SINTAMOS
O CHEIRO DAS ÁGUAS E VOLTEMOS À VIDA!
“Porque
há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não
cessarão os seus rebentos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer
o seu tronco, ao cheiro das águas brotará e dará ramos como a planta nova”.
Jó 14.7-9.
Costumo dizer que sou viciada na esperança. E explico o porquê, a
minha esperança, a esperança que aprendi a viver não é um sentimento, é uma
pessoa chamada Cristo. Tem uma frase que gosto muito e é atribuída a Emily
Dickinson, poetisa americana, que diz o
seguinte: “A esperança é uma ave que
pousa em nossa alma, canta melodias sem palavras e nunca cessa!”. Pensemos
sobre isto! Enquanto o velho sofredor Jó medita sobre a brevidade da vida, peço
licença ao Espírito de Deus para aplicar este texto singular às áreas,
sobretudo, relacionais da nossa vida que parecem mortas. Tenho convivido com
pessoas que esperam contra a esperança à semelhança de Abraão, o velho
patriarca que teve a sua espera recompensada por Aquele que galardoa os que o
buscam e esperam nele. É fácil esperar? Claro que não! Mas se pararmos para
pensar não fazemos outra coisa senão esperar,
esperar e esperar como o verso da antiga canção popular baseada no poema
de Drummond, Pedro Pedreiro. Contudo, como é a nossa espera? Como exercitamos a
nossa esperança? Em que ela é baseada? A Bíblia diz por meio do profeta
Jeremias que: “Bendito o homem que confia
no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele é como a árvore plantada
junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando
vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se
perturba, nem deixa de dar fruto”. Quero aprender a exercitar esse tipo de
esperança. Aquele que é esperançoso em Deus não tem sua espera frustrada, pois
sabe em quem crê. Mesmo passando por desertos abrasadores, por vales áridos
consegue vislumbrar o manancial de águas vivas. Aliás, a esperança sempre sente
o cheiro das águas. A Esperança viva aguça o nosso olfato para sentir o cheiro
das águas e mesmo em tempo de sequidão nos dessedentamos com o simples cheiro
delas. E esse cheiro é inconfundível. E se as nossas raízes forem profundas
saberemos encontrar aquilo que necessitamos para sobreviver no tempo da
estiagem. Somos comparados pelo Senhor com Carvalhos de Justiça, plantados por
Ele para a sua glória. O Carvalho é uma árvore forte, longeva, resistente, tem
suas raízes profundas e não se deixa abalar pelos rigores do tempo. A descrição
feita por Jó no versículo acima citado se aplica bem ao carvalho. Aprendamos a
lutar nessa perspectiva, confiemos naquilo que Deus fará aos que esperam e
confiam nele! Exercitemos a esperança, deixemos que ela pouse em nossa alma e cante
sem cessar a sua bela canção sem palavras. A esperança do mundo é a última que morre
a do cristão não morre nunca, pois não é um sentimento, é uma pessoa chamada
Cristo! Assim veremos brotar muitos rebentos de troncos aparentemente mortos,
que ao cheiro das águas voltarão à vida! É a esperança quem cochicha à nossa
alma dizendo: “Vá em frente, não desista, ainda é possível!”. Tão somente
confiemos e esperemos Nele, a nossa Esperança Viva! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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