SEMEEMOS INCANSAVELMENTE!
“Afluindo uma grande multidão e vindo ter com ele gente de todas as cidades, disse Jesus por parábola: Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. Outra caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de umidade. Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela, a sufocaram. Outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cento por um. Dizendo isto, clamou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Que parábola é esta? Respondeu-lhes Jesus: A vós outros é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; aos demais, fala-se por parábolas, para que, vendo, não vejam; e, ouvindo, não entendam. Este é o sentido da parábola: a semente é a palavra de Deus. A que caiu à beira do caminho são os que a ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração a palavra, para não suceder que, crendo, sejam salvos. A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, creem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam. A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer. A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com perseverança”. Lucas 8:4-15.
As pessoas em nossos dias
estão cada vez mais necessitadas de Deus.
O grande problema é a dureza dos corações. Os corações humanos têm sido
solos áridos e refratários à Palavra do Senhor. O texto lido fala da parábola
do Semeador. Nesse contexto o Semeador é Jesus Cristo, mas representa qualquer
um de nós que compartilha a Palavra de Deus que é essa semente bendita. O
discípulo de Jesus não pode perder de vista que ele é tão somente um semeador,
não um convertedor. O apóstolo Paulo adverte sobre isto em I Co.3.6, 7: “Eu
plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa,
nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento”. Atentemos para isto! O Texto
apresenta quatro tipos de solos nos quais a Palavra é semeada: O Solo Duro da
Beira do Caminho; O Solo Rochoso, Raso; O Solo com Espinhos; e O Solo Bom,
Apropriado. O solo duro representa a pessoa que ouve a Palavra, mas logo
permite que o diabo leve a semente embora. Como esse solo ficou assim duro?
Jesus fala aqui de um lugar que era caminho, era passagem dos transeuntes. Ali
a terra era batida, compacta, o que caísse sobre ela, as aves do céu viriam
buscar. As aves são figuras representativas de ações demoníacas.
O Solo rochoso ilustra o
ouvinte que se comove com facilidade e aceita emocionalmente a mensagem, mas seu
interesse logo vai morrendo, visto que não há profundidade suficiente para as
raízes crescerem. As igrejas estão lotadas de “quase crentes”, professos e
batizados, mas não regenerados. Esses não agüentam a hora da provação. O sol
aqui representa as dificuldades que enfrentamos na vida cristã. As provas
aprofundam as raízes dos verdadeiros cristãos, mas expõem a superficialidade do
falso cristão. O solo com espinhos ilustra as pessoas que não se arrependem e
não arrancam as ervas daninhas que prejudicam a colheita. Aqui encontramos um
espírito mundano, que coloca os valores do mundo acima dos valores do reino de
Deus. Esse vive o aqui e agora, não consegue contemplar a eternidade. Aqui a
quantidade de espinhos sufoca a boa semente. Os cuidados, riquezas, conceitos e
deleites da vida na terra são como espinhos que impedem que o solo se mantenha
produtivo e sustentável.
Jesus diz que somente o
ultimo tipo de solo é produtivo. Ilustra aquele que ouve a palavra, compreende
o que ela diz e a retém em seu coração. Aqui há verdadeira regeneração. Esse
prova que é salvo porque foi transformado e produz frutos dignos de
arrependimento. Nem todos os cristãos produzem a mesma quantidade de frutos,
mas todo verdadeiro cristão produz algum tipo de fruto para glória de Deus e
como evidencia de sua genuína conversão. Quanto a nós: Não podemos perder de
vista que somos apenas e tão somente semeadores, não “convertedores”. Às vezes
semeamos muito e colhemos pouco. A culpa não é do semeador nem da semente, mas
do tipo de solo no qual a semente cai. Nunca devemos deixar de semear pelo fato
de não conhecermos o tipo de solo no qual a semente está caindo, não cabe a nós
conhecer. De uma coisa o Senhor nos assegura: “Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo,
trazendo os seus feixes!”. Nadia Malta
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