domingo, 8 de fevereiro de 2015

Meditação/Nadia Malta/TIREMOS PRIMEIRO A TRAVE DOS NOSSOS OLHOS!



TIREMOS PRIMEIRO A TRAVE DOS NOSSOS OLHOS! 

Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Como poderás dizer a teu irmão: Deixa, irmão, que eu tire o argueiro do teu olho, não vendo tu mesmo a trave que está no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão!”. Lucas 6.41,42. 



Aqui, através desta parábola encontramos uma chamada severa do Senhor à autocrítica. O servo do Senhor, especialmente quando é chamado a assumir uma liderança tem uma responsabilidade dobrada de se autoexaminar, sobretudo, antes de exortar seus liderados quanto às suas posturas. Tendemos a maximizar os erros e pecados dos irmãos em detrimento dos nossos. Olhamos com complacência para os nossos pecados e com severidade para os pecados dos outros. Queremos graça e misericórdia para nós, mas justiça e juízo vingador para o nosso semelhante! E assim seguimos driblando traves e caçando argueiros! Somos como cegos guiando cegos. Restauremos a nossa própria visão. Olhemos para dentro de nós mesmos. Clamemos que o Senhor seja propício a nós pecadores. Reconheçamos as áreas que precisamos ser libertos. Só a partir daí estaremos prontos para em amor tratar com os irmãos e suas fraquezas. Às vezes tenho a impressão que nos esquecemos do que a graça realizou em nós apesar de nós. Quanta “santarronice” em nosso meio! Quando exortamos um irmão que caiu, precisamos fazer isto em amor e temor. “Aquele que pensa estar em pé, veja que não caia!” adverte o apóstolo Paulo. Este texto deve estar sempre diante dos nossos olhos e deve ser o nosso mote cada vez que somos levados a confrontar os nossos irmãos e seus muitos argueiros. Nesses momentos é preciso cuidado dobrado com o tom da voz para não assumir a postura de impecáveis “fiscais da fazenda celestial”.  Aliás, vale lembrar que esse “ministério” tem sido exercido com maestria pelos possuidores de grandes traves. O dedo desses “fiscais” parece um gatilho de tão rápido para apontar os pecados dos outros. Tenho a impressão que essa “escola ministerial” foi fundada pelos amigos de Jó. Ah, e tem os jargões bem conhecidos disparados com a voz empostada do tipo: “Deus está me revelando que você está passando por esta (enfermidade, dificuldade, perda, e tantas outras coisas) porque está em pecado!”. Muitas vezes frases assassinas como esta esmagam as caninhas que já estão mais que quebradas! Isto me faz lembrar a doçura de Cristo ao tratar com a mulher apanhada em flagrante adultério. Ele não lhe disse uma palavra de acusação, apenas ternamente perguntou pelos acusadores dela, que haviam se evadido, talvez acusados pela própria consciência. Ele diz apenas: “Não te condenaram? Nem eu tampouco te condeno, vá e não peques mais!”. Quanta ternura, aprendamos com o Mestre!  Sejamos misericordiosos! São os misericordiosos que alcançarão misericórdia! Recebemos misericórdia e graça para sermos canais delas. Cuidemos antes de tirar as nossas traves! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
                                   



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