sexta-feira, 24 de abril de 2020

Meditação/Nadia Malta/EIS-ME AQUI SENHOR, ENVIA-ME A MIM!


EIS-ME AQUI SENHOR, ENVIA-ME A MIM!
                                                                           
 “Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim”. Isaías 6:5-8.                                        

Busquemos a presença viva de Deus! O texto lido faz parte de um contexto maior, que vai até o versículo 13 e descreve o chamado ministerial do profeta Isaías. Esse chamado foi marcado por um acontecimento que abalou profundamente a estrutura emocional e espiritual daquele homem de Deus: Uma tremenda visão do Trono de Deus. A partir dali, Isaías nunca mais foi o mesmo. Alem da portentosa visão do trono de Deus Isaías também enfrentou a morte do rei Uzias , que deixou no profeta e em toda a nação um sentimento de profundo pesar e orfandade. Foi exatamente ali, naquele momento desolador na vida de Isaías que o Senhor escolheu para manifestar-se a ele, mostrando-lhe a sua glória e majestade. Essa visão de Isaías num momento desolador como aquele, me chama a atenção de um modo especial para o fato de que Deus nunca abandona seus filhos. Os homens e mulheres que foram visitados pelo sobrenatural de Deus, tinham uma característica comum: Eram pessoas de busca; eles ansiavam por Deus. O Senhor os visitou por isso.

A visão de Isaías o despertou para cinco percepções impactantes que mudaram radicalmente sua vida: A percepção da Santidade de Deus; A percepção da glória de Deus; A percepção do seu próprio pecado; A percepção da sua purificação e A percepção do seu chamado para o serviço. Os Serafins clamavam uns para com os outros que Deus é: Santo, Santo, Santo. A ideia básica de Santidade é separação. Deus não se mistura com o pecado. Ele é infinitamente grandioso e absolutamente santo, por isso que nosso pecado sempre irá ofendê-lO: nossas mentiras, nossas atitudes dolosas, nossas atitudes imorais, nossas posturas impuras, nossas palavras frívolas, nossas rebeliões, nossos melindres e tudo o mais que procede de nosso coração pecaminoso. O grande problema quando não contemplamos a santidade de Deus, é que nos tornamos cínicos e complacentes com os nossos próprios pecados. Quando nos falta santidade, não podemos servir a Deus dignamente.  É a santidade de Deus que nos constrange a viver em santidade. A palavra glória,  de maneira mais aproximada, descreve uma refulgente magnitude, algo grandioso que se aplica apenas a manifestação de Deus. O sentido mais aproximado para compreendermos essa palavra é: Plenitude, enchimento, cobertura, domínio. Quando a glória de Deus enchia o templo, os sacerdotes não podiam ficar no seu interior. Na dispensação da graça somos templos Vivos de Deus e essa glória precisa nos encher e ocupar todos os nossos espaços de maneira que não haja lugar para mais nada.  Quando alguém contempla a glória de Deus e tem uma percepção da sua santidade, o seu pecado, a sua miserabilidade aflora de modo irrefutável. Deus quer mostrar a cada um de nós hoje a sua própria glória e santidade, mas precisamos nos preparar também para sermos confrontados com os nossos próprios pecados.

Quando o Espírito Santo nos convence do nosso pecado, devemos nos arrepender, confessá-lo e abandoná-lo. Desmascará-lo, antes que ele nos desmascare. A santidade e a glória de Deus nos fazem enxergar o pecado como ele é sem a máscara do politicamente correto dos dias atuais ou a maquiagem das palavras que o banalizam como: Erro, deslize, tropeço, equivoco e tantas outras. Adultério não é amor, é pecado; mentira, não é um deslize, é pecado; rebelião não é temperamento forte, é pecado; como idolatria; feitiçaria; ira; ódio; inveja; avareza; consumismo; fornicação; vícios em geral. Essas práticas não podem ser atenuadas porque a santidade e a glória de Deus não permitem e nos revelam que tudo isso é PECADO, que por sua vez significa errar o alvo estabelecido por Deus. Graça de Deus não é desculpa para atenuar o pecado nem para a postura arrogante de acharmos que não pecamos. Isaías enxergou isso. O texto se refere a Serafins; classe especial de anjos de Deus. A palavra Serafim= vem do hebraico e significa consumir pelo fogo. Esses Anjos são agentes purificadores de Deus. Quando nos arrependemos, confessamos e abandonamos os nossos pecados, os agentes purificadores de Deus entram em ação. Passamos por um batismo de fogo, para que à semelhança do ouro sejamos purificados. Essa ação de Deus sobre nós traz uma profunda certeza de que fomos purificados, perdoados; passamos a sentir leveza, sem o peso da culpa que nos esmagava. Pecado confessado ao Senhor debaixo de arrependimento é pecado perdoado, pecado perdoado é pecado apagado. Desfrutemos da liberdade da nossa nova condição. Depois de sermos purificados, Deus nos chama através de inúmeros instrumentos para o seu serviço e espera de nós respostas. Deus quer pessoas que se disponham para ele. Que possam florescer onde estão plantadas. Fomos chamados para o serviço! Sirvamos com alegria! Nadia Malta


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