quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Meditação/Nadia Malta/QUANDO A NOSSA ALMA SENTE SAUDADES DE CASA!


QUANDO A NOSSA ALMA SENTE SAUDADES DE CASA!
                                                                           
Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu! Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvam-te perpetuamente. Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva. Vão indo de força em força; cada um deles aparece diante de Deus em Sião. SENHOR, Deus dos Exércitos, escuta-me a oração; presta ouvidos, ó Deus de Jacó! Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido. Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade. Porque o SENHOR Deus é sol e escudo; o SENHOR dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente. Ó SENHOR dos Exércitos, feliz o homem que em ti confia”. Salmo 84. 

Este salmo é chamado de “a pérola dos salmos” enfoca um lamento saudoso de um israelita que se encontrava distante de Jerusalém, por alguma causa desconhecida. Embora seja atribuído aos filhos de Corá ou Coré, Spurgeon em seu livro Esboços Bíblicos dos Salmos diz: “Importa pouco quando foi escrito esse salmo, ou por quem; para nós, ele exala um perfume davídico”. Aqui encontramos as declarações de alguém que saudoso “suspira e desfalece pelos átrios do Senhor”. