O SIGNIFICADO DA PÁSCOA PARA NÓS CRISTÃOS! Êxodo 12.1-20
Objetivo: levar o povo de Deus a refletir sobre o real sentido da páscoa.
Ideia Central do texto (ICT):
Afinal, o que significa a Páscoa para nós cristãos? No Antigo Testamento a Páscoa fala de libertação do povo de Israel de um cativeiro de 430 anos no Egito. Este capítulo 12 narra o episódio com uma riqueza enorme de detalhes.
Já no Novo Testamento, a Páscoa se refere a morte e ressurreição de Cristo, o Cordeiro de Deus imolado de forma vicária (substitutiva) por cada um de nós. As duas dispensações falam de passagem. A própria palavra Páscoa significa passagem. Passagem da morte para a vida.
Deus preserva o seu povo da morte através do sangue do cordeiro, no passado e no presente. Os que estão debaixo do sangue de Cristo foram livrados da morte eterna e já foram transportados do reino das trevas para o Reino do Filho do amor de Deus.
Assim, a morte do cordeiro na Páscoa judaica, apontava para a morte de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Warren Wiersbe em seu Comentário Bíblico Expositivo diz: “A pergunta feita por Isaque em Gn 22.7: “Onde está o cordeiro para o holocausto?”. Foi respondida por João Batista, quando ele apontou para Jesus e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”.
Introdução:
Quando chega esta época do ano, é sempre a mesma coisa: as pessoas correm alucinadas de um lado para outro atrás de ovos de chocolate e coelhos de páscoa, bem como uma quantidade enorme de tradições humanas que permeiam esses dias. E desta maneira as gerações ao longo dos anos vão secularizando, banalizando e se distanciando do real sentido da Páscoa.
Mas e o sacrifício do cordeiro? Embora se tenha ainda toda uma cultura em torno deste acontecimento, são poucos os que conhecem seu significado bíblico, mesmo em nosso meio. Aliás, percebemos a cada ano um distanciamento cada vez maior da reverencia e do temor àquilo que é sagrado.
Não podemos banalizar a Páscoa, passagem da morte para a vida, maquiando-a ou mesclando-a com a tradição e a cultura dos homens. Em seu livro A Assinatura de Jesus, Brennan Manning diz: “A manhã de Páscoa confirmou o caminho de Jesus e validou a autoridade de seu senhorio. A Páscoa nos convence da sabedoria de Deus e de seu poder para transformar o mundo. Nossa fé no Cristo ressurreto é o poder que vence a nós mesmos e ao mundo”.
OLHEMOS PARA A PÁSCOA DO PASSADO E TIREMOS DE LÁ PELO MENOS TRÊS PRINCÍPIOS QUE SE APLICAM A PÁSCOA DO PRESENTE, PARA A QUAL AQUELA PRIMEIRA APONTAVA:
- Só os que estavam sob a proteção do sangue do cordeiro morto foram salvos da morte. Foi assim no passado, é assim hoje – VS. 1-7;13,14:
- Ao povo de Deus no Egito foi ordenado pelo Senhor que cada família se reunisse e matasse um cordeiro sem defeito para que com o seu sangue aspergisse as ombreiras e verga das portas. O sangue aspergido seria o sinal. Onde houvesse a marca do sangue o primogênito estaria a salvo. Todos os primogênitos do Egito morreram naquela noite, exceto os que estavam sob a cobertura do sangue do cordeiro. O cordeiro do passado apontava para o Cristo não podemos perder isto de vista em nenhum momento. Hoje, os que estão debaixo da cobertura do sangue de Jesus, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, fazem parte da igreja dos primogênitos arrolada nos céus diz Hebreus 12.23. Estes foram livrados da morte e já passaram da morte para a vida. O sangue de Jesus derramado e aspergido sobre a casa espiritual de todo aquele que nele crê, fará com que ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Através desse sangue remidor somos justificados, redimidos, resgatados do poder do adversário, temos os nossos pecados perdoados apagados fomos reconciliados com Deus e passamos a fazer parte de sua família. Em I Pe 1.19-21 diz: “Pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação do mundo, revelado nestes últimos tempos em favor de vocês.Por meio dele vocês creem em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e o glorificou, de modo que a fé e a esperança de vocês estão em Deus”. A consciência do poder desse sangue nos confere vida e vida em abundancia.
