QUANDO A GRAÇA CHAMA OS ESCOLHIDOS OUVEM!
“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”. Efésios 2:1-10.
Em tempos de exigências de grandes desempenhos para se conseguir
posições e reconhecimento no mundo secular, tentamos transportar isso para o
mundo espiritual. Contudo, descobrimos que nenhuma obra meritória há em nós que
suscite da parte de Deus tal amor apaixonado, mas ele nos ama e isto é fato.
Graça de Deus é isto: Favor imerecido de Deus. Ele nos amou primeiro e nos
escolheu em Cristo antes da fundação do mundo. Como isto aconteceu? É a
pergunta que muitos fazem, suscitando infindáveis discussões teológicas.
Contudo não compete a nós julgar ou conhecer os desígnios de Deus. Ele é
soberano e tem misericórdia de quem quiser e se compadecerá de quem ele quiser.
Por isso é tempo de evocar, de trazer à nossa memória o que nos pode dar
esperança. Certo pensador cristão disse: que “o povo de Deus precisa ser mais
lembrado que instruído”. Isto é fato, temos a memória curta. Andamos tanto atrás
de bênçãos periféricas que nos esquecemos da maior de todas as bênçãos: A
Salvação em Cristo Jesus!
O apóstolo Paulo traz à memória dos seus leitores três verdades: Eles
estiveram mortos, mas foram vivificados; eram filhos da ira e se tornaram
filhos do amor apaixonado de Deus; O Senhor nos alcançou apesar de nós e nos
colocou em posição privilegiada; e As boas obras são uma conseqüência da
salvação, não a sua causa. A condição espiritual do homem sem Jesus é morto em
seus delitos e pecados. Se o homem não for alcançado pela graça salvadora de
Deus permanecerá encerrado na condenação e acabará experimentando a segunda
morte, que é a eterna separação de Deus. Nada pode mudar isso, só o próprio
Deus. Essa condição é partilhada por toda humanidade antes da conversão. Em
Adão todos pecaram e morreram. O que aconteceu no Éden não foi um tropeço, ou
uma queda, foi uma morte. Em Adão morremos todos. Contudo, em Cristo, os que
creem são vivificados.
Não são as obras que salvam, mas a graça de Deus mediante a fé em
Cristo. A graça de Deus personificada em Cristo perdoa pecados, apaga
transgressões, nos purifica de toda injustiça, nos fortalece e sustenta, nos
fazendo perseverar até o fim. Passamos da condição de meras criaturas à
condição privilegiada de filhos e herdeiros. Boas obras são conseqüência e não
causa da salvação, produto, não fator determinante. Por boas obras entendemos
não apenas a caridade e a mutualidade, mas, sobretudo, o evangelismo, para que
outros alcancem o que já alcançamos em Cristo. A nós foi confiado o ministério
da reconciliação. Nadia Malta
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