PARA ONDE TEMOS NOS INCLINADO?
“Agora,
pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei
do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.
Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso
fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no
tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de
que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas
segundo o Espírito. Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas
da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.
Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz.
Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à
lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem
agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato,
o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo,
esse tal não é dele. Se, porém, Cristo
está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o
espírito é vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquele que
ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus
dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu
Espírito, que em vós habita”. Rm. 8.1-11.
Este capítulo oito de Romanos é
considerado a grande declaração de liberdade do cristão. A maior ênfase deste
contexto é a ação do Espírito Santo em nossas vidas. O apóstolo Paulo no texto
lido leva seus leitores a compararem a conduta a partir da nova vida em Cristo,
com a que tinham anteriormente quando ainda estavam na carne, obedecendo às
suas inclinações. Que tal fazermos a mesma coisa? Temos ouvido que a única
maneira de nos tornarmos vencedores sobre o mundo, sobre a carne e sobre o
diabo é nos enchermos do Espírito Santo dia após dia. Essa busca é incessante,
esse enchimento só cessará quando fecharmos os olhos nesta terra e nos encontrarmos
com o Senhor face a face. Esse enchimento nos leva a experimentar a liberdade
dos filhos de Deus, conquistada para nós por Jesus na cruz do calvário. No entanto, liberdade no Espírito não é
licença para pecar. A grande diferença aqui é para onde temos nos inclinado: se
para a carne sob o domínio de satanás ou para o Espírito Santo. Note que
estamos falando de liberdade no Espírito. Ou seja, somos livres sim para fazer
a vontade do Pai celestial. Não estamos dizendo com isso que o cristão é
impecável, muito pelo contrário, a própria Bíblia está repleta de servos de
Deus que pecaram feio, mas constrangidos se arrependeram e voltaram para o Pai
em legitimo quebrantamento. Esta é a grande diferença, quando pecamos somos
constrangidos pelo Espírito Santo para o qual nos inclinamos.
Atentemos para os princípios apregoados
aqui pelo apóstolo Paulo nesta grande Declaração de Liberdade do Cristão. Nenhuma
condenação há! Note que o texto não diz: nenhum erro, nenhum fracasso,
nenhum pecado. O erro, fracasso ou pecado na vida do cristão é puramente
acidental, ele não vive na prática do pecado deliberadamente. O falso cristão,
no entanto, apesar de ter uma capa exterior de piedade, vive na prática do
pecado. O que ele faz em oculto, o só referir é vergonha. Condenação é sentença
que leva à morte eterna. A lei condena, mas o cristão tem uma nova relação com
a Lei. Pelo Espírito Santo somos libertados do poder e da penalidade do pecado,
porém ainda não de sua presença. Por isso a atitude de vigilância e oração da
nossa parte deve ser constante. Estamos debaixo da jurisdição de uma nova
Lei! Fomos livrados pelo sacrifício de Cristo na cruz do calvário da lei do
pecado e da morte. O que dizia essa lei? A alma que pecar essa morrerá, porque
o salário do pecado é a morte. Como entender isso? A Lei de Deus mudou? Não,
mas vestiu-se de uma nova roupagem. A mesma lei do pecado e da morte para os
não salvos transformou-se na Lei do Espírito da vida para os salvos (os que
estão em Cristo Jesus). Para uns tem cheiro de morte, para outros, cheiro de
vida. Isto foi possível pelo sangue de Jesus.
Antes de Cristo, além
da lei não poder salvar ainda condenava! O sacrifício de Cristo na cruz do calvário de forma
vicária (substitutiva) fez que morrêssemos condenados pela lei e nele
ressuscitássemos para andar em novidade de vida. Só através da nova vida em
cristo fomos capacitados a obedecer os preceitos de Deus de forma suave. Jesus
sofreu os rigores da lei, no que tange à condenação, para que Nele tivéssemos
liberdade, vida abundante e paz que excede todo o entendimento. Uns se
inclinam para a carne e outros para o Espírito!|A inclinação para a carne
dá para a morte e a do Espírito para vida e paz. Não existe território neutro,
ou estamos na esfera da carne sob o comando do Adversário ou na esfera do
Espírito de Deus. Agora, quando nos inclinamos para ouvir e obedecer à voz
suave do Espírito Santo, o resultado é vida e paz sempre! Deixo algumas
perguntas para a reflexão: Tenho realmente em mim a natureza divina ou finjo
ser um cristão? Que motivação tem me levado à igreja? Para onde tenho me
inclinado, para a carne sob o comando do Adversário ou para o Espírito Santo?
Qual o resultado da minha inclinação: morte ou vida e paz? Tenho sido impactado
pela cruz? Será que tenho permitido que a minha velha natureza controle meus
pensamentos, atos e desejos? Nadia
Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário