FILHOS
OU CRIATURAS DE DEUS?
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o
poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os
quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem,
mas de Deus”. João 1:12,13.
Em
todo o Evangelho segundo João há uma preocupação em mostrar Jesus como mais que
um mero homem, mais que um simples enviado sobrenatural ou representante de
Deus. O propósito do Espírito Santo, através de João é mostrar que Jesus é o
Verdadeiro Deus que veio em carne. Ele
escreveu aos judeus e gentios apresentando Jesus como o Filho do Deus Vivo ou o
próprio Deus encarnado. No contexto específico no qual estão inseridos os
versículos lidos, Jesus é apresentado como a verdadeira Luz, que vinda ao mundo
ilumina todo o que nele crê e o recebe. E todo o que crê em Jesus e o recebe
torna-se filho de Deus. Afinal, todos são filhos de Deus? Todos os caminhos
levam a Deus? Qual a grande diferença entre ser filho e ser criatura de Deus? Numa casa existem as coisas criadas
(fabricadas) por nós e existem os nossos filhos gerados de nós. Aquele que é
gerado tem a mesma natureza da sua fonte geradora. Há então, uma diferença
entre criar e gerar, em nenhum momento afirmamos que aquilo que fabricamos são
nossos filhos. Quando as pessoas se expressam assim, o fazem numa linguagem
figurada, não literal. Assim, Deus é o Criador de todas as coisas visíveis e
invisíveis, mas tem seus próprios filhos gerados espiritualmente dele. É isso
que precisamos compreender. É muito comum ouvirmos pessoas afirmarem: “Eu
também sou filho de Deus” ou ainda, “Todos os caminhos levam a Deus”. Por outro
lado, aqueles que não conhecem as Escrituras Sagradas, julgam arrogante e
pretensioso de nossa parte afirmar que somos filhos de Deus. O apóstolo João,
tanto no Evangelho que leva o seu nome, quanto nas epístolas, além da
preocupação de evidenciar a Divindade de Cristo, ele procurou também esclarecer
essa questão complexa de quem são os verdadeiros filhos de Deus. Os versículos
lidos no início trazem resposta irrefutável a esse questionamento.
Segundo
as Escrituras, quem são os verdadeiros filhos de Deus? Os filhos de Deus são os
que crêem, recebem e confessam Jesus Cristo como Senhor e Salvador e Os filhos
de Deus são os que Nascem de Novo. O contexto no qual este versículo está
inserido, diz que Jesus é a verdadeira LUZ. No entanto, o adversário (Satanás)
se esforça para cegar o entendimento dos incrédulos para que não enxerguem a
LUZ. A nação judaica rejeitou a Cristo. Qual a causa dessa rejeição? A cegueira
e a ignorância espiritual de Israel. Os judeus creram apenas teoricamente
naquilo que as Escrituras, através dos santos profetas falaram sobre a vinda do
Messias. Tudo o que as Escrituras do Antigo Testamento falaram apontavam para a
verdadeira LUZ (Cristo). Eles fecharam-se na religiosidade e não enxergaram a
revelação. O Zelo religioso cego é fanatismo.
Crer é também pensar. Enxergar a verdadeira LUZ (Cristo) nos leva a crer
nele e recebê-lo. Quando enxergamos a luz, somos atraídos para ela. A
oportunidade para enxergar a verdadeira Luz é hoje, a hora é agora. Não é
preciso sacrifício ou obra meritória de nossa parte, basta crer e receber,
confessando Cristo como Senhor e Salvador para se tornar um filho da LUZ (filho
de Deus). Nascer de Novo é a conseqüência espiritual do crer em Jesus Cristo e
recebê-lo, confessando-o como Senhor e Salvador. É a única oportunidade que
temos de ter uma nova história. Aqui não se trata de reencarnacionismo, até
porque “ao homem é dado morrer uma única
vez, depois disso segue-se o juízo”. O Novo nascimento concede ao homem a
oportunidade de ser uma nova criatura, de modo que as coisas velhas se tornam
passadas e ele recebe uma nova identidade e paternidade em Deus.
Esse
crer e receber não é algo superficialmente verbalizado apenas, movido por
nenhum tipo de emocionalismo; mas é um “desvendar de olhos”, é algo
experimentado na profundidade do nosso interior. Essa experiência é
sobrenatural, é no âmbito do nosso espírito (só o espírito recriado por Deus
tem a mesma natureza dele), não dá para explicar essa experiência com palavras.
Ao estudarmos o Evangelho de João, encontramos Jesus ensinando ao povo que ele
é o cumprimento de tudo que se encontrava tipificado nas Escrituras: Não bastava
ser judeu, precisava Nascer de Novo; Jesus fez dois milagres no sábado para
ensinar que tem outro descanso a oferecer (ele próprio); Ele é o Verdadeiro
Alimento (O Maná que sacia; o PÃO que veio do céu); Ele é Água Vivificadora;
Ele é o Pastor de um novo rebanho (formado de judeus e gentios Nascidos de
Novo); Ele é a Nova e Verdadeira Videira, da qual somos os ramos. Esse Novo
Nascimento não é físico, mas espiritual: “Não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”.
Ao proferir essas palavras, a maioria do povo estava tão acorrentada pela
tradição religiosa, que não era capaz de compreender as verdades espirituais
reveladas por ele. O Senhor afirmou ainda: “Eu
Sou o Caminho, e a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Jesus
é o Caminho, mas muitos têm se recusado a andar NELE; Ele é a Verdade, mas se
recusam a crer NELE; ele é a Vida, mas o crucificaram, preferindo a morte. Foi
assim naquela época, é assim hoje. Os que Nascem de Novo e se tornam filhos de
Deus, não passarão pela segunda morte (eterna separação da presença favorável
de Deus), não entrarão em juízo, mas passarão da morte para a vida. Quem nasce
uma só vez (nascimento natural), morre duas vezes (física e espiritualmente);
mas os que nascem duas vezes, (natural e espiritualmente), morrerão apenas uma
só vez (morte física); os que são do Senhor, de maneira alguma serão lançados
fora. Sem Jesus estaremos irremediavelmente perdidos! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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