domingo, 31 de março de 2013

Sermão/Pra. Nadia Malta/O SIGNIFICADO DA PÁSCOA PARA NÓS CRISTÃOS!

O SIGNIFICADO DA PÁSCOA PARA NÓS CRISTÃOS! Êxodo 12.1-20


Objetivo: levar o povo de Deus a refletir sobre o real sentido da páscoa.

Ideia Central do texto (ICT):
Afinal, o que significa a Páscoa para nós cristãos? No Antigo Testamento a Páscoa fala de libertação do povo de Israel de um cativeiro de 430 anos no Egito. Este capítulo 12 narra o episódio com uma riqueza enorme de detalhes.

Já no Novo Testamento, a Páscoa se refere a morte e ressurreição de Cristo, o Cordeiro de Deus imolado de forma vicária (substitutiva) por cada um de nós. As duas dispensações falam de passagem. A própria palavra Páscoa significa passagem. Passagem da morte para a vida.

Deus preserva o seu povo da morte através do sangue do cordeiro, no passado e no presente. Os que estão debaixo do sangue de Cristo foram livrados da morte eterna e já foram transportados do reino das trevas para o Reino do Filho do amor de Deus.

Assim, a morte do cordeiro na Páscoa judaica, apontava para a morte de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Warren Wiersbe em seu Comentário Bíblico Expositivo diz:A pergunta feita por Isaque em Gn 22.7: “Onde está o cordeiro para o holocausto?”.  Foi respondida por João Batista, quando ele apontou para Jesus e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”.

Introdução:
Quando chega esta época do ano, é sempre a mesma coisa: as pessoas correm alucinadas de um lado para outro atrás de ovos de chocolate e coelhos de páscoa, bem como uma quantidade enorme de tradições humanas que permeiam esses dias. E desta maneira as gerações ao longo dos anos vão secularizando, banalizando e se distanciando do real sentido da Páscoa.

Mas e o sacrifício do cordeiro? Embora se tenha ainda toda uma cultura em torno deste acontecimento, são poucos os que conhecem seu significado bíblico, mesmo em nosso meio. Aliás, percebemos a cada ano um distanciamento cada vez maior da reverencia e do temor àquilo que é sagrado.
Não podemos banalizar a Páscoa, passagem da morte para a vida, maquiando-a ou mesclando-a com a tradição e a cultura dos homens. Em seu livro A Assinatura de Jesus, Brennan Manning diz: “A manhã de Páscoa confirmou o caminho de Jesus e validou a autoridade de seu senhorio. A Páscoa nos convence da sabedoria de Deus e de seu poder para transformar o mundo. Nossa fé no Cristo ressurreto é o poder que vence a nós mesmos e ao mundo”.

OLHEMOS PARA A PÁSCOA DO PASSADO E TIREMOS DE LÁ PELO MENOS TRÊS PRINCÍPIOS QUE SE APLICAM A PÁSCOA DO PRESENTE, PARA A QUAL AQUELA PRIMEIRA APONTAVA:

