TEMPO DE PASSAR O MANTO!
“Havendo
eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça, antes
que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peço-te que me toque por herança porção
dobrada do teu espírito. Tornou-lhe
Elias: Dura coisa pediste. Todavia, se me vires quando for tomado de ti, assim
se te fará; porém, se não me vires, não se fará. Indo eles andando e falando,
eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias
subiu ao céu num redemoinho. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai,
carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando as suas
vestes, rasgou-as em duas partes. Então, levantou o manto que Elias lhe deixara
cair e, voltando-se, pôs-se à borda do Jordão. Tomou o manto que Elias lhe
deixara cair, feriu as águas e disse: Onde está o SENHOR, Deus de Elias? Quando
feriu ele as águas, elas se dividiram para um e outro lado, e Eliseu passou”.
II Rs 2. 9-14.
Entendamos a nossa posição de herdeiros de
Deus e coerdeiros com Cristo. O texto lido revela um episódio marcante na vida
de dois servos de Deus: Elias e Eliseu. Elias tem a sua carreira completada
pelo poder vivo do Espírito Santo de Deus que operava tremendamente através
dele e Eliseu aqui inicia seu ministério. Esses profetas eram chamados de
profetas de fogo. Cumpriu-se o tempo de Elias e é chegado o tempo de Eliseu.
Tempo de passar o manto! Como tem sido difícil encontrar substitutos que sejam
apaixonados pelo Senhor e sua obra! Elias era um homem de fé e obediência ao
Senhor. Ele viveu para louvor da glória de Deus. Seu arrebatamento tipifica o
arrebatamento da igreja do Senhor Jesus Cristo. Antes de ser arrebatado pelo
Senhor num carro de fogo, ele passou seu ministério para Eliseu, que por sua
vez já havia sido escolhido e comissionado por Deus. Aprendemos aqui que não
basta chamado e comissionamento, ainda há um longo e árduo caminho a ser
percorrido em preparação antes do exercício efetivo da vocação. Eliseu recebeu como herança a porção dobrada
que cabe aos primogênitos. Olhar para este texto hoje nos faz pensar na
responsabilidade da nossa eleição, comissionamento e revestimento do Espírito
de Deus para podermos realizar a sua obra de forma eficaz.
Fomos alcançados com um propósito: realizar
a obra de Deus na terra. Um dia os discípulos perguntaram a Jesus: “O que fazer para realizar as obras de Deus?
Ao que lhes respondeu Jesus: A obra de Deus é crer Naquele que por Ele foi
enviado” Jo 6.28,29. Se nós tivéssemos verdadeiramente a consciência do que
se operou em nós e quem é Aquele que nos transportou do reino das trevas para o
Reino da sua maravilhosa Luz, certamente faríamos com toda a ousadia aquilo
para o qual fomos chamados para fazer: Anunciar o Cristo de Deus! Se
crermos que estamos em Cristo e Cristo está em nós daremos passos ousados de fé
como aconteceu com esses dois profetas de fogo: Clamaremos e o Senhor dirá: “Eis-me aqui!”, ministraremos e pessoas
serão salvas, saquearemos o inferno e povoaremos o céu para a glória do Pai. O
grande problema é que não cremos naquilo que já recebemos por direito de
herança ou somos tímidos para dar passos ousados de fé. Há uma curiosidade nos
nomes desses dois profetas que nos ajuda a compreender melhor o relato. Elias
significa “cujo Deus é Jeová” e Eliseu significa “Deus é salvação”. Pela
proximidade da partida de Elias, Eliseu não o abandonou, nem o perdeu de vista.
Eliseu sabia exatamente o que estava faltando para completar seu ministério
capacitando-o para a obra. Faltava a unção, o revestimento de poder e
autoridade. Ele precisava disso, e não abriu mão, ele desejou, perseguiu até
conseguir.
A época do ministério desses profetas era
semelhante a nossa de muita religiosidade aparente, de muita apostasia, de
muita feitiçaria e idolatria por isso a necessidade de um ministério de fogo. Ministério
de fogo não é em absoluto barulho ou histeria mas poder de Deus em ação
transformando vidas. O que aquele episódio de tantos anos atrás tem a nos
ensinar hoje? Eliseu como escolhido e comissionado por Deus precisava estar
preparado para alcançar a bênção da primogenitura e receber porção dobrada da
herança de seu pai espiritual. Nós à semelhança desse profeta precisamos
desejar isso ardentemente. É também necessário à semelhança de Eliseu não
permitir que nada nos detenha. Somos herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo.
O que cabe a Jesus cabe a nós. Podemos até pensar: “Como vou receber algo que pertence exclusivamente a Jesus como
primogênito do Pai Celestial?”. Em O autor de Hebreus diz que somos: “A igreja dos primogênitos arrolada nos céus”.
Deste modo, somos um com Jesus, o que cabe a ele cabe também a nós. Eliseu que
significa Deus é salvação, não desistiu e foi às ultimas consequências nessa
busca e em nenhum momento tirou os olhos do Senhor e recebeu o que pediu. Que
possamos agir do mesmo modo! Tempo de passar a autoridade! Que o Senhor aponte
novos líderes! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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