SEDE, NUNCA MAIS!
“Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele,
porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a
água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna. Disse-lhe
a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise
vir aqui buscá-la”. João 4.13-15.
A história da mulher samaritana e seu
encontro com Jesus tem tanto a nos ensinar! Essa mulher pode ser vista em
tantos rostos à nossa volta! Mas o que mais chama a minha atenção aqui é a
ternura de Jesus no trato com ela. Uma pessoa completamente excluída por ser
mulher, por ser samaritana (os judeus não se davam, com os samaritanos) e por
viver uma situação moral reprovável. Ninguém falaria com uma mulher e,
sobretudo, daquele tipo e ainda em público! Jesus rompe a barreira social, moral
e cerimonial e toma a iniciativa. Aliás, Ele sempre nos surpreende! Ele provoca
o diálogo e lhe pede água. O pedido choca até a própria mulher. E ali segue um
dos maiores ensinamentos teológicos das Escrituras (E foi dado a uma mulher!):
A revelação de si mesmo como o Messias. A revelação daqueles que o Pai procura
para seus adoradores, bem como à respeito da verdadeira sede existencial do
coração humano que só pode ser saciada com Água da Vida. A sensação de sede
chega a ser pior que a de fome. A língua parece colar no céu da boca.
Desidratamos, murchamos, desfalecemos! Água substitui o alimento, mas alimento
não substitui a água. Por isso a metáfora da sede existencial é tão eloquente! Quantos
desidratados espirituais à nossa volta e nem nos damos conta! Aquela mulher
tentava saciar a sua sede de leito em leito. Já tivera cinco maridos e o que
estava com ela no momento não era seu marido. O Senhor a faz olhar para dentro
de si mesma e reconhecer a sua real necessidade. Jesus não a acusa, não a
condena, mas faze-a parar para pensar. Quantos seguem buscando preencher o
vazio da alma com teres e haveres ou mesmo em relacionamentos fora do prumo de
Deus. O que encontram? Dor, tristeza, decepção, mais vazio ainda! Quando os
olhos daquela mulher foram abertos e ela enxergou o Cristo, a Água da Vida, a
sua sede foi saciada e ela largou o cântaro, não precisava mais dele. Dentro de si agora havia uma Fonte a jorrar
para a vida eterna! Ela, então foi contar a todos o que acabara de descobrir!
Ela não podia conter aquilo que encheu seus espaços vazios. Ela transbordou e
alcançou a outros! O vazio acabou e outros precisavam saber! Sede, nunca mais!
Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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