BUSQUEMOS
VISÃO ESPIRITUAL PARA RECONHECER O CRISTO!
“Naquele mesmo dia, dois deles estavam de
caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios.
E iam conversando a respeito de todas as coisas sucedidas. Aconteceu que,
enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles.
Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de reconhecê-lo. Então, lhes
perguntou Jesus: Que é isso que vos preocupa e de que ides tratando à medida que
caminhais? E eles pararam entristecidos”. Lucas 24:13-17.
Busquemos
nos encorajar uns aos outros a enxergar o Cristo Vivo em meio às aflições da
vida. O abatimento muitas vezes cega o
nosso entendimento e ficamos como que impedidos de reconhecer Jesus em meio às
nossas lutas. O texto todo é muito conhecido e vai do versículo 1-35. Apenas
Lucas o relata com todos os detalhes, embora Marcos o mencione de forma sucinta,
bem ao seu estilo. Aqui é contado o episódio de dois dos discípulos de Jesus a
caminho da aldeia de Emaús distante de Jerusalém cerca de mais ou menos 12 km. Os
discípulos iam numa rota de fuga depois da crucificação. Eles estavam tristes,
abatidos, decepcionados com os últimos acontecimentos. Eles tinham tanta
esperança que Jesus tivesse vindo resgatar Israel do jugo de Roma, que ele
fosse realmente o Messias prometido há tanto tempo, mas para eles tudo havia se
esvaído. Tudo estava tão confuso para eles. Foram tantos os milagres operados
pelo Senhor, por que então tudo acabou assim? Eles tinham muitas perguntas e
iam conversando sobre a sua dor caminho a fora. O abatimento era tão visível
que lhes cegou o entendimento e eles não perceberam o próprio Cristo ressurreto
caminhando com eles. É sempre oportuno olharmos para aquela estrada poeirenta
que vai para aldeia de Emaús e meditarmos no encontro daqueles homens com o
Cristo ressurreto. O cristão não pode perder de vista a ressurreição de Jesus
em nenhum momento. O apóstolo Paulo em seu ministério procurou mostrar a
Ressurreição como o cerne da mensagem do Evangelho e o penhor da nossa própria
ressurreição. A vida cristã não é fácil, muito pelo contrário, e nós temos
experimentado isso a cada dia. Somos como cristãos surpreendidos a cada dia com
noticias, acontecimentos, situações e circunstancias que nos abatem fazendo que
sejamos impedidos de enxergar o Cristo caminhando conosco.
Mesmo
sendo exortados a todo o momento pela Palavra de Deus a orarmos em vigilância,
aqui e acolá somos impactados com algo que tenta nos fazer recuar ou fugir. Que
possamos ainda que pela fé, com a ajuda do Espírito Santo, contemplar a glória
do Cristo ressurreto mesmo em meio às aflições pelas quais passamos. Não
podemos perder de vista que pela nossa fragilidade: Somos tentados a fugir
das aflições; O abatimento cega o nosso entendimento e perdemos a
consciência da presença de Jesus andando conosco, mesmo no meio das aflições e
No meio da aflição somos inclinados a aceitar apenas parte da revelação! Aqueles
discípulos amargurados de espírito fugiram do lugar do problema, embora
continuassem retroalimentando a sua dor falando o tempo todo no assunto.
Fazemos isso a maioria das vezes, com raríssimas exceções. Certamente eles
haviam ouvido Jesus falar tantas vezes sobre a seqüência dos acontecimentos,
mas ainda assim, perderam o foco, deixaram que a emoção falasse mais alto e a
dor os dominasse. É inevitável não nos colocarmos no lugar deles. É exatamente
assim que nos sentimos em meio às aflições, a nossa fé baqueia e nos deixamos
afundar em nossas dores e a primeira providencia é descobrir um Emaús para o
qual fugir. É incrível como o Senhor se manifesta aos seus discípulos em todas
as épocas, se colocando ao lado deles. Contudo, o abatimento tem cegado o
entendimento de muitos na hora da agonia, impedindo que enxerguem o Senhor. As
próprias mulheres que foram ao sepulcro de madrugada, num primeiro momento não
acreditaram na ressurreição e ouviram a reprimenda dos anjos que disseram:
“Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes
falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Não há um só momento na vida do discípulo de Jesus, que ele
caminhe sozinho. O Senhor embora esteja sempre presente, muitas vezes a
intensidade das nossas dores nos impede de reconhecê-lo.
Aqueles
discípulos foram impedidos de reconhecer pelo desespero e pela ignorância das
Escrituras. Que possamos clamar ao Senhor que nos desvende os olhos para que
possamos contemplar as maravilhas da sua lei. Estava tudo muito embaralhado na
cabeça deles. Afinal, Jesus era ou não o Messias prometido? Nada parecia fazer
sentido, aquilo não tinha lógica. Eles esqueceram que fé não se explica. Fomos
chamados a andar pelo que cremos não pelo que vemos. Jesus aproxima-se deles e
pergunta sobre o que falavam e ouve pacientemente todo aquele relato, não só do
que já sabia como do que sentira na própria carne. Até ali nada parece
convencer aqueles discípulos tristes: nem o túmulo vazio, nem o relato das
mulheres nem a declaração dos anjos, absolutamente nada, para eles era o fim da
linha. Jesus além de repreendê-los chamando-os de “néscios e tardos de coração” para crer no que havia sido dito pelos
profetas e passa ele mesmo, a discorrer sobre as Escrituras. Ouvindo-o, seus
corações ardiam algo sobrenatural começava a acontecer. Até que Jesus fez
menção de passar adiante e os discípulos o constrangeram a ficar com eles dizendo: “Fica
conosco, pois já é tarde e o dia já declina!”. Jesus aceita o convite e
fica com eles. Ele não entra sem ser convidado. Os olhos deles foram abertos e
reconheceram Jesus ao partir do pão. Aqueles discípulos tiveram seus olhos
desvendados e passaram da tristeza pelo que parecia irreversível, para o júbilo
pela nova perspectiva de um novo tempo. Jesus está vivo, há esperança não só
para os discípulos do passado, mas para todos os que nele creem. Aqueles
discípulos fizeram o caminho de volta e se tornaram testemunhas vivas da
ressurreição. Meditemos sobre essas coisas! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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