QUANDO O SENHOR
RESOLVE NOS REFAZER, MELHOR NÃO RESISTIR!
“Palavra do Senhor que veio a Jeremias
dizendo: Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.
Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue a sua obra sobre as
rodas. Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a
fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. Então, veio a mim a Palavra do
Senhor: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? –
Diz o Senhor; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha
mão, ó casa de Israel”. Jr 18.1-6.
Busquemos
discernimento para compreender o mover de Deus e nos entregar sem resistência
ao seu trabalhar. O texto lido mostra Jeremias, no exercício do seu difícil
ministério profético, sendo enviado à casa do oleiro onde receberia instruções
de Deus a respeito de como ele trabalha na vida do seu povo escolhido. O Senhor
costuma usar coisas e situações simples e corriqueiras para nos ensinar lições
preciosas. Desta vez, antes de Jeremias levar ao povo desobediente a mensagem
de Deus, ele deveria ir à casa do oleiro e ver de perto o seu processo de trabalho
para a fabricação de vasos. O trabalho do oleiro ilustra bem a maneira como
Deus pode trabalhar na vida de seus escolhidos, com o fim de quebrar sua
resistência para que se voltem ao Senhor e se tornem vasos de honra em suas
mãos habilidosas. Ah, se tivéssemos percepção espiritual para discernir quando
e o quanto Deus está trabalhando em nós! O Trabalhar de Deus não é igual com
todos, mas quando o Senhor entende de moldar um escolhido seu, ele se torna
implacável até que aquele escolhido se torne um vaso de honra para louvor de
sua glória. Todos os grandes homens e mulheres usados como instrumentos de Deus
em todos os tempos experimentaram ou estão experimentando esse processo de
transformação. O grande problema, é que invariavelmente, por falta de
maturidade ou discernimento, atribuímos ao adversário àquilo que está sendo
operado pelo próprio Deus. Muitas vezes é necessário que desçamos ao Vale,
porque é lá que se encontra a maior e mais bem equipada Sala de aula de Deus.
Para que um vaso seja feito, precisa passar por um processo longo e doloroso.
A Olaria de
Deus é lugar de aprendizado! Essa Olaria fica em um Vale e precisamos nos
dispor a descer para sermos ministrados ali. O Senhor não descarta vaso escolhido,
mas o refaz segundo bem lhe parecer. Como este barro somos nós nas mãos do
Oleiro Divino. Para que o barro possa ser usado pelo oleiro, ele precisa: Ser
Separado e Escolhido! Há muitos tipos de barro, mas poucos servem para a
fabricação de vasos utilitários, isso porque nem todos podem ser modelados. Na
vida espiritual é do mesmo jeito, todos são feitos de barro, porém nem todos se
tornarão vasos úteis, de honra. Descobrimos que o oleiro conhece o tipo de
barro a ser escolhido, mesmo que para alguns esse barro aparentemente não sirva
para nada e ainda seja repulsivo, basta o oleiro tocá-lo para saber em que ele
pode ser transformado. Vale salientar aqui que o mérito não é do barro, mas das
mãos habilidosas e transformadoras do oleiro.
O barro precisa ser curtido! O vaso que Jeremias viu sendo feito,
estragou-se nas mãos do oleiro, isto acontece quando o barro não está bem
curtido. Quanto maior o curtimento, maior a liga; quanto maior a liga, maior a
resistência. Nesta fase, o barro fica aparentemente jogado num canto, levando
água e sol, e é assim que as impurezas vêm à tona até ficar pronto para a fase
seguinte. Conosco é do mesmo jeito: quanto maior for a obra que Deus tem para
nós, maior será o “curtimento”. É um tempo de solidão, parece que ninguém
presta atenção em você; parece que nada dá certo e nem Deus o ouve. Até o céu
parece silenciar. É aqui que vêm à tona as impurezas: Raiva, ira, desânimo,
reclamação, murmuração, vícios, revolta, vontade de morrer, e até de desistir
de tudo. Se você está se sentindo assim, você está sendo “curtido” por
Deus. Pare agora mesmo e clame por mais
graça!
