AFUNDAMOS PORQUE DUVIDAMOS!
“E os discípulos, ao verem-no
andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E,
tomados de medo, gritaram.Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo!
Sou eu. Não temais! Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir
ter contigo, por sobre as águas. E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco,
andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. Reparando, porém, na força do
vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! E,
prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé,
por que duvidaste”? Mateus 14:26-31.
Confiemos
sem duvidar! O texto lido fala de uma das mais dramáticas
lições de fé ensinadas por Jesus aos seus discípulos. Aquela experiencia aponta
para a era da igreja, quando Jesus se ausentaria da terra fisicamente voltando
para os céus. Quando encontramos na Bíblia referencias a tempestades, muitas
águas, ou mar, são invariavelmente metáforas para ilustrar as tribulações da
vida. O mais surpreendente na sofisticada pedagogia de Jesus é que ele não dá
aula teórica. Já falamos sobre isto muitas vezes. Ele já coloca seus discípulos
em situações práticas, para que aprendam vivenciando. Foi assim no passado, é
assim no presente e será assim sempre. Cabe a nós, nos tornarmos alunos
“ensináveis” e diligentes para assimilar a metodologia de ensino de Jesus e não
sermos reprovados. Há muito cristão repetindo o ano. Muitos que já poderiam ser
mestres, mas ainda continuam no Jardim da Infância da fé. A Experiência
daqueles discípulos está registrada na Bíblia, para nos estimular a atravessar
vitoriosamente as nossas próprias tempestades, renunciando a toda dúvida que se
levante para atravancar as nossas vitórias. Note que o próprio Senhor compeliu os discípulos para
a tempestade; Jesus se afasta para orar sozinho e testar seus discípulos; Jesus
veio em auxílio dos discípulos ao vê-los no meio da tormenta. Assim como Ele acudiu
os discípulos, ele nos acode também; Aquela situação foi a oportunidade de Deus
para ajudá-los a crescer e se fortalecer.
Quem
sabe se não é isto que está acontecendo agora mesmo com cada um de nós? O
Senhor ajudou os discípulos até o fim e fará assim conosco.
Descobrimos na Palavra de Deus que há dois tipos de tempestades que assolam a
nossa vida: Aquela que vem para correção, como disciplina de Deus (como é o
caso do profeta Jonas); e a que vem para aperfeiçoamento, quando Deus deseja
que cresçamos em maturidade e fé. Lembre-se
do que foi dito no início: A tempestade descrita no texto lido tipifica a era
da igreja e aponta para as dificuldades, tribulações, perseguições, aflições,
enfermidades, oposições e provações de maneira geral. A terra não é um parque
de diversão, é antes uma arena de guerra, santificação e crescimento espiritual
para os que servem a Deus. O povo de Deus está no “mar” em meio às tempestades
da vida e Jesus está, não no monte, mas nos Altos Céus intercedendo por nós,
para que não desfaleçamos e a nossa fé não vacile. O Socorro de Jesus, em
resposta às nossas orações, muitas vezes nos assombra. Olhar para Cristo vindo
por sobre o mar foi assustador, para aqueles discípulos já apavorados, parecia
um grande “malassombro”. Aprendamos a discernir. Que os nossos olhos vejam! O
Senhor esperou que o barco fosse o mais longe possível, para que não houvesse
nenhuma possibilidade humana de socorro e aí ele entrou em ação. Aprendemos que “A impossibilidade humana é a
oportunidade de Deus”. Olhar para as situações e tempestades da vida com os
olhos da fé, aquieta a nossa alma exigente e apressada. Por que Jesus andou
sobre as águas? Para mostrar aos discípulos que aquilo que eles tanto temiam (a
fúria do mar) era apenas um caminho para que se aproximassem e confiassem nele.
O
Senhor é especialista em fazer caminhos na tormenta. Diante das tempestades da
vida temos duas atitudes a tomar: Fugir de Deus ou correr para seus braços. A
segunda opção é sempre a mais acertada. Por
que os discípulos não reconheceram Jesus? Porque não estavam mais esperando por
ele. O medo e a fé não podem caminhar juntos, são incompatíveis. O medo cega a
fé e produz tormento, para que ela não enxergue a presença de Deus. Esse era o
propósito daquela tempestade: Ajudar a aperfeiçoar a fé daqueles discípulos,
dissipando o medo e a dúvida de seus corações. Aqueles discípulos precisavam aprender a confiar em Jesus mesmo
quando ele não estivesse presente e parecesse não se importar. Olhe agora para
Pedro, ele foi o único naquele barco que ousou enfrentar a tempestade e ir em
direção a Jesus. E Ele teria sido bem
sucedido, se não fosse aquela dúvida que surgiu no caminho de sua fé. Quem sabe
se não é isto que está acontecendo com você. A vitória estava às portas, mas aí
veio a infeliz da dúvida e estragou tudo. Pedro clamou por Jesus antes de
afundar e foi socorrido por ele. As tempestades da vida nos ensinam a confiar
em Cristo e obedecer a sua Palavra, independentemente das circunstancias. Pedro
começou a afundar porque duvidou; precisamos entender que quando Jesus diz
“vem”, essa palavra cumprirá o propósito para o qual foi proferida. O segredo
da vitória é não duvidar e olhar firmemente para o autor e consumador de nossa
fé JESUS CRISTO. A experiência de Pedro foi enriquecedora para ele, para os
discípulos que estavam no barco e para nós hoje. Quando clamamos por Jesus no
meio da tormenta ele entra no barco conosco e faz cessar os ventos e as ondas
por maiores e mais assustadores que sejam! Nadia Malta
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