TEMPO DE NOS ESCONDER, MAS EM DEUS!
“Quando Elias ouviu, puxou a capa para cobrir o rosto, saiu e ficou à entrada da caverna. E uma voz lhe perguntou: "O que você está fazendo aqui, Elias”? 1 Reis 19.13.
O texto é bem conhecido e fala da fuga do profeta Elias depois de
experimentar a grande vitória contra os profetas de Baal e sofrer a ameaça de
morte da rainha Jezabel. Vale a pena ler todo o capítulo. Contudo, hoje gostaria de focar em dois pontos
do relato: Elias teve medo e fugiu; e Desejou para si a morte. Quantas vezes já
não tivemos vontade de correr? De fugir e procurar uma caverna na qual nos abrigar
para fugir de tantas demandas e exigências da vida? Quantos de nós não nos
sentimos assim de vez em quando? Confesso que já, e não foram poucas as vezes
que isso aconteceu. Até mesmo senti vontade que o Senhor naquele momento
fechasse o fôlego da minha vida. E ao encontrar um servo da envergadura de
Elias fugindo para procurar uma caverna, o coração sossega. Ufa! Somos humanos,
limitados e enxergamos só o que está perto. Choramos e sentimos dores! O que
nos anima nessas horas de cansaço profundo é saber que o Senhor nos confronta,
revigora, alimenta e não desiste de nós.
Elias depois de uma grande vitória contra os profetas de Baal foge
com medo das ameaças de Jezabel. Mas será que Elias correu simplesmente por
medo daquela rainha maligna? Creio que não foi só isso que colocou o profeta
numa rota de fuga, mas o acúmulo de tantas atribuições e o fato de achar que
estava só naquela luta. Não é fácil
lidar com as sobrecargas. Às vezes, tudo que precisamos nas horas de agonia
profunda é fazer aquietar a nossa alma. Buscar um tempo de contemplação deixar
a mente descansar, sobretudo, descansar em Deus! Elias estava acostumado a
grandes manifestações de Deus, mas dessa vez foi diferente: O Senhor não falou
por meio de um vendaval, nem por meio de um terremoto, muito menos por meio do
fogo, elemento tão familiar ao profeta. Ele falou por meio de uma brisa suave. O
verdadeiro servo do Senhor compreende, discerne a sua voz venha da maneira que
vier. Só um relacionamento íntimo com o Senhor não nos deixa enganar pelas
vozes que tentam nos confundir. A voz de Papai é inconfundível para aqueles que
o conhecem! E não há Abrigo mais confiável e renovador que o Esconderijo do
Altíssimo. Não foi a caverna que revigorou o profeta, mas a própria presença do
Senhor.
Em seu cansaço queixoso Elias achava que estava só na sua luta,
mas o Senhor o renova e faz a grande revelação de que ele não estava só. Havia
sete mil fiéis ao Senhor. Quantas vezes não nos sentimos assim? Mas em todas as
épocas sempre houve e sempre haverá um remanescente fiel que jamais se dobrará
a cada Baal que possa surgir. Corramos para o Senhor, só Ele é o nosso Refugio
e Fortaleza, Consolo presente em nossa tribulação! O que aprendemos aqui? Precisamos
aprender a admitir as nossas fragilidades. Não somos super nada. Temos medo,
sentimos solidão, sentimos vontade de morrer muitas vezes. Mas o Senhor conhece
as nossas fragilidades e nos alimenta e revigora, como fez com Elias. O Senhor
nos encontra não importa a nossa rota de fuga, nos confronta e ouve a nossa
queixa. A obra que o Senhor tem a fazer por nosso intermédio será feita e sem
substituição. E mais, descobrimos que não estamos sozinhos na batalha. Sempre
haverá um remanescente fiel. Nadia Malta
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