O GRANDE DESAFIO DE SE IRAR SEM PECAR!
“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo”. Provérbios 15.1; Efésios 4.26, 27.
Os versículos trazem algumas verdades
acerca da ira que não podemos perder de vista: Primeiro há um alerta para que
treinemos um falar gracioso, brando. Logo aqui percebemos que é possível mudar
o rumo ou o desfecho de uma conversa; Segundo: É possível se irar sem pecar. A
ira lícita tem prazo de validade! E terceiro: Uma ira que vai além da conta, dá
lugar ao adversário para agir de modo irremediavelmente destrutivo nas nossas
vidas! Há aqui várias perguntas: Qual a medida da nossa ira? Em que situações podemos
nos irar de maneira lícita? O que significa dar lugar ao diabo? Esta mensagem
nos parece oportuna, visto que com frequência nos iramos em face às injustiças,
corrupções, violências e jugos opressores à nossa volta. As pessoas parecem
andar tão à flor da pele que pequenas gotas d’água esborram copos provocando
grandes enchentes! E enchentes são perigosas! Elas arrancam casas, trazem à
tona velhos destroços, desarraigam grandes árvores, movem grandes objetos,
arrastam pessoas e as matam ou as machucam irremediavelmente! Conheço tantas
vidas de filhos, pais e cônjuges devastadas pelas grandes inundações das iras
que estavam represadas!
O efeito da fúria pode ser devastador e
irremediável. A ira como as águas precisam de escoadouros! O diálogo, a confissão
e o perdão são esses escoadouros. Prefiro as pequenas doses homeopáticas de ira
lícita que se escoam rapidamente sem que haja tempo de serem sedimentadas no
fundo das almas, criando raízes malignas de amargura. Por outro lado, é
praticamente impossível não se irar em certa medida ou na medida certa, no
mundo em que vivemos. Tudo é muito orquestrado para nos atingir e mexer com a
nossa sanidade mental! Só os que têm sangue de barata ou estão demenciados não
se deixam atingir. Contudo, tenho me
preocupado com certas iras desproporcionais! O que podemos fazer, então? Em se
administrar a ira está o segredo de não pecar em decorrência dela, não dando
lugar ao diabo. Ele vive numa ciranda contínua ao nosso derredor buscando
alguém a quem ele possa tragar. Ele é um oportunista maligno que não deixa
passar nenhuma oportunidade, não nos iludamos. Hoje se mata por tudo e por
nada! Não podemos nos esquecer que o mote do velho homicida continua o mesmo: “Roubar, matar e destruir!” Vigilância e
oração são sempre oportunas! Não facilitemos a ação devastadora do inimigo das
nossas almas! Ele não desiste nunca, apenas muda de estratégia. Fiquemos
atentos!
O que aprendemos aqui? Gostaria de trazer
outra ilustração preciosa do autor de Provérbios em relação ao assunto: “Como a cidade com seus muros derrubados,
assim é quem não sabe dominar-se”. Meditemos à respeito de uma cidade sem
suas defesas! Certamente está sujeita a toda espécie de ataques. Que tal
fazermos uma boa vistoria em nossos muros, tapando-lhes as brechas com a
argamassa da prudência? Que tal acrescentar a esse muro os mais sofisticados
equipamentos de segurança através das Câmeras da Oração e da Vigilância? Ira
desmedida é pecado fere o coração de Deus e dá lugar ao adversário de agir com
direito legal em nossas vidas e das nossas famílias. Confessemos ao Senhor, lhe
peçamos perdão e forças para abandonar tal pecado! Não nos esqueçamos que “a ira do homem não produz a justiça de Deus!”
nos lembra Tiago em sua epístola! E Creio que a referencia a justiça aqui podemos
também aplicá-la aos atos supostamente punitivos oriundos das iras humanas. Só
Deus é o Supremo Juiz! Assim, apazigüemos as nossas iras antes que o Adversário
nos domine! Nadia Malta
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