UM PASTOREIO
QUE NOS DEIXA SACIADOS!
“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de
descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu
nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum,
porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. Preparas-me
uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. Bondade
e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei
na Casa do Senhor para todo o sempre”. Salmos 23.
O Salmo 23 é
sem a menor sombra de dúvida, o mais lido, conhecido e citado salmo da Bíblia,
até mesmo por aqueles que não têm familiaridade com a Palavra de Deus. É um dos
inúmeros salmos de Davi, onde ele se vale de sua experiência como pastor de
ovelhas, para transmitir ricas e preciosas lições sobre a suficiência de Deus, providenciada
às suas ovelhas. Antes de qualquer coisa quero registrar a ideia original: lá
encontramos, não “O Senhor é o meu Pastor”, simplesmente, mas “O Senhor está me
pastoreando”, ato contínuo. As ovelhas são animais frágeis e docilmente se
deixam conduzir, proteger e guiar pelo seu pastor, não oferecem resistência. As
ovelhas não precisam compreender as ações do seu pastor, elas só precisam
segui-lo. Neste salmo, Davi explica, usando a metáfora do pastor de ovelhas,
que se seguirmos ao Senhor que é nosso Pastor e está nos pastoreando continuamente
e confiarmos nele, ele suprirá todas as nossas necessidades (não nossas
vontades). Necessidade é diferente de vontade. Necessidade= aquilo que é
imprescindível. Vontade= anseio, cobiça, aspiração. Nesse pastoreio bendito nos
sentimos saciados, plenos. Façamos juntos hoje uma releitura deste salmo, não
numa perspectiva romântica e muito menos emocional, mas com honestidade de
coração à luz do Espírito Santo, rogando ao Senhor que comunique ao nosso
espírito, o que ele quer dizer neste salmo. O que será que o Senhor quer nos dizer com
“nada nos faltará”?
Esse pastoreio
contínuo nos oferece quatro garantias para que nos sintamos saciados: Primeira:
Esse pastoreio nos garante SUFICIÊNCIA; Segunda: Esse pastoreio nos garante
SERENIDADE, mesmo nos vales; Terceira: Esse pastoreio nos garante SEGURANÇA
mesmo a despeito dos nossos inimigos e Quarta: Esse pastoreio nos garante que
CHEGAREMOS seguros à Casa do Pai, na eternidade. Se o Senhor está nos pastoreando, então nada do
que necessitamos nos faltará. Nada mesmo. Como dissemos no início, não olhemos
para o salmo numa perspectiva simplista, romântica e imediatista, mas na
perspectiva daquele que vê além e sabe o que é necessidade e o que é vontade. Nós
vemos apenas o que está perto como míopes espirituais, mas o Senhor perscruta
mentes e vê corações. O Senhor conhece todas as nossas necessidades que
precisam ser supridas; todos os consertos que precisam ser feitos em nós; tudo
em nós que precisa ser mudado; e tudo que precisa ser tirado de nós, para que
façamos a diferença, não somente nessa vida, mas por toda a eternidade. O Pastor amado sempre sabe a hora certa de
suprir as necessidades de suas ovelhas e ele o fará! Ele conduz gentilmente
suas ovelhas por veredas conhecidas. Quando
as ovelhas se afastam das veredas traçadas pelo pastor e começam a explorar
outros caminhos novos e empolgantes, acabam se metendo em apuros. Ovelha fora
das vistas do pastor, vira comida de lobo. Somos exortados a andar pelas
VEREDAS DA JUSTIÇA por amor do seu nome. Veredas estranhas= são doutrinas
estranhas.
O Vale da
Sombra da Morte= qualquer experiência difícil em nossa vida que nos enche de
temor, inclusive a morte. Note bem – as ovelhas, além da fragilidade não
enxergam muito bem e se assustam com facilidade, principalmente quando se
encontram em circunstancias desconhecidas; daí, não poderem se afastar do
pastor; essa presença as acalma. O Supremo Pastor usará seu cajado e seu bordão
sempre que for necessário afugentar predadores, disciplinar as ovelhas ou
socorrê-las dos perigos. Sempre que necessário sentiremos o peso do bordão de
Deus, bem como o aconchego carinhoso do seu cajado. A Mesa mencionada aqui, não
é obrigatoriamente o móvel usado pelos humanos; o termo original significa
simplesmente algo estendido ou espalhado; assim, numa região montanhosa, os
lugares planos são chamados de mesas. Depois de cada jornada difícil, o
objetivo do pastor era levar seu rebanho em segurança ao aprisco, à mesa. Aquilo
representava vitória, era motivo de celebração sobre todos os inimigos que
espreitavam o rebanho. À noite, o pastor colocava óleo na testa e nos chifres
das ovelhas para afastar os insetos e ele mesmo se deitava à porta do aprisco
para evitar a entrada de intrusos. Quanto zelo! – É assim que o Supremo Pastor
faz conosco! Finalmente: Habitar na Casa do Senhor por toda a eternidade deve
ser nosso alvo continuamente! Desfrutemos desse pastoreio que nos deixa
saciados! Nadia
Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário