quinta-feira, 9 de abril de 2020

Meditação/Nadia Malta/O SENHOR CONTINUA PROCURANDO FÉ NA TERRA! (Encontrará?)


O SENHOR CONTINUA PROCURANDO FÉ NA TERRA! (Encontrará?)
                                                                                   
Quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?”. Lc 18.8b. 

 Busquemos exercitar uma fé mais intimista com o Senhor. Continuamos falando acerca da fé que produz milagres. Aqui não se trata da fé pela fé, mas a fé no Cristo Vivo. O versículo escolhido para esta mensagem é o ultimo do contexto da parábola do juiz iníquo. Ali, Jesus conta a história de uma mulher viúva e persistente, que bate com instancia à porta de um juiz iníquo, que não temia a Deus, nem respeitava a homem algum. Aquela mulher pedia que o juiz julgasse a sua causa contra o seu adversário. Por algum tempo aquele juiz não a quis atender, mas por fim devido à importunação resolveu atendê-la. Jesus contou essa parábola, para ilustrar o dever de orar sempre e nunca desistir. Pelo que entendemos do texto, a pergunta final de Jesus soa como um lamento pela falta do tipo de fé persistente que ele espera que tenhamos.  É muito comum ouvirmos mensagens sem conta sobre o assunto “Fé”. Contudo, nos parece que aquilo que as pessoas consideram como fé, tem sido rejeitado pelo Senhor. Por que será que isso acontece? O que será que o Espírito de Deus quer nos revelar nesta palavra?  Uma idéia me ocorre: Será que a fé que temos manifestado, não está corrompida, misturada com o “fermento” do ganho pessoal? Será que ela não tem sido alicerçada sobre a tentativa de atender aos nossos desejos pessoais caprichosos? A fé pregada por muitos tem sido muito voltada para o material, o temporal, absolutamente arraigada neste mundo e dissociada de uma intimidade com Deus.

Qual o modelo de fé que agrada ao Senhor, afinal? O capítulo 11 de hebreus e outras passagens bíblicas nos apontam respostas. Vejamos: Hebreus 11 fala de um padrão Bíblico de intimidade; O resultado dessa intimidade é um desapego progressivo por este mundo; Sem intimidade a nossa fé não é verdadeira aos olhos de Deus; A fé intimista nos leva ao Descanso de Deus; e A fé verdadeira não deixa espaço para a dúvida. O 1º exemplo encontrado ali é o de Abel. “Ele ofereceu a Deus mais excelente sacrifício que Caim”. Por quê?  Abel oferecia sacrifícios com freqüência, não era algo esporádico, baseado em necessidades circunstanciais. Abel desejava uma proximidade com Deus. Era-lhe agradável permanecer em sua presença. Abel figura no rol dos chamados heróis da fé. Os sacrifícios de Abel eram oferecidos num altar. Altar é lugar de entrega e é isso que Deus deseja de nós, que nos entreguemos a ele. Abel entrega as primícias do rebanho e da gordura, que quando queimada, subia como perfume agradável às narinas de Deus. Aprendemos que Gordura aqui, simboliza um tipo de oração ou comunhão aceitável. Representa nosso ministério junto ao Senhor em nosso lugar secreto de oração. Esse tipo de oferta era feito na presença do ofertante, até que fosse consumido e isso demandava tempo. Quanto mais nos aproximamos de Cristo, mais descobrimos que ele é tudo para nós. Embora Abraão fosse um homem atuante no seu tempo, ele conservava o caráter de peregrino. Ele tinha profunda consciência que estava aqui apenas de passagem. A despeito de seus inúmeros negócios e afazeres, ele achava tempo para estar a sós com Deus, gozando de uma intima comunhão. Do mesmo modo Moisés mesmo tendo sido criado no meio das riquezas do Egito, ele abriu, mão de tudo por amor ao Senhor.

No capítulo 4 de Marcos encontramos Jesus e seus discípulos num barco, sendo açoitados por um grande temporal. Jesus acorda, repreende a tempestade e pergunta aos discípulos: “Como é que não tendes fé?”. Jesus estava na verdade, chamando a atenção de seus discípulos para ele próprio, porque mesmo andando com ele não tinham aprendido intimidade com ele ou por outro lado, não o conheciam intimamente. Não precisamos mais buscar respostas teológicas para o significado da fé, precisamos simplesmente experimentá-la ficando a sós com Jesus. Quando Jesus faz pergunta que deu origem a esta mensagem: “Contudo, quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”. Na verdade ele pergunta se quando ele voltar, nos encontrará exercitando uma fé viva baseada numa intimidade com ele, que por sua vez, resulta numa paz interior pela confiança, de que ele está agindo na situação. Será que ele encontrará esse tipo de fé em nós? Em Mateus 14.22-33 encontramos outra situação que demanda fé. Jesus ordena que seus discípulos entrem no barco e entrem no mar enquanto ele se demora em terra orando. No meio da madrugada ele vem encontrar com eles andando sobre as águas. Os discípulos ficam aterrorizados, Jesus os acalma dizendo para não temer. Deixo como reflexão a pergunta retórica inicial feita por Jesus: “Quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?”, para que aqueles que ouvem esta palavra reflitam sobre isto e busquem o exercício da verdadeira fé que agrada a Deus. Nadia Malta

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