BUSQUEMOS NA MEMÓRIA O QUE NOS PODE DAR ESPERANÇA!
“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Lamentações 3:21.
Pior que não ter esperança é ter uma falsa
esperança. O Senhor enviou profetas para advertir o povo quanto à observância
da aliança com ele. A quebra dessa aliança implicaria em cair nas mãos dos
adversários, mas o povo obstinado e rebelde não quis ouvir. Depois enviou
profetas durante o cativeiro para que o povo se arrependesse, mas ele preferia
dar ouvidos aos falsos profetas que prometiam saídas mágicas e iminentes. Os
falsos profetas procuravam trazer falsas esperanças ao povo com relação ao fim
do cativeiro. No entanto, aquele cativeiro durou setenta anos (Jr. 25). O
Senhor usou o profeta Jeremias para enviar uma mensagem lúcida e verdadeira,
embora não agradável, aos cativos em Babilônia. Muitos em nosso meio têm estado
assim, desesperados, desesperançados achando que suas vidas não têm mais jeito.
Acham que o Senhor os esqueceu e de certa maneira têm olhado para vários
lugares tentando achar uma saída e até mesmo se apegado a falsas esperanças,
como o povo de Deus do passado. Descobrimos aqui que Jeremias deixou de olhar
para fora e olhou para dentro de si mesmo. Foi buscar o que estava impresso em
seu coração. O que Deus tem imprimido em seu coração?
No meio de sua agonia o profeta Jeremias
descobriu três razões para continuar tendo esperança: Primeira razão: As misericórdias do Senhor
não têm fim e se renovam a cada manhã; Segunda razão: A grandeza da fidelidade
de Deus; e Terceira razão: A bondade do Senhor se manifesta aos que esperam
nele. Jeremias parou e deixou de olhar para sua própria miséria para lembrar-se
da misericórdia de Deus. Ele continuou sentindo dor e sofrimento, mas cria no
amor compassivo de Deus, apesar da dureza da cerviz do povo. Isso lhe deu
forças para continuar pela fé exercendo seu difícil ministério. As
misericórdias de Deus também são a causa de não sermos consumidos. Por isso não
podemos perder de vista esse amor compassivo de Deus. Todas as vezes que o povo
se rebelou e voltou-se para Deus arrependido, ele o recebeu e o acolheu com um
amor desmedido. Foi assim no passado e é assim hoje.
Deus é fiel ao seu povo e espera
pacientemente que ele descubra a sua fidelidade imutável. A consciência da
misericórdia e da fidelidade de Deus fez Jeremias redescobrir a Esperança Viva
e isso lhe deu novo ânimo em meio a todo o caos. A própria alma do profeta
brada das profundezas: “A minha porção é o Senhor”. Pelo fato do Senhor ser a
porção do profeta, ele poderia esperar nele o quanto fosse necessário. Isso não
era confissão de pensamento positivo, era certeza do agir de Deus. E é essa
certeza que precisamos ter. Qual a sua porção? A Palavra do Senhor nos assegura
que Ele é bom e que a sua misericórdia dura para sempre. Contudo, a bondade e a
misericórdia de Deus não nos dão licença para pecar nos voltando contra Ele. As
bênçãos do Senhor estão disponíveis aos que andam em seus caminhos. Precisamos
reaprender a chorar por nossos pecados, do contrário, nos tornaremos cínicos e
insensíveis. Sofrimento que não produz quebrantamento não é transformador e só
produz revolta e murmuração. Que hoje possamos esquadrinhar os nossos caminhos,
prová-los e voltarmos para o Senhor! Aguardemos o agir de Deus, a resposta vem,
não desistamos! Nadia Malta
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