ELE SÓ QUERIA SER UM JOÃO NINGUÉM!
“Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua
glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.
João dá testemunho dele. Ele exclama: "Este é aquele de quem eu falei:
Aquele que vem depois de mim é superior a mim, porque já existia antes de
mim". Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre graça. Pois a Lei foi
dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de
Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto
do Pai, o tornou conhecido”. João 1.14-18.
Nada mais oportuno do que no dia de hoje
trazermos a palavra de testemunho do João Batista que é comemorado nesses dias,
sem que as pessoas saibam ao certo quem ele foi. O outro João, o apóstolo que
escreveu este Evangelho descreve aqui as palavras trazidas por aquele, em
testemunho ao Cristo. João Batista era primo de Jesus segundo a Carne, filho de
Zacarias, o sacerdote e de sua mulher Izabel. Filho gerado na velhice dos seus
pais, veio para ser o porta voz que clamava no deserto, o preparador do Caminho
conforme as profecias do passado. Como diz o texto profético citado pelos
evangelistas: “Como
está escrito no livro das palavras de Isaías, o profeta: "Voz do que clama
no deserto: ‘Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele”.
Temos muito que aprender com a humildade de
João Batista. Vivia uma vida simples. Ele não chamava para si os holofotes da
fama e da notoriedade. Era consciente do seu chamado e reconhecia o Cristo de
Deus, como o Autor da nossa salvação. Em um tempo de celebridades eclesiásticas
com seus carrões, joias ostensivas e roupas de grife se fazendo anunciar em
ribaltas iluminadas, precisamos reaprender a olhar para os “Joões ninguém”,
como o Batista, que tudo que mais desejam é que o Senhor cresça e eles
diminuam!”. O próprio Jesus diz acerca de João: “Afinal, o que foram ver? Um profeta? Sim, eu lhes digo, e mais que
profeta. Este é aquele a respeito de quem está escrito: ‘Enviarei o meu
mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti’. Eu lhes
digo que entre os que nasceram de mulher não há ninguém maior do que João;
todavia, o menor no Reino de Deus é maior do que ele". São os que se humilham que serão exaltados e os que se
exaltam que serão humilhados”. O autor de Provérbios diz: “Que um outro te louve, e não a tua própria boca”. O que ele
sentiria se pudesse ver os festejos à sua pessoa? Ele jamais receberia esses
festejos!
João Batista ao ser comunicado pelos seus
discípulos que Jesus batizava e fazia também discípulos respondeu: “A isso João respondeu: "Uma pessoa só pode receber o que
lhe é dado do céu. Vocês mesmos são testemunhas de que eu disse: Eu não sou o
Cristo, mas sou aquele que foi enviado adiante dele. A noiva pertence ao noivo.
O amigo que presta serviço ao noivo e que o atende e o ouve, enche-se de
alegria quando ouve a voz do noivo. Esta é a minha alegria, que agora se
completa. É necessário que ele cresça e que eu diminua”.
João,
o evangelista registra essas palavras tão lúcidas do seu homônimo ou xará como
costumamos dizer. Aprendamos humildade e não recebamos o aplauso dos homens!
Sua mensagem chamando ao arrependimento era
dura e contundente. Foi a grande preparação para que a Graça Encarnada entrasse
em ação. Ele não media as palavras, nem temia a verdade. João era o próprio
Confronto Encarnado. Tornou-se incômodo para as autoridades de sua época. Como
é importante olharmos para o Batista nessa perspectiva. Ele chegou a perder
literalmente a cabeça por não transigir com o pecado, nem abrir mão dos
princípios da Santa Palavra de Deus. E quanto a nós será que estamos dispostos
a perder a cabeça, a identidade e até a vida por amor a Cristo, para cumprirmos
o que nos foi confiado? Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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