EIS-ME
AQUI SENHOR, ENVIA-ME A MIM!
“Então,
disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito
no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos
Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa
viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e
disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e
perdoado, o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem
enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim”.
Isaías 6:5-8.
Busquemos
a presença viva de Deus! O texto lido faz parte de um contexto maior, que vai
até o versículo 13 e descreve o chamado ministerial do profeta Isaías. Esse
chamado foi marcado por um acontecimento que abalou profundamente a estrutura
emocional e espiritual daquele homem de Deus: Uma tremenda visão do Trono de
Deus. A partir dali, Isaías nunca mais foi o mesmo. Alem da portentosa visão do
trono de Deus Isaías também enfrentou a morte do rei Uzias , que deixou no
profeta e em toda a nação um sentimento de profundo pesar e orfandade. Foi
exatamente ali, naquele momento desolador na vida de Isaías que o Senhor
escolheu para manifestar-se a ele, mostrando-lhe a sua glória e majestade. Essa
visão de Isaías num momento desolador como aquele, me chama a atenção de um
modo especial para o fato de que Deus nunca abandona seus filhos. Os homens e
mulheres que foram visitados pelo sobrenatural de Deus, tinham uma característica
comum: Eram pessoas de busca; eles ansiavam por Deus. O Senhor os visitou por
isso.
A
visão de Isaías o despertou para cinco percepções impactantes que mudaram
radicalmente sua vida: A percepção da Santidade de Deus; A percepção da glória
de Deus; A percepção do seu próprio pecado; A percepção da sua purificação e A
percepção do seu chamado para o serviço. Os Serafins clamavam uns para com os
outros que Deus é: Santo, Santo, Santo. A ideia básica de Santidade é
separação. Deus não se mistura com o pecado. Ele é infinitamente grandioso e
absolutamente santo, por isso que nosso pecado sempre irá ofendê-lO: nossas
mentiras, nossas atitudes dolosas, nossas atitudes imorais, nossas posturas
impuras, nossas palavras frívolas, nossas rebeliões, nossos melindres e tudo o
mais que procede de nosso coração pecaminoso. O grande problema quando não
contemplamos a santidade de Deus, é que nos tornamos cínicos e complacentes com
os nossos próprios pecados. Quando nos falta santidade, não podemos servir a
Deus dignamente. É a santidade de Deus
que nos constrange a viver em santidade. A palavra glória, de maneira mais aproximada, descreve uma
refulgente magnitude, algo grandioso que se aplica apenas a manifestação de
Deus. O sentido mais aproximado para compreendermos essa palavra é: Plenitude,
enchimento, cobertura, domínio. Quando a glória de Deus enchia o templo, os
sacerdotes não podiam ficar no seu interior. Na dispensação da graça somos
templos Vivos de Deus e essa glória precisa nos encher e ocupar todos os nossos
espaços de maneira que não haja lugar para mais nada. Quando alguém contempla a glória de Deus e tem
uma percepção da sua santidade, o seu pecado, a sua miserabilidade aflora de
modo irrefutável. Deus quer mostrar a cada um de nós hoje a sua própria glória
e santidade, mas precisamos nos preparar também para sermos confrontados com os
nossos próprios pecados.
Quando
o Espírito Santo nos convence do nosso pecado, devemos nos arrepender,
confessá-lo e abandoná-lo. Desmascará-lo, antes que ele nos desmascare. A
santidade e a glória de Deus nos fazem enxergar o pecado como ele é sem a
máscara do politicamente correto dos dias atuais ou a maquiagem das palavras
que o banalizam como: Erro, deslize, tropeço, equivoco e tantas outras.
Adultério não é amor, é pecado; mentira, não é um deslize, é pecado; rebelião
não é temperamento forte, é pecado; como idolatria; feitiçaria; ira; ódio;
inveja; avareza; consumismo; fornicação; vícios em geral. Essas práticas não
podem ser atenuadas porque a santidade e a glória de Deus não permitem e nos
revelam que tudo isso é PECADO, que por sua vez significa errar o alvo
estabelecido por Deus. Graça de Deus não é desculpa para atenuar o pecado nem
para a postura arrogante de acharmos que não pecamos. Isaías enxergou isso. O
texto se refere a Serafins; classe especial de anjos de Deus. A palavra
Serafim= vem do hebraico e significa consumir pelo fogo. Esses Anjos são
agentes purificadores de Deus. Quando nos arrependemos, confessamos e
abandonamos os nossos pecados, os agentes purificadores de Deus entram em ação.
Passamos por um batismo de fogo, para que à semelhança do ouro sejamos
purificados. Essa ação de Deus sobre nós traz uma profunda certeza de que fomos
purificados, perdoados; passamos a sentir leveza, sem o peso da culpa que nos
esmagava. Pecado confessado ao Senhor debaixo de arrependimento é pecado
perdoado, pecado perdoado é pecado apagado. Desfrutemos da liberdade da nossa
nova condição. Depois de sermos purificados, Deus nos chama através de inúmeros
instrumentos para o seu serviço e espera de nós respostas. Deus quer pessoas
que se disponham para ele. Que possam florescer onde estão plantadas. Fomos
chamados para o serviço! Sirvamos com alegria! Nadia Malta
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