CONFIEMOS NO PODER DA FÉ!
“E, quando chegaram para junto da multidão,
aproximou-se dele um homem, que se ajoelhou e disse: Senhor, compadece-te de
meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e
outras muitas, na água. Apresentei-o a teus discípulos, mas eles não puderam
curá-lo. Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei
convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui o menino”. Mateus
17:14-17.
Jesus e três dos seus discípulos mais
chegados: Pedro, Tiago e João, haviam subido ao monte, onde Jesus foi
transfigurado à vista deles. Quando eles descem do monte encontram os demais
discípulos que haviam ficado à espera deles, às voltas com a situação de um pai
desesperado cujo filho padecia de uma aparente enfermidade, a quem o texto
chama de lunático. Aquele homem no seu desespero procura os discípulos de
Jesus, com a finalidade de ter seu filho curado. Na verdade, aquele menino
estava possuído por um espírito maligno e não acometido de uma enfermidade
natural. Não houve discernimento por parte dos discípulos para perceber este
fato. Lembramos que os discípulos alem de terem recebido autoridade da parte de
Jesus, já haviam testemunhado inúmeras vezes o Senhor agindo em situações semelhantes.
Quando Jesus desce do monte encontra aquela situação e sofre com a
incredulidade dos seus discípulos, mencionando a falta de fé como a causa do
seu fracasso. Na sua metodologia didática, Jesus usou muitas parábolas, mas
usou também acontecimentos reais, dos quais fez preciosas aplicações práticas
para seus discípulos de todas as épocas.
Aquele episódio nos ensina uma importante
lição sobre o exercício da fé. Duas coisas no texto nos chamam a atenção: Primeira:
O problema em si e a reação de Jesus; Segunda: A ação eficaz de Jesus e a causa
do fracasso dos discípulos. Tem faltado discernimento no meio do povo de
Deus. Apesar de muitos desses sintomas
poderem ter causas naturais, aquele menino estava à mercê de um demônio. Aqui
vemos a necessidade de entendermos a natureza dos problemas que nos assola.
Busquemos discernimento. Enquanto os
discípulos recuaram da responsabilidade e autoridade de expulsar aquele
demônio, o menino sofria sob aquela ação maligna. A primeira reação de Jesus
foi uma tristeza profunda. O Mestre gemeu no seu intimo e disse: “Ó geração incrédula e perversa! Até quando
estarei convosco?! Até quando vos sofrerei?”. A incredulidade e
perversidade espiritual daqueles discípulos era um peso para Jesus. Fico
imaginando como O Senhor se sente ao olhar para os cristãos fracos e tímidos de
hoje. Falta-nos intrepidez e ousadia para dar passos ousados de fé!
Jesus não requer de nós nada que ele
mesmo já não nos tenha ensinado. Ele pediu que lhe trouxessem o menino e
repreendeu o demônio e este o deixou. Jesus libertou o menino, ordenando ao
demônio que nunca mais voltasse aquele corpo. Jesus esperava que seus
discípulos agissem daquela forma, que fossem ousados. Ele já os havia
comissionado com a sua própria autoridade. Os discípulos frustrados vão a Jesus
em particular para saber a razão do seu fracasso. O que foi que deu
errado? Poucas vezes Jesus foi tão
direto ao responder uma pergunta. Geralmente ele dava voltas, contava uma
parábola, ou mesmo fazia outra pergunta para fazer as pessoas pensarem. Mas
aqui ele vai direto ao ponto e enfaticamente responde no v.20: “Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em
verdade vos digo que se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esse
monte: Passa daqui para acolá e ele passará. Nada vos será impossível!”. O
poder dado aos discípulos estava lá, era algo latente. Faltava apenas ser
manifesto pela fé, que é aquela certeza absoluta daquilo que esperamos da parte
de Deus. O que acontecia com os discípulos daquela época acontece hoje. Há uma
diferença entre agir mecanicamente e agir impulsionado pela fé (certeza do que
esperamos de Deus). Não se trata de mágica, mas de fé. Peçamos ao Senhor que
aumente a nossa fé! A expressão “como um
grão de mostarda”. Aqui não se trata apenas do tamanho da semente, mas do
seu poder gerador de vida, mesmo sendo tão pequena pode gerar algo grande.
Jesus espera que mesmo com uma pequenina fé, cresçamos e frutifiquemos para a
glória do seu nome. Finalmente gostaria de deixar para sua reflexão uma
pergunta de Jesus em Lc 18.8b que diz: “Contudo,
quando vier o Filho do homem, achará porventura, fé na terra?”. Nadia Malta
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