O TIPO DE FÉ QUE PROFESSAMOS!
Tiago 2:14-26 (Clique na referência ao lado para ler o texto bíblico na íntegra)
Objetivo: Levar a igreja a uma reflexão do tipo de fé que professamos.
Idéia Central do texto:
A epístola de Tiago é considerada a mais prática do Novo Testamento. Alguns assuntos tratados aqui chegam ser considerados chocantes para muitos.
Esta epístola foi escrita para as doze Tribos de Israel que se encontravam na Dispersão (judeus fora da Palestina).
O texto lido suscita uma reflexão sobre o tipo de fé que agrada a Deus. Aqui Tiago discorre sobre a relação intima entre fé e obras, não dá para falar de fé sem atos concretos.
Introdução
A fé é uma doutrina-chave da vida cristã em todos os sentidos, sem ela não agradamos a Deus. Começa que somos salvos pela graça mediante a fé.
O capítulo 11 da epístola aos Hebreus apresenta a famosa galeria dos heróis da fé (homens e mulheres dos quais, o mundo não era digno).
A fé não é um sentimento vago dentro de nós. É a certeza de que a Palavra de Deus é verdadeira e a convicção de que seremos abençoados ao agir de acordo com essa Palavra, tanto para salvação quanto para a vitória.
Estamos vivendo um tempo em que se tem fé em muitas coisas, acredita-se nas coisas mais absurdas, menos em quem se deveria crer: Jesus o Cristo de Deus.
No último culto pregamos uma mensagem sobre a fé verdadeira no Senhor que é geradora de mudanças efetivas. Continuemos nessa trilha da verdadeira fé.
TIAGO ARGUMENTA AQUI DE FORMA IRREFUTÁVEL QUE HÁ TRÊS TIPOS DE FÉ:
- A fé morta, árida que não gera vida – VS. 14-17:
- Uma pessoa com a fé árida coloca as palavras no lugar dos atos. A vida dessa pessoa não condiz com o seu discurso. Tiago ilustra a sua argumentação com um fato simples e corriqueiro: alguém necessitado entra na igreja. Aquele que tem a fé morta observa o visitante e tem sempre uma saída “espiritual”, especialmente um versículo na ponta da língua para a situação. Esta saída nunca o leve a uma ação efetiva, ou seja, ajudar de forma concreta. O texto aqui fala de necessidades básicas (alimento e vestuário) I Tm 6.8; Mt 6.31,32; Gn 28.20. Como cristãos precisamos ser sensíveis às necessidades uns dos outros, sem fazer acepção de pessoas. Gl 6.10; Pv 3.27,28. Não podemos esquecer que muitas vezes Jesus se disfarça para nos testar nessa área. Mt 25.35-40. Ajudar os necessitados não é opção, antes, é uma expressão de amor e a fé opera pelo amor. Gl 5.6; I Jo 3.17. A pergunta de Tiago no v. 14 ecoa ainda hoje em nossos ouvidos: “Pode, acaso, esse tipo de fé salvá-lo?”. As obras não salvam, mas testificam da fé verdadeira. Calvino escreveu: “Só a fé justifica, mas a fé que justifica não anda só”. A fé árida fica apenas no intelecto. Conhece a letra da lei, mas não salva, porque não produz frutos dignos de arrependimento. A fé justifica o homem diante de Deus, as obras o justificam diante dos outros homens e glorificam o Pai que está nos céus – Rm 7.6; II Co 3.6. Não há divergência entre Paulo e Tiago. Somos justificados pela graça mediante a fé para as boas obras.
- A fé manifesta pelos demônios– VS. 18,19:
- Como assim? Demônios têm fé? Tiago aqui usa uma ilustração pesada. Fala da fé dos demônios. Mas, como é essa fé? De que forma eles a manifestam? Eles acreditam na existência de Deus, na divindade de Cristo e na existência de um lugar de castigo eterno – Lc 8.31. Também reconhecem a suprema autoridade de Cristo – Mc 5.1-13. Eles recuam ante o poder da Palavra de Deus. A fé morta age no âmbito do intelecto (razão). A fé demoníaca age no intelecto e nas emoções (os demônios crêem e tremem). V.19. Crer e tremer não são experiências que produzem salvação. Uma pessoa pode ter o conhecimento intelectual da doutrina e até se emocionar, sentir arrepios e ainda assim ir para o inferno. A fé estéril não é salvadora. Tiago até aqui apresentou dois tipos de fé: a fé morta (intelecto) e a fé demoníaca (intelecto e emoções).