  1. Só os que estavam sob a proteção do sangue do cordeiro morto foram salvos da morte. Foi assim no passado, é assim hoje – VS. 1-7;13,14:
  • Ao povo de Deus no Egito foi ordenado pelo Senhor que cada família se reunisse e matasse um cordeiro sem defeito para que com o seu sangue aspergisse as ombreiras e verga das portas. O sangue aspergido seria o sinal. Onde houvesse a marca do sangue o primogênito estaria a salvo. Todos os primogênitos do Egito morreram naquela noite, exceto os que estavam sob a cobertura do sangue do cordeiro. O cordeiro do passado apontava para o Cristo não podemos perder isto de vista em nenhum momento. Hoje, os que estão debaixo da cobertura do sangue de Jesus, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, fazem parte da igreja dos primogênitos arrolada nos céus diz Hebreus 12.23. Estes foram livrados da morte e já passaram da morte para a vida. O sangue de Jesus derramado e aspergido sobre a casa espiritual de todo aquele que nele crê, fará com que ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Através desse sangue remidor somos justificados, redimidos, resgatados do poder do adversário, temos os nossos pecados perdoados apagados fomos reconciliados com Deus e passamos a fazer parte de sua família. Em I Pe 1.19-21 diz: “Pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês.Por meio dele vocês creem em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e o glorificou, de modo que a fé e a esperança de vocês estão em Deus”. A consciência do poder desse sangue nos confere vida e vida em abundancia.
  1. Os que foram salvos da morte pelo sangue do cordeiro precisaram se alimentar dele. Foi assim no passado é assim hoje– VS. 8-12:
  • A Refeição memorial do passado apontava para o futuro. O versículo 11 diz: “Ao comerem, estejam prontos para sair: cinto no lugar, sandálias nos pés e cajado na mão. Comam apressadamente. Esta é a Páscoa do Senhor”. A mesma atitude de prontidão do passado deve ser mantida hoje, somos peregrinos e forasteiros nesta terra e aguardamos a vinda do Senhor que é certa e repentina. O povo de Israel comeu aquela refeição para se fortalecer para a longa caminhada que fariam. Assim como nós que somos salvos da morte eterna pelo sangue de Jesus Cristo, precisamos nos alimentar dele como o Pão Vivo que desceu do céu para sermos fortalecidos espiritualmente para a nossa jornada neste mundo. Em Jo. 6. 53,54 disse Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”.
  • A Páscoa judaica foi substituída pela Ceia do Senhor. Haviam dois sacramentos no passado: Circuncisão e Páscoa. Só participava do segundo quem passasse pelo primeiro. Há dois sacramentos no presente: Batismo e Ceia do Senhor. De igual modo só podem participar do segundo quem passou pelo primeiro. Na Ceia o pão simboliza o corpo de Cristo e o vinho o seu sangue.   Também, é uma refeição memorial que nos faz lembrar a morte do Senhor até que ele venha. A cerimônia é chamada por Shedd de sermão dramatizado e os elementos uma vez consagrados simbolizam o corpo e o sangue de Jesus Cristo.
  1. Os que participaram daquela refeição memorial precisavam lançar fora todo o fermento que houvesse dentro de suas casas. Foi assim no passado é assim hoje – VS. 15-20:
  • O fermento é símbolo do pecado porque trabalha silenciosamente escondido, nas entranhas, se espalha, polui e faz com que a massa cresça” diz Warren Wiersbe. O mal age exatamente assim. Durante a celebração da páscoa judaica, o povo de Deus não podia ter em casa nenhum tipo de fermento. Em I Co 5. 7,8 o apóstolo Paulo ordena: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade”. Por isso mesmo antes de participarmos da Ceia do Senhor devemos nos examinar a nós mesmos. Não podemos participar dignamente da Ceia sem discernir o Corpo de Cristo simbolizado através dos elementos (Pão e Vinho). Por isso, quando nos examinamos a nós mesmos devemos pedir ao Santo Espírito que faça uma grande varredura em nossos corações a fim de retirar lá de dentro todo o fermento que nos tem contaminado. Só Ele pode ir onde não podemos.
CONCLUSÃO: O que aprendemos aqui?
  1. Tudo no passado apontava para o futuro, mais precisamente para a pessoa do Cristo.
  2. Troque o Coelho pelo cordeiro. A verdadeira Páscoa: morte e ressurreição do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é infinitamente maior que ovos e coelhos de chocolate.
  3. Fomos livrados da morte eterna porque o Cordeiro Jesus foi morto em nosso lugar.
  4. Estamos livres dessa morte porque estamos debaixo da cobertura do sangue do Cordeiro. Que possamos ter consciência da ação salvadora do sangue que está sobre nós.
  5. Uma vez livrados da morte pelo sangue do Cordeiro, precisamos nos alimentar da sua carne para que sejamos nutridos espiritualmente e consigamos completar a nossa jornada como peregrinos e forasteiros nesta terra.
  6. Finalizo com as palavras de Hebreus 13.20, 21 diz: “O Deus da paz, que pelo sangue da aliança eterna trouxe de volta dentre os mortos a nosso Senhor Jesus, o grande Pastor das ovelhas, os aperfeiçoe em todo o bem para fazerem a vontade dele, e opere em nós o que lhe é agradável, mediante Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém”. Cristo ressuscitou, está vivo e virá nos buscar. Mantenhamos firmes a confissão dessa esperança!
Aleluia, amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 31.03.13 www.ocolodopai.com
Este material pode ser reproduzido para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.  

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