quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Meditação/Nadia Malta/PROPÓSITOS DE DEUS SE CUMPREM!


PROPÓSITOS DE DEUS SE CUMPREM!      
                                                                                   
Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á. Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras”. Mt 16.23-27.                                                         

O texto lido é forte, de certa maneira até chocante, Jesus não chamou Pedro de Satanás, mas quem estava por trás levando-o a cogitar de forma equivocada sobre o que aconteceria com o Senhor. Procuremos encarar com olhos espirituais os propósitos das lutas e AFLIÇÕES diárias. Todos nós de uma maneira ou outra tentamos fugir do sofrimento. O episódio se deu logo após Jesus predizer a sua morte e ressurreição. Naquele momento Pedro foi repreendido por tentar dissuadir Jesus do propósito para o qual tinha vindo ao mundo. Cogitar significa refletir, pensar à respeito, imaginar. Precisamos olhar para o texto que estamos examinando na perspectiva dessas palavras de Jesus ditas à Pedro. Só assim, entenderemos a idéia central apresentada aqui, que é a percepção dos propósitos de Deus para as situações. O Espírito de Deus tem ministrado fortemente ao nosso coração sobre o discernimento espiritual, que devemos ter em relação aos desígnios de Deus nas situações adversas que enfrentamos. Contudo, como tem sido difícil para nossa humanidade frágil compreender os propósitos de Deus!  Há momentos que tudo nos parece tão injusto, tão incompreensível, que humanamente ficamos sem ação, perplexos. A única explicação plausível é que infelizmente ainda não conseguimos cogitar das coisas de Deus.

Confesso que não é fácil falar sobre provações e aflições num tempo em que a maioria dos pregadores, sobretudo, da igreja eletrônica, não cogita das coisas de Deus e sim das dos homens. Apregoam um triunfalismo ufanista absolutamente inconsequente. Quando as pessoas descobrem na prática, que mesmo os cristãos por viverem num mundo caído estão sujeitos a passar por aflições, se decepcionam com Deus. As pessoas procuram meios para fugir do sofrimento e resolver a qualquer custo os seus problemas. Esse contexto, no entanto, me ensina que o único meio de encararmos a vida e as dificuldades que nos acometem, é cogitar (refletir, meditar, pensar) das coisas de Deus. “Os pensamentos e Caminhos de Deus são infinitamente maiores que os nossos”. Percebemos uma ressurreição do hedonismo, aquela filosofia grega que apregoava a fuga do sofrimento a todo e qualquer custo e a busca do prazer pelo prazer. Esse caminho não procede de Deus. A terra é a arena da nossa santificação, é lugar de lutas, de crescimento e de amadurecimento, não um parque de diversões ou colônia de férias. Ninguém escapa das dores do crescimento, nem física, nem emocionalmente e muito menos espiritualmente. Meditemos nisso!

O fato é que Não dá para seguir Jesus e seguir as nossas próprias inclinações! O erro de Pedro no v.23 foi pensar como homem, instigado pelo adversário, desejando escapar do sofrimento e da morte. Na verdade é isso que todos nós fazemos ante a perspectiva da dor ou da perda.   Ele não cogitou dos pensamentos e propósitos de Deus, quanto ao que estava para acontecer. Pedro teve fé suficiente para confessar que Jesus era o Filho do Deus vivo, mas não para crer que era plano de Deus que Jesus sofresse e morresse. Para aceitar a cruz precisamos negar a nós mesmos. A cruz representa o sofrimento temporário para que alcancemos a glória da ressurreição. Seguir ao Cristo Vivo significa também aceitar a cruz que nos é imputada. Essa cruz tem várias faces: ela vem na forma de uma enfermidade que não é curada; da rebeldia contumaz de um filho e da incredulidade ou indiferença de um cônjuge através dos quais exercitamos graça e misericórdia; vem através das perseguições e ações demoníacas diretas ou indiretas, através das quais exercitamos fé. Aquilo que o mundo considera ganho é perda para Jesus e vice versa! O Reino de Deus e a sua justiça precisam estar sempre em primeiro lugar. Nada pode ter prioridade na vida do cristão a não ser o próprio Cristo. Muitos têm se empenhado em amealhar para esta vida, quando na verdade são pobres para com Deus. São míopes espirituais que enxergam só o que está perto. Salvação é de graça e pela Graça, mas Cada um receberá recompensa segundo as suas obras! Não há ressurreição sem cruz, nem vitória sem lutas. Foi assim com Jesus, o ungido de Deus, será assim conosco. Antes clamemos para que sejamos fortalecidos para enfrentar as dores provocadas pelo peso de nossas cruzes. Que possamos nos disciplinar para desconsiderar os ganhos e facilidades do mundo que tentam nos dissuadir do plano de Deus para nós. Muitas vezes no cenário desse plano tem uma cruz para ser encarada. Que Diante das situações que nos assolam, possamos perguntar: “Senhor, qual o teu propósito para isto?”. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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