- Os que foram salvos da morte pelo sangue do cordeiro precisaram se alimentar dele. Foi assim no passado é assim hoje– VS. 8-12:
- A Refeição memorial do passado apontava para o futuro. O versículo 11 diz: “Ao comerem, estejam prontos para sair: cinto no lugar, sandálias nos pés e cajado na mão. Comam apressadamente. Esta é a Páscoa do Senhor”. A mesma atitude de prontidão do passado deve ser mantida hoje, somos peregrinos e forasteiros nesta terra e aguardamos a vinda do Senhor que é certa e repentina. O povo de Israel comeu aquela refeição para se fortalecer para a longa caminhada que fariam. Assim como nós que somos salvos da morte eterna pelo sangue de Jesus Cristo, precisamos nos alimentar dele como o Pão Vivo que desceu do céu para sermos fortalecidos espiritualmente para a nossa jornada neste mundo. Em Jo. 6. 53,54 disse Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”.
- A Páscoa judaica foi substituída pela Ceia do Senhor. Haviam dois sacramentos no passado: Circuncisão e Páscoa. Só participava do segundo quem passasse pelo primeiro. Há dois sacramentos no presente: Batismo e Ceia do Senhor. De igual modo só podem participar do segundo quem passou pelo primeiro. Na Ceia o pão simboliza o corpo de Cristo e o vinho o seu sangue. Também, é uma refeição memorial que nos faz lembrar a morte do Senhor até que ele venha. A cerimônia é chamada por Shedd de sermão dramatizado e os elementos uma vez consagrados simbolizam o corpo e o sangue de Jesus Cristo.
- Os que participaram daquela refeição memorial precisavam lançar fora todo o fermento que houvesse dentro de suas casas. Foi assim no passado é assim hoje – VS. 15-20:
- “O fermento é símbolo do pecado porque trabalha silenciosamente escondido, nas entranhas, se espalha, polui e faz com que a massa cresça” diz Warren Wiersbe. O mal age exatamente assim. Durante a celebração da páscoa judaica, o povo de Deus não podia ter em casa nenhum tipo de fermento. Em I Co 5. 7,8 o apóstolo Paulo ordena: “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade”. Por isso mesmo antes de participarmos da Ceia do Senhor devemos nos examinar a nós mesmos. Não podemos participar dignamente da Ceia sem discernir o Corpo de Cristo simbolizado através dos elementos (Pão e Vinho). Por isso, quando nos examinamos a nós mesmos devemos pedir ao Santo Espírito que faça uma grande varredura em nossos corações a fim de retirar lá de dentro todo o fermento que nos tem contaminado. Só Ele pode ir onde não podemos.
CONCLUSÃO: O que aprendemos aqui?
- Tudo no passado apontava para o futuro, mais precisamente para a pessoa do Cristo.
- Troque o Coelho pelo cordeiro. A verdadeira Páscoa: morte e ressurreição do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é infinitamente maior que ovos e coelhos de chocolate.
- Fomos livrados da morte eterna porque o Cordeiro Jesus foi morto em nosso lugar.
- Estamos livres dessa morte porque estamos debaixo da cobertura do sangue do Cordeiro. Que possamos ter consciência da ação salvadora do sangue que está sobre nós.
- Uma vez livrados da morte pelo sangue do Cordeiro, precisamos nos alimentar da sua carne para que sejamos nutridos espiritualmente e consigamos completar a nossa jornada como peregrinos e forasteiros nesta terra.
- Finalizo com as palavras de Hebreus 13.20, 21 diz: “O Deus da paz, que pelo sangue da aliança eterna trouxe de volta dentre os mortos a nosso Senhor Jesus, o grande Pastor das ovelhas, os aperfeiçoe em todo o bem para fazerem a vontade dele, e opere em nós o que lhe é agradável, mediante Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém”. Cristo ressuscitou, está vivo e virá nos buscar. Mantenhamos firmes a confissão dessa esperança!
Aleluia, amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 31.03.13 www.ocolodopai.com
Este material pode ser reproduzido para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.
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