MEDO E FÉ NÃO COMBINAM, OUSEMOS CRER
SOMENTE! Mc. 5.22-43.
“Falava ele ainda,
quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, a quem disseram: Tua filha
já morreu; por que ainda incomodas o Mestre? Mas Jesus, sem acudir a tais
palavras, disse ao chefe da sinagoga: Não temas, crê somente”. Vs. 35,36.
O texto acima citado é bem
conhecido e conta a história de uma situação vivida por Jairo, um dos
principais da Sinagoga. Ele vem pedir socorro a Jesus com urgência por causa da
sua filhinha que estava à morte. No caminho, Jesus se depara com uma
emergência. Uma mulher hemorrágica o faz parar, porque sentiu em seu coração
que se ao menos lhe tocasse a orla da veste seria curada. Podemos imaginar a
impaciência de Jairo, correndo contra o tempo. Aquela situação era urgente –
sua filha estava gravemente doente, à morte! Qualquer pai no lugar dele teria
se desesperado. Mas ele espera silencioso. Ao olharmos para ambas as situações
podemos enxergar a fé que deve agir e a fé que deve esperar! Há uma diferença
entre urgência e emergência, embora muitos confundam. O dicionário esclarece a
diferença: enquanto a primeira (urgência) trata-se de algo que deve ser feito
rapidamente, não dá para esperar. A segunda (emergência) é uma situação
crítica, incidental. Logo aqui aprendemos que o critério de Jesus é diferente
do nosso. Talvez qualquer um de nós tivesse corrido logo a casa de Jairo para
socorrer aquela menina à morte e só depois cuidaria da mulher hemorrágica.
Jesus que faz tudo esplendidamente age exatamente de forma oposta. Ele não perde
oportunidade de ensinar preciosas lições. Ele é Senhor do tempo. Por isso acode
em primeiro lugar a emergência para depois resolver a urgência. Por confiar no
Senhor tanto a fé que soube a hora de agir, quanto a fé que soube esperar receberam
o que necessitavam da parte do Senhor. Vivemos dias nos quais é necessário que
passemos da superficialidade religiosa para uma espiritualidade de alicerce
profundo. A aparente demora de Jesus em acudir ao chamado de Jairo, parece
resultar na morte de sua filha e ele recebe a pior notícia que um pai pode
receber. Aquela noticia equivalia dizer: “fim da linha, Jairo”; “não tem mais
jeito; desista, o pior aconteceu”; “não adianta pedir”; “seu esforço foi em
vão”; “não perca mais tempo com isso”; “é melhor se conformar”. Quantas dessas
e outras frases parecidas ouvimos em meio às nossas lutas? O Senhor nos ensina
aqui a não dar ouvidos aos pregoeiros da desgraça e ousar crer nele apesar de
tudo. Isto nos leva a olhar para as palavras finais dos versículos ressaltados.
Jesus diz a Jairo: “Não temas, crê
somente!”. Somos provados, testados a todo instante. São lutas por fora e
temores por dentro, como diz o apóstolo Paulo. E como esses temores têm nos
assolado, misericórdia! O medo tem sido uma das mais letais armas de satanás
contra nós. O medo é atormentador, porque além de nos paralisar, impede que
alcancemos o sobrenatural de Deus. Diante de cada circunstancia, cada obstáculo
somos traídos por nossa humanidade insegura. Tendemos a ficar desesperados,
perdemos o chão e nos esquecemos Daquele que é o Senhor de todas as coisas. Ele
tem o controle de tudo em suas mãos e não age de acordo com a lógica ou
critérios humanos. Confiemos nele! Ousemos crer somente à despeito do que os
nossos medos tentam nos mostrar! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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