O SENHOR
CONTINUA PROCURANDO FÉ NA TERRA! (Encontrará?)
“Quando vier o Filho do Homem, achará,
porventura, fé na terra?”. Lc 18.8b.
Busquemos exercitar uma fé mais intimista com
o Senhor. Continuamos falando acerca da fé que produz milagres. Aqui não se
trata da fé pela fé, mas a fé no Cristo Vivo. O versículo escolhido para esta
mensagem é o ultimo do contexto da parábola do juiz iníquo. Ali, Jesus conta a
história de uma mulher viúva e persistente, que bate com instancia à porta de
um juiz iníquo, que não temia a Deus, nem respeitava a homem algum. Aquela
mulher pedia que o juiz julgasse a sua causa contra o seu adversário. Por algum
tempo aquele juiz não a quis atender, mas por fim devido à importunação
resolveu atendê-la. Jesus contou essa parábola, para ilustrar o dever de orar
sempre e nunca desistir. Pelo que entendemos do texto, a pergunta final de
Jesus soa como um lamento pela falta do tipo de fé persistente que ele espera
que tenhamos. É muito comum ouvirmos
mensagens sem conta sobre o assunto “Fé”. Contudo, nos parece que aquilo que as
pessoas consideram como fé, tem sido rejeitado pelo Senhor. Por que será que
isso acontece? O que será que o Espírito de Deus quer nos revelar nesta
palavra? Uma idéia me ocorre: Será que a
fé que temos manifestado, não está corrompida, misturada com o “fermento” do
ganho pessoal? Será que ela não tem sido alicerçada sobre a tentativa de
atender aos nossos desejos pessoais caprichosos? A fé pregada por muitos tem
sido muito voltada para o material, o temporal, absolutamente arraigada neste
mundo e dissociada de uma intimidade com Deus.
Qual o
modelo de fé que agrada ao Senhor, afinal? O capítulo 11 de hebreus e outras
passagens bíblicas nos apontam respostas. Vejamos: Hebreus 11 fala de um padrão
Bíblico de intimidade; O resultado dessa intimidade é um desapego progressivo
por este mundo; Sem intimidade a nossa fé não é verdadeira aos olhos de Deus; A
fé intimista nos leva ao Descanso de Deus; e A fé verdadeira não deixa espaço
para a dúvida. O 1º exemplo encontrado ali é o de Abel. “Ele ofereceu a Deus mais excelente sacrifício que Caim”. Por
quê? Abel oferecia sacrifícios com
freqüência, não era algo esporádico, baseado em necessidades circunstanciais.
Abel desejava uma proximidade com Deus. Era-lhe agradável permanecer em sua
presença. Abel figura no rol dos chamados heróis da fé. Os sacrifícios de Abel
eram oferecidos num altar. Altar é lugar de entrega e é isso que Deus deseja de
nós, que nos entreguemos a ele. Abel entrega as primícias do rebanho e da
gordura, que quando queimada, subia como perfume agradável às narinas de Deus.
Aprendemos que Gordura aqui, simboliza um tipo de oração ou comunhão aceitável.
Representa nosso ministério junto ao Senhor em nosso lugar secreto de oração.
Esse tipo de oferta era feito na presença do ofertante, até que fosse consumido
e isso demandava tempo. Quanto mais nos aproximamos de Cristo, mais descobrimos
que ele é tudo para nós. Embora Abraão fosse um homem atuante no seu tempo, ele
conservava o caráter de peregrino. Ele tinha profunda consciência que estava
aqui apenas de passagem. A despeito de seus inúmeros negócios e afazeres, ele
achava tempo para estar a sós com Deus, gozando de uma intima comunhão. Do mesmo
modo Moisés mesmo tendo sido criado no meio das riquezas do Egito, ele abriu,
mão de tudo por amor ao Senhor.
No capítulo
4 de Marcos encontramos Jesus e seus discípulos num barco, sendo açoitados por
um grande temporal. Jesus acorda, repreende a tempestade e pergunta aos
discípulos: “Como é que não tendes fé?”.
Jesus estava na verdade, chamando a atenção de seus discípulos para ele
próprio, porque mesmo andando com ele não tinham aprendido intimidade com ele
ou por outro lado, não o conheciam intimamente. Não precisamos mais buscar
respostas teológicas para o significado da fé, precisamos simplesmente experimentá-la
ficando a sós com Jesus. Quando Jesus faz pergunta que deu origem a esta
mensagem: “Contudo, quando vier o Filho
do homem, porventura achará fé na terra?”. Na verdade ele pergunta se
quando ele voltar, nos encontrará exercitando uma fé viva baseada numa
intimidade com ele, que por sua vez, resulta numa paz interior pela confiança,
de que ele está agindo na situação. Será que ele encontrará esse tipo de fé em
nós? Em Mateus 14.22-33 encontramos outra situação que demanda fé. Jesus ordena
que seus discípulos entrem no barco e entrem no mar enquanto ele se demora em
terra orando. No meio da madrugada ele vem encontrar com eles andando sobre as
águas. Os discípulos ficam aterrorizados, Jesus os acalma dizendo para não
temer. Deixo como reflexão a pergunta retórica inicial feita por Jesus: “Quando vier o Filho do Homem, achará,
porventura, fé na terra?”, para que aqueles que ouvem esta palavra reflitam
sobre isto e busquem o exercício da verdadeira fé que agrada a Deus. Nadia
Malta
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