PELA GRAÇA DE DEUS FOMOS ALCANÇADOS!
“Ele
vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais
andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade
do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais
também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da
ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do
grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu
vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele,
nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;
para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade
para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e
isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.
Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus
de antemão preparou para que andássemos nelas”. Efésios 2.1-10.
O texto lido é uma evocação. O apóstolo
Paulo traz à memória dos seus leitores aquilo que eles já haviam recebido em
Cristo Jesus: A SALVAÇÃO pela graça mediante a fé. Fato que não podemos
esquecer em nenhum momento. Paulo procura mostrar aos efésios que eles não
haviam recebido a salvação por causa de suas boas obras, ou por merecimento
próprio, mas porque Deus é infinitamente gracioso e graça nada mais é que favor
imerecido. Os irmãos de Éfeso ao que parece estavam “estufando” o peito se
achando o máximo espiritualmente e Paulo tratou logo de chamá-los à razão. A
minha infância foi recheada de histórias que ainda hoje me rendem lições preciosas.
Uma delas ilustra bem a graça maravilhosa do nosso Deus. Contava-se que certa
moça completamente desprovida de atrativos físicos, além de ter um temperamento
que afugentava todos à sua volta caiu nas graças de certo rapaz bem apessoado e
de posses, que se apaixonou por ela, apesar de tudo. Casando-se com ela e lhe
dando uma vida de rainha. Mesmo tendo alcançado aquele favor, ela de nenhum
modo tratava seu marido com carinho ou gratidão. Isto deu origem a um ditado
familiar que diz o seguinte: “O que ele viu nela foi o jeito de cuspir”.
Significando que não havia nela nada de agradável, louvável ou interessante.
Conosco aconteceu a mesma coisa. Nenhuma obra meritória há em nós que suscite
da parte de Deus tal amor apaixonado, mas ele nos ama e isto é fato. Graça de
Deus é isto: favor imerecido de Deus. Ele nos amou primeiro e nos escolheu em
Cristo antes da fundação do mundo. Por isso é tempo de evocar, de trazer à
nossa memória o que nos pode dar esperança. Certo pensador cristão disse: que
“o povo de Deus precisa ser mais lembrado que instruído”. Isto é fato, temos a
memória curta.
Paulo traz à memória dos seus leitores
algumas verdades que não podemos perder de vista. Primeira: Eles estiveram
mortos, mas foram vivificados; eram filhos da ira e se tornaram filhos do amor
apaixonado de Deus. A condição espiritual do homem sem Jesus é morto em
seus delitos e pecados. Se o homem não for alcançado pela graça salvadora de
Deus permanecerá encerrado em seus delitos e pecados e acabará experimentando a
segunda morte, que é a eterna separação de Deus. Essa condição é partilhada por
toda humanidade antes da conversão. Em Adão todos pecaram e morreram; O que
aconteceu no Éden não foi um tropeço, ou uma queda, foi uma morte. Em Adão
morremos todos. Contudo, em Cristo, os que crêem são vivificados. Segunda: O
Senhor nos alcançou apesar de nós e nos colocou em posição privilegiada. Não são as obras que salvam, mas a graça de
Deus mediante a fé em Cristo. A graça de Deus personificada em Cristo perdoa
pecados, apaga transgressões, nos purifica de toda injustiça, nos fortalece e
sustenta. O Senhor nos salvou nos resgatando do reino das trevas nos
transportou para o Reino do Filho do seu amor e ainda nos fez assentar nos
lugares celestiais com Cristo (isso significa autoridade). Este lugar é o lugar
dos bem-aventurados, dos que gozam de altos privilégios. Não foi por obras para
que não nos gloriássemos. Toda honra e toda glória por essa tão grande salvação
só pode ser creditada, tributada ao Senhor, o Autor da nossa Salvação. Assim
como a moça de nossa história inicial temos estufado nosso peito e esquecido de
quem fomos e até desdenhado daquilo que um dia recebemos por pura graça de
Deus. Terceira: As boas obras são uma conseqüência da salvação, não a sua
causa. Produto, não fator determinante. Por boas obras entendemos não
apenas caridade e a mutualidade, mas, sobretudo, o evangelismo; para que outros
alcancem o que já alcançamos em Cristo. A nós foi confiado o ministério da
reconciliação.
Assim FOMOS SALVOS PELA Graça mediante a
fé em Cristo Jesus. Contudo, a nossa salvação custou um alto preço pago por
Cristo na Cruz do Calvário. Por isso precisamos ter sempre em mente: Que Um dia
fomos filhos da ira e da desobediência; estávamos mortos em nossos delitos e
pecados, mas fomos alcançados pela graça de Deus e por ela vivificados; Que O
Senhor nos alcançou apesar de nós e nos colocou em posição privilegiada de
autoridade ASSENTADOS NOS LUGARES CELESTAIS EM CRISTO; Que As boas obras não
são a causa da salvação, mas são conseqüência dela. E que Precisamos trazer à
memória aquilo que Deus já fez por nós: A SALVAÇÃO em Cristo Jesus e não tratar
desdenhosamente o AUTOR da Vida como fez a moça da nossa história. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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