SÓ A GRAÇA DE DEUS NOS TRANSFORMA!
“Então
os escribas e fariseus trouxeram à presença dele uma mulher surpreendida em
adultério e, fazendo-a ficar em pé no meio de todos, disseram a Jesus: —
Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés nos
ordenou que tais mulheres sejam apedrejadas. E o senhor, o que tem a dizer?
Eles diziam isso tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus,
inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como eles insistiam na pergunta,
Jesus se levantou e lhes disse: — Quem de vocês estiver sem pecado seja o
primeiro a atirar uma pedra nela. E, inclinando-se novamente, continuou a
escrever no chão. Mas eles, ouvindo essa resposta, foram saindo um por um, a
começar pelos mais velhos até os últimos, ficando só Jesus e a mulher em pé
diante dele. Levantando-se, Jesus perguntou a ela: — Mulher, onde estão eles?
Ninguém condenou você? Ela respondeu: — Ninguém, Senhor! Então Jesus disse: —
Também eu não a condeno; vá e não peque mais”. João 8:3-11.
Cada um dos evangelistas apresenta Jesus de
uma maneira: Mateus mostra Jesus como o Messias prometido; Marcos, o apresenta
como o Conquistador e se preocupa mais com suas obras que com o seu caráter;
Lucas, o apresenta como o Divino Salvador e João faz questão de mostrar Jesus
como o próprio Deus Encarnado. No texto lido João mostra os religiosos da época
de Jesus armando uma cilada para fazê-lo tropeçar na Lei de Moisés e terem algo
para acusá-lo. Contudo, Jesus sendo Deus, conhecendo-lhes os pensamentos e
intenções do coração reverte aquela situação numa das mais pungentes
oportunidades de manifestação da graça perdoadora de Deus. Cada vez mais me
convenço que é desejo de Deus curar as nossas feridas mais profundas, pela
Palavra Viva que procede da sua boca. Se formos a ele com sinceridade de
coração deixando cair todas as máscaras e nos desnudando completamente diante
de sua soberana presença, sairemos curados. Por que muitos não alcançam a cura?
Talvez por não saberem como lidar com a culpa. Pecar é facílimo em todos os
sentidos, o difícil é lidar com a culpa.
O sentimento de culpa é uma das forças mais
poderosas que existe, chegando a ser destrutivo se não for tratado. Muitos
diante da culpa reagem das mais diversas maneiras e a Bíblia está cheia de
exemplos: Esquivam-se como Adão; Endurecem-se como Caim; Fogem como Moisés;
Enlouquecem como Saul; Comovem-se como Davi; Choram amargamente como Pedro; Suicidam-se
como Judas; Reconhecem, se quebrantam como o filho pródigo e fazem o caminho de
volta para o Pai; Cada um age e reage de um jeito próprio. É comum também
transferir a culpa para os outros como forma de defesa. Aliás, essa reação é a
preferida de muitos. Há um poder libertador e terapêutico no reconhecimento e
na confissão de pecado, que precisa ser experimentado por cada um de nós. Em
Pv. 28.13 diz assim: “O que encobre as
suas transgressões jamais prosperará; mas o que confessa e deixa alcançará
misericórdia”. Reconhecer e confessar diante de Deus e se necessário diante
da pessoa ofendida nos coloca no centro da promessa de Deus em Rm. 8.1: “Nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus”. Perdoar e receber perdão gera cura e libertação!
Os Escribas e Fariseus, religiosos doutores
da lei, são chamados de hipócritas (mascarados) tanto por João Batista quanto
por Jesus. Eles possuíam uma fachada de ilibada conduta, mas foram comparados a
sepulcros caiados (belos por fora e cheios de podridão e rapina por dentro).
Eles trazem a Jesus o caso de uma mulher adúltera e perguntam o que ele vai
fazer. Cobram uma punição. Mas Jesus não responde palavra e se inclina para
escrever no chão. O que ele escrevia? Ninguém sabe, alguns teólogos mais
presunçosos ousam dizer que ele escrevia ali no chão os pecados, não da mulher,
mas dos religiosos. Porque ele não vê ou se impressiona com as nossas
exterioridades, ele sonda mentes e corações. Alem de toda humilhação que era a
vida daquela mulher ainda foi usada para a cilada preparada pelos religiosos
contra Jesus e não teve a proteção nem do seu companheiro de pecado. O texto
lido traz uma série de contrastes: Lei e graça; treva e luz; escravidão e
liberdade; desonra e honra, religiosidade de fachada e relacionamento íntimo
com o Senhor. Jesus ficando sozinho com aquela mulher, perguntou-lhe
ternamente: “Onde estão aqueles teus
acusadores? Ninguém te condenou?” Ao que ela respondeu: “Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno;
vai e não peques mais”. Perdão implica em abandono de pecados, em mudança
de vida. Jesus é especialista em transformar desgraça em Graça! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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