O barro
precisa Ser Pisado! Quando o barro escolhido sai do curtimento,
vai para um lugar onde é literalmente pisado, amassado. Pisar o barro faz com
que as bolhas de ar nele contidas, sejam retiradas para que não danifiquem o
vaso depois de pronto. A figura do ar em bolhas aqui, nos remete àqueles
sentimentos como orgulho, vaidade, soberba, arrogância, autoconfiança
excessiva, prepotência, mentiras, compulsões, rebeliões, exageros,
desequilíbrios e tantas outras coisas que deixam o ego de muitos inflado como
um balão e acabam por danificar o vaso do Senhor. Para eliminar esse “ar” somos
pisados, humilhados, machucados até que toda bolha de “ar” seja esvaziada do
nosso coração. Os humilhados serão exaltados, lembra? A grande escola de
humildade de Deus é a humilhação. O barro precisa passar por alguns
acréscimos! O vaso na mão do oleiro quebrou-se, porque além de não ter sido
bem curtido e pisado, faltou algum ingrediente para que se tornasse resistente.
Para a fabricação de vasos utilitários, é necessário depois do curtimento e do
pisamento, acrescentar palha fina e pedra triturada, para que se tornem
resistentes. Só os jarros para adorno é que não necessitam de acréscimos, são
frágeis por natureza, não tem nenhuma serventia a não ser enfeitar. Deus quer
vasos resistentes para ser usados por ele, não jarros de adorno. Aqui
precisamos da mistura preciosa de santidade, humildade, compromisso com Deus,
submissão, fé e obediência. Sem essa mistura não resistiremos à glória e a
unção de Deus sobre nós. O barro precisa ser moldado segundo o uso do
Oleiro! Aqui o barro é colocado sobre a roda do oleiro e ali, vai receber a
forma de acordo com a vontade e criatividade do oleiro. Mesmo já nessa altura
do processo, quando as mãos hábeis e sensíveis do oleiro tocam o barro e sentem
alguma imperfeição, ainda há tempo daquele vaso ser desmanchado e refeito. Às vezes é necessário começar tudo de novo,
porém barro escolhido não é jogado fora, é barro especial, e será trabalhado
até se tornar um honroso e útil vaso para a glória de Deus. Por isso não pense
que você não presta pra nada, simplesmente o trabalho do oleiro ainda não
terminou.
Uma vez
moldado o vaso precisa ser cozido! Só o barro escolhido e bem trabalhado
agüenta as altas temperaturas do forno da olaria. É o batismo de fogo com o
qual somos batizados por Jesus depois de recebermos o batismo com o Espírito
Santo. Muitos neste momento, no meio do povo escolhido estão sendo submetidos
às altas temperaturas das tribulações e adversidades. Se você é uma dessas
pessoas, creia, Deus tem uma grande obra na sua vida. Quanto maior for a
temperatura do forno da olaria, maior será o propósito para o vaso escolhido. O
que aprendemos na Olaria de Deus? Valorize o fato de que você é barro escolhido
por Deus, para se tornar um vaso de honra. Essa solidão que você tem sentido,
parece que todos resolveram lhe ignorar, nem suas orações são respondidas como
você quer, é Deus curtindo o barro, para tirar as impurezas. Não resista a esse
trabalhar! As humilhações, perseguições e afrontas que tem sofrido, é Deus
pisando o barro para tirar as bolhas causadas pelas sementes malditas que ele
não plantou. Deus quer esvaziar seu ego e enchê-lo da presença do Espírito
Santo. O Senhor está acrescentando tudo que for necessário. Deus está modelando
você na forma de Jesus. O fogo da prova que lhe tem sobrevindo, não é para
destruí-lo, mas para testar a resistência do vaso. Peça graça a Deus para
agüentar o processo doloroso do Oleiro, porque o resultado será maravilhoso e
glorificará o nome do Senhor. Deus precisa de vasos de honra para louvor de sua
excelsa glória e você será um deles! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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