ESTA PODE SER A NOSSA ÚLTIMA HORA!
O lamento de Jesus em Mateus 26.38-40: “Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste
até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. Adiantando-se um pouco, prostrou-se
sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este
cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. E, voltando para
os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes
vós vigiar comigo?” ecoa pelos séculos dos séculos. São poucos os que encontram
tempo para ele. São poucos os que abdicam, que abrem mão, sobretudo, dos
prazeres fugazes e enganosos do mundo em prol do Reino de Deus. Embora
continuem afiliados ao rol da igreja visível, tenho as minhas dúvidas que
tenham sido verdadeiramente regenerados.
Há
um sono, um torpor, uma distração patológica que tem se abatido sobre uma
maioria esmagadora de cristãos contemporâneos que me assombra. O interessante é
que a desculpa recorrente pra os que não se envolvem na obra de Deus é “não
tenho tempo!”. Contudo, basta dar uma passada nas redes sociais para descobrir
onde tais cristãos “ocupados” estão gastando o precioso tempo. São baladas,
jogos eletrônicos, filmes, encontros para não listar outras coisas que o “só
referir é vergonha!”.
Tempo de acordar, de despertar do sono
irresponsável antes que venham os maus dias nos quais não teremos neles prazer.
Aqueles dias alcançarão a todos indistintamente. O diferencial é como estamos
aproveitando hoje o tempo de Deus a nós confiado. Sim, porque a dádiva do tempo
não é nossa, mas de Deus. É um tipo de mordomia que será cobrada de nós! Será
que quando essa fatura chegar teremos liquidez para o pagamento? Ou acusaremos
Deus por nossa negligencia e indolência?
O apóstolo Paulo nos ordena a remir o tempo porque os dias são maus! As
ordenanças em relação à vigilância são muitas.
Em nossa pequena comunidade, por exemplo, os
cultos e estudos bíblicos têm uma duração de uma hora. Explico. A comunidade é
frequentada por muitas irmãs cujos maridos ainda não são cristãos e por uma
questão de prudência é bom que essas irmãs tenham hora pra sair de casa e para
voltar. Contudo, há os caçadores de novidades, cuja Palavra há muito deixou de
ser atrativa, por causa do fastio de Deus. E há aqueles que não têm nenhum embaraço,
mas têm muitas desculpas. Agem como se estivessem fazendo um favor ao Senhor em
ir ao Culto apenas aos domingos. Um velho presbítero dizia parafraseando Jesus,
ao chegar à igreja e encontrar poucas pessoas: “O banquete está pronto, mas os convidados não são dignos!”. O que
diria Jesus se viesse até esses? “Nem uma hora pudesses adorar!”. “Nem uma hora
pudesses cultuar!”. “Nem uma hora pudesses orar!”. “Nem uma hora pudesses
estudar a Palavra!”. “Nem uma hora pudesses evangelizar!”. “Nem uma hora pudesses
sair e visitar um enfermo!”. Que espécie de crentes somos nós?
Será que as atividades pelas quais muitos
têm trocado o Senhor e o Seu Reino poderiam convidá-lo a participar? Receio que
não. É interessante como o tempo, antes escasso, aparece como num passe de
mágica no meio das provas pelas quais passamos. Nessas horas varamos madrugadas
orando e chorando na presença do Senhor pedindo que nos acuda nas aflições. É
nos momentos de estreitos que perscrutamos a Palavra de Deus em busca de
direções e saídas. Mas lamentavelmente quando recebemos a bênção, abandonamos o
abençoador. Deus para muitos é como um Self-service de bênçãos. Por isso tem
crente que não sai da prova, não avança, não progride, pois esqueceu o
princípio do priorizar o Senhor e o seu Reino em sua escala de valores.
Choremos como igreja
contemporânea, lamentemos, coremos de vergonha. Batamos no peito como as
mulheres de Jerusalém que ao encontrarem com Jesus choraram por ele e ouviram a
grande revelação em Lucas 23. 27-28: “Seguiam
Jesus uma grande multidão de povo e umas mulheres que batiam no peito e se
lamentavam por Ele. Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: “Filhas de
Jerusalém, não choreis por Mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos
filhos”. Quantas horas diárias oferecemos ao mundo, a nossa carne e ao
diabo? E quantas ao Senhor que morreu por nós? A resposta honesta a essas
perguntas pode ser embaraçosa. Esta pode ser a nossa última hora! Não
desperdicemos! A nossa alma deveria estar profundamente triste! Choremos por
nós mesmos enquanto há tempo! Artigo/Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
Um comentário:
Como sempre, sensato e acertivo!
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