PERSIGAMOS A ESPERANÇA!
“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca”. Lamentações 3:21-25.
Estamos todos atravessando uma das maiores e piores tempestades que já assolou o planeta em todos os tempos. E a esperança como sentimento ou estado emocional tem se esvaído de muitos. Precisamos redescobrir urgentemente a esperança mesmo no meio de toda essa agonia que nos assola. Recorramos ao Senhor por meio do profeta Jeremias através do seu livro das Lamentações. O Livro trata de uma tragédia a nível nacional. A assolação atingiu a todos indiscriminadamente. Hoje estamos vivendo algo de uma magnitude pandêmica. Todos fomos direta ou indiretamente atingidos. Nos dias passados, o povo de Deus foi levado cativo para Babilônia. Não há como exagerar a intensidade e a abrangência do sofrimento decorrente da queda de Jerusalém. Ali a perda ali foi total. Lamentações é a cerimônia fúnebre da nação morta. O profeta Jeremias que já havia sido inevitavelmente contaminado pelas circunstancias ao seu redor, pára diante do caos e redescobre a Esperança. Ele sabe que a misericórdia, o amor e a bondade de Deus duram para sempre. Assim, aprendemos que mesmo quando Deus se ira ele nos ama. A própria disciplina de Deus é um ato de amor. Pior que não ter esperança é ter uma falsa esperança.
O Senhor enviou profetas para advertir o povo quanto à observância da aliança com ele. A quebra dessa aliança implicaria em cair nas mãos dos adversários, mas o povo obstinado e rebelde não quis ouvir. Depois enviou profetas durante o cativeiro para que o povo se arrependesse, mas ele preferia dar ouvidos aos falsos profetas que prometiam saídas mágicas e iminentes para aquela situação. Os falsos profetas procuravam trazer falsas esperanças ao povo com relação ao fim do cativeiro. No entanto, aquele cativeiro durou setenta anos. O Senhor usou o profeta Jeremias para enviar uma mensagem lúcida e verdadeira, embora não agradável, aos cativos em Babilônia. Muitos em nosso meio têm se sentido assim no meio dessa pandemia: Desesperados, desesperançados achando que não há saídas. Acham que o Senhor os esqueceu e de certa maneira têm olhado para vários lugares tentando achar uma saída e até mesmo se apegado a falsas esperanças, como o povo de Deus do passado. O Senhor é fiel ao seu povo apesar da sua infidelidade e ao seu tempo trará saídas para a situação vigente! Olhemos para o próprio profeta Jeremias e aprendamos com ele a redescobrir a esperança no meio do caos. Poderíamos perguntar: Como ele fez isso? Ele mesmo responde no v. 21: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”.
Descobrimos aqui que Jeremias deixou de olhar para fora e olhou para dentro de si mesmo. Foi buscar o que estava guardado em seu depósito espiritual. O que temos armazenado em nossos depósitos espirituais? Não podemos perder de vista algumas verdades: Por mais difíceis que sejam as nossas adversidades e assolações, elas poderiam ser ainda piores, à semelhança do que aconteceu no passado nos dias do cativeiro de Babilônia; Quando Deus entende de nos consertar e trazer as mudanças pelas quais clamamos, ele usará todos os recursos, até mesmo as adversidades, dores e perdas; Precisamos aprender a redescobrir a Esperança no meio da agonia, do caos olhando para os atributos eternos e imutáveis de Deus especialmente: Misericórdia, fidelidade e bondade; Aprendemos em Lamentações que mesmo no meio do sofrimento mais atroz Deus se manifesta ao seu povo dando-lhe oportunidade de mudança e crescimento. Pense nisso! Deus é a nossa fonte de cura e plenitude, busquemos, pois, a ele; O cativeiro em Babilônia durou setenta anos, enquanto não se cumpriu o tempo não houve resposta de Deus. Por isso, aguarde o agir de Deus, a resposta vem, não desista! Voltemos para Deus em quebrantamento sincero de coração, pois, Ele espera para ter misericórdia de Nós como fez com a nação rebelde de Judá no passado! Nadia Malta
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