sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Meditação/Nadia Malta/AFINAL, A QUEM QUEREMOS AGRADAR?


AFINAL, A QUEM QUEREMOS AGRADAR?
                                                                        
Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”. Gl 5. 16,17,25.                                                            

Há aqui um claro contraste estabelecido pelo apóstolo Paulo entre o andar no Espírito e o andar na carne. Leiamos todo o contexto que vai do versículo 1-26. O Apóstolo chama a atenção dos seus leitores na região da Galácia para a grande diferença entre o andar religioso da Lei e o andar na liberdade do Espírito, que acontece mediante uma legítima intimidade com o Cristo Vivo. Essa liberdade do Espírito nos leva a um andar segundo o querer de Deus, não segundo o nosso. Somos livres sim, mas para fazer a vontade de Deus. Um grande perigo tem rondado toda uma geração de cristãos em nossos dias. Esses cristãos têm tomado decisões e agido sem consultar o Senhor, vivendo sob uma pretensa liberdade. Decidem tudo, simplesmente baseados no que acham ou pensam ser o melhor. Qual o resultado desse agir à revelia de Deus? O resultado é catastrófico. É o mesmo que agitar um “enxame” de abelhas espirituais, trazendo desespero, sofrimento, confusão, dor e muita frustração com relação à “religião”. As pessoas não têm a devida paciência e perseverança para esperar pela resposta de Deus às suas consultas e o resultado: acabam culpando o próprio Deus por seus fracassos.

O Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade foi enviado para ser o nosso consolador, o nosso conselheiro e o nosso guia infalível. A maioria dos que se dizem cristãos, não tem o menor problema em aceitar a obra do Espírito Santo. Desde que ele não interfira em suas escolhas pessoais. Conhecemos pouco sobre esse “andar no Espírito”, referido por Paulo nesse contexto. Há somente duas formas de o cristão andar: Na carne ou no Espírito; se estamos andando numa, certamente não estamos andando na outra; a escolha é nossa. A carne tem os seus próprios interesses, sua vontade, seus caprichos e seus apetites; o cristão carnal faz tudo que escolhe e deseja fazer pra agradar aos apelos da carne, e só depois comunica a Deus. Já o andar no Espírito é justamente o oposto; o cristão espiritual escolhe por amor a Cristo fazer a vontade do Espírito; seus ouvidos são treinados para ouvir-lhe a voz mansa e suave. Falando aos Romanos Paulo diz: “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”. Assim como Jesus andou segundo a vontade do Pai; devemos andar de acordo com a vontade do Espírito Santo. Se formos bem honestos, iremos admitir que o céu é o último lugar que buscamos quando queremos orientação para uma decisão.

Em Números 9.22,23 – lemos que havia uma nuvem e uma coluna de fogo que guiava o povo de Deus no deserto, dia e noite; os filhos de Israel seguiam sempre essa presença sobrenatural; se a nuvem ou a coluna de fogo parava, Israel parava; se seguia, Israel seguia; glória a Deus! Séculos depois, no Novo Testamento, “outra nuvem e ou coluna de fogo” desceu para guiar os cristãos; veio na forma de línguas de fogo e pairou sobre os 120 discípulos de Jesus reunidos no Cenáculo no dia de Pentecostes, mas aquela chama não se extinguiu ali. Ela alcançou os que estão perto e alcançará os que ainda estão longe. A partir dali, os cristãos genuínos passaram a viver no Espírito; o Espírito Santo passou a habitar neles; mas é preciso mais que isso; é preciso rendição, submissão à liderança e vontade do Espírito; isto se constitui num genuíno andar no Espírito. Agora preste atenção: a voz do adversário além de gritar acusações, leva-nos a agir intempestivamente sem consultar a Palavra de Deus; a voz da nossa carne leva-nos a buscar satisfazer os seus prazeres e saciar seus apetites, também de forma incontrolável; a voz do mundo apregoa todos os meios para darmos vazão aos nossos apetites; enquanto a voz do Espírito, irá nos encorajar a confirmar a sua direção através da oração e da Palavra de Deus. É preciso fazer calar as outras vozes que como zabumbas retumbantes querem impedir que ouçamos a voz suave do Espírito Santo de Deus. Quando o Senhor ordena, só temos que obedecer. Devemos obedecer mesmo em detrimento do nosso próprio querer. Carne e Espírito são opostos entre si; não há como conciliá-los; a carne não se converte, precisa ser domada; a carne só se converterá quando Jesus voltar, só aí a carne corruptível se revestirá de incorruptibilidade. Não basta ter ou viver no Espírito; é preciso andar no Espírito.  Dons sem frutos para nada aproveitam. O Senhor espera de nós uma plena rendição ao completo governo de Jesus. Andar testifica do viver. O desejo de Deus é que andemos seguros sob o comando e diretriz do Espírito Santo. Não basta ter ou viver no Espírito; é preciso Andar no Espírito; Ele é a nossa segurança. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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