minha vida, eu imploro, porque para mim é melhor morrer do que viver". O Senhor lhe respondeu: "Você tem alguma razão para essa fúria?". Jonas 4.3,4. 


A ira é uma obra da carne que tem dominado muitas vidas mesmo nos meios cristãos. Não é incomum ouvirmos histórias de homens e mulheres de Deus que vivem às voltas com esse impulso ou inclinação que tanto sofrimento tem causado aos que estão ao redor! Um ataque de fúria pode deixar danos irreparáveis, sobretudo, na vida de familiares que se doam caridosamente em prol daqueles seus amados aprisionados pelo cárcere da ira! Aqui não se trata de não nos irarmos, por exemplo, com as injustiças do mundo, essa é uma ira lícita. Contudo, devemos ter cuidado para a nossa ira não se transformar em raiz de amargura, como nos instrui o apóstolo Paulo. Precisamos ter cuidado com a ira desnecessária e sob qualquer pretexto, tão comum em tantas pessoas. O iracundo é um solitário irremediável, pois ele afasta as pessoas. O livro termina com o profeta sozinho confrontado por Deus fora da cidade. Como é difícil conviver com uma bomba relógio dessas! Sim, pois é exatamente isto que o iracundo se torna. Alguém que nunca sabemos quando nem o porquê das suas explosões. Às vezes ele engole enormes camelos e se engasga com minúsculos mosquitos.

Tudo assume uma proporção descomunal para o iracundo. Viver com alguém assim é um constante sobressalto é adrenalina pura, não há coração que aguente! O iracundo é ingrato e rabugento, nada o satisfaz! Tudo para ele é ofensivo! O livro de Jonas tem muito a nos ensinar sobre a ira. Jonas era filho de Amitai e foi levantado por Deus como profeta, para levar uma palavra de alerta aos Ninivitas. Jonas conhecia a ação violenta daquele povo e não queria fazer cumprir a vontade de Deus. Ele tinha receio que Deus em sua misericórdia perdoasse aquele povo. Foge, então, para o extremo oposto, que era Társis, mas encontra no caminho uma tempestade é lançado ao mar onde e engolido por um grande peixe. Depois de orar no ventre do peixe, o Senhor faz com que seja vomitado na praia e só então, mesmo a contra gosto, vai à Nínive cumprir a ordem de Deus. A cidade para ser totalmente percorrida era preciso três dias. Jonas fez o percurso correndo e gritando de má vontade a ordem dada por Deus em apenas um dia. O povo, sobrenaturalmente, entendeu, começa a se arrepender e Deus não aplica o castigo determinado. Jonas irado sai da cidade e ao longe esbraveja amuado.

O Senhor vendo a reação do seu profeta iracundo faz crescer um arbusto que lhe fizesse sombra, ele se alegra, mas logo pela manhã o Senhor envia um verme que come as folhas reacendendo a ira de Jonas, que deseja a morte dizendo: “Para mim seria melhor morrer do que viver". Deus o confronta: “Você tem alguma razão para estar tão furioso por causa da planta? “Respondeu ele: "Sim, tenho! E estou furioso a ponto de querer morrer". Ele ficou com tanta pena da planta e teve tão pouca misericórdia das pessoas! O Senhor diz ao profeta que a cidade tinha mais de 120.000 pessoas que não sabiam discernir a mão direita da esquerda e também muitos animais, não deveria ele ter misericórdia? É assim que a ira faz cegando o entendimento! Diante dos nossos ataques de ira, que possamos nos fazer a mesma pergunta feita por Deus a Jonas: "Você tem alguma razão para essa fúria?". Nadia Malta

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