- A fé viva, salvífica, geradora de resultados – VS. 20-26:
- Esta é a fé verdadeira, que tem poder e produz uma vida transformada. É baseada na Palavra de Deus. Rm 10.17. Quando cremos verdadeiramente somos transformados e frutificamos para Deus. Ef 2.10. Tiago usa como exemplos dessa fé viva, Abraão e Raabe, porque eles ouviram e receberam a mensagem de Deus por meio de sua Palavra e entraram em ação. O valor da fé é proporcional ao seu objeto. Muitos dizem: “Eu creio!”. Em quem ou no que você crê? Não somos salvos pela fé na fé. Muitos crêem em muitas coisas, há muitos objetos de fé. No entanto, só podemos ser salvos pela graça mediante a fé em Cristo Jesus, conforme revelado em sua Santa Palavra. Ef 2.8. A fé viva envolve o ser humano por inteiro: alma, corpo e espírito (intelecto, emoções e vontade), não é uma alienação fanática. Mc. 12.30,33. A fé viva no Cristo vivo toca a profundeza do espírito do homem, gerando-o novamente, envolve a sua vontade e o leva a agir de acordo com a Verdade de Deus. Essa fé viva é salvadora e conduz à ação e à obediência, não é uma crença árida ou um emocionalismo barato e fugaz. Tiago usa Abraão e Raabe como exemplo de uma fé viva geradora de resultados, mesmo sendo eles pessoas tão diferentes. Enquanto Abraão deu origem ao povo de Israel e é chamado de amigo de Deus. Raabe pertencia a uma nação pagã e era uma prostituta. O que havia em comum entre eles? Ambos receberam a Palavra de Deus e exercitaram a fé viva (entraram em ação=obedeceram). O Senhor chamou Abraão e lhe deu uma ordem e “ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça”. Imputar (termo jurídico e financeiro) = depositar na conta de alguém. “Abraão estava falido (espiritualmente). Mas creu em Deus, que depositou justiça em sua conta”. A justificação é algo que acontece entre o pecador e Deus. Como identificar que alguém foi justificado pela fé em Cristo? Abraão e Raabe são a resposta. Eles passaram por uma transformação visível (obras=obediência). Na vida de Abraão tanto a obediência de sair de sua terra, quanto à obediência de oferecer Isaac sob a ordem de Deus, testificam isso. Raabe por sua vez, ouviu a Palavra de Deus por meio dos espias, creu no Senhor e agiu de conformidade com essa fé, escondendo os espias. Reforçando o que já foi dito antes, a fé justifica o homem diante de Deus e as obras testificam dessa justificação diante dos demais homens.
CONCLUSÃO: O que aprendemos aqui?
- Tiago enfatiza que o cristão genuíno pratica a Verdade. Não se apega simplesmente às doutrinas antigas, mas pratica essas doutrinas na vida diária.
- Obras sozinhas, não salvam, nem produzem fé (Ef.2.9); mas fé genuína em Cristo produz transformação e obras.
- O cristão verdadeiro não possui a fé morta dos intelectuais, nem a fé emocional dos demônios, mas a fé viva, dinâmica de homens como Abraão e de mulheres como Raabe.
- Essa fé viva transforma a nossa vida e nos faz trabalhar para a glória de Deus.
- A fé viva em Cristo Jesus age para a salvação e para a vitória. O tipo de fé que professamos em Cristo vai determinar o que recebemos dele. Muitos crêem em Cristo, mas com uma fé morta, intelectual; outros também crêem em Cristo, mas com uma fé demoníaca, emocional. Só os que crêem com uma fé viva, que envolve o ser inteiro, recebem salvação e vitória. Que tipo fé você tem manifestado?
Aleluia, Amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 20.03.13; www.ocolodopai.com
Este material pode ser utilizado para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.
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