PÁSCOA, LIBERTAÇÃO DO CATIVEIRO E DA MORTE!
A Páscoa no mundo cristão tem sido desvirtuada pela tradição e pelo paganismo. Isto, porque muitos até mesmo em nosso meio, não têm ideia do seu real significado. A cerimônia tem sido secularizada e “mundanizada” entre coelhos e ovos de chocolate. O verdadeiro sentido da Páscoa tem se perdido através dos anos à semelhança do Natal. O que significa para nós a Páscoa, afinal? Essa é uma boa pergunta.
A cerimônia pascal do Velho Testamento prefigurava e apontava para a verdadeira Páscoa no Novo Testamento, que fala da morte e ressurreição do Cristo como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Deus libertou seu povo do Egito, preservando-o através do sangue do cordeiro sacrificado. Do mesmo modo o Senhor nos resgatou do reino das trevas pelo sangue de Jesus Cristo, o nosso Cordeiro pascal.
Os acontecimentos do passado eram prefiguras do que aconteceria no futuro. Aliás, tudo no Velho Testamento aponta e converge para o Cristo em quem todas as coisas são consumadas. Para que entendamos a Páscoa do presente precisamos olhar para a Páscoa do passado instituída em Êxodo capítulo doze. Para que o povo de Israel fosse preservado da morte, o cordeiro precisava ser morto. Vemos aqui uma referencia a morte vicária (substitutiva) de Cristo, que morreu no lugar de cada um dos que nele crê. Se cada família israelita não tivesse imolado um cordeiro, não teria escapado da ação do exterminador. O Senhor instruiu a Moisés dizendo que cada família deveria matar um cordeiro ou cabrito sem defeito e sem mácula e aspergir o sangue do animal nas ombreiras e vergas das portas. O anjo exterminador não feriria o primogênito do local onde houvesse a marca do sangue.
O nosso livramento da morte eterna (eterna separação de Deus) depende da morte de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus Cristo é o nosso cordeiro pascal. O cordeiro no Egito foi imolado no crepúsculo da tarde à semelhança do que aconteceria com Jesus no futuro. Assim, entendemos que a Páscoa judaica era também uma dramatização didática que apontava para a verdadeira Páscoa consumada em Cristo.
Para que o povo de Israel fosse livrado da morte precisava estar debaixo do abrigo do sangue. O sangue do cordeiro morto foi aspergido nas ombreiras e vergas das portas e aquele era o sinal para que o anjo exterminador não tocasse naqueles que estavam sob a proteção do sangue do cordeiro. Do mesmo modo os que estão debaixo da proteção do sangue de Jesus, o maligno não pode tocá-los, não espiritualmente. Por isso é uma questão de sobrevivência e saúde espiritual ter consciência do sangue que está sobre nós. A nossa ignorância quanto ao sangue do Cordeiro Jesus, que está sobre nós, dá ao adversário ousadia para nos assombrar. No Egito, os que estavam no interior das casas marcadas com o sangue, permaneciam ali tranqüilos, pois confiavam no poder daquele sinal, daquela marca. Se o sangue de um animal morto deu aquele povo a certeza do livramento, o que não fará o precioso sangue de Jesus Cristo que está sobre nós?
O sangue de Jesus Cristo é a mais poderosa arma espiritual colocada por ele à nossa disposição. É o fundamento da nossa autoridade sobre os poderes das trevas. Precisamos estar debaixo do sangue de Jesus para sermos salvos. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados. O cordeiro do passado era um tipo do verdadeiro Cordeiro de Deus sem defeito e sem mácula. O sangue de Jesus nos livra da morte eterna, nos liberta do império das trevas, perdoa e apaga todos os nossos pecados, nos purificando de toda injustiça e ainda nos reconcilia com Deus. Os que foram preservados pelo sangue precisavam se alimentar do cordeiro.
O versículo onze de Êxodo doze fala da prontidão para comer a Páscoa. Do mesmo modo todos os que se alimentam do corpo e do sangue de Jesus precisam estar em constante prontidão e vigilância, tanto para permanecer perseverantes na fé, quanto para esperar a vinda do Senhor que é certa e repentina.
Durante o período da Páscoa judaica os israelitas não podiam ter em casa nenhum fermento. O fermento é um símbolo do pecado que entra de forma imperceptível e leveda (contamina) toda a massa. A Páscoa judaica era uma refeição memorial para lembrar a libertação do cativeiro do Egito e o livramento da morte. Que possamos voltar às origens e resgatar o verdadeiro sentido da Páscoa, que é passagem do cativeiro para a liberdade, da morte para a vida!
Artigo/Pra. Nadia Malta /Apresentado pelo Pr. Manoel Malta – www.ocolodopai.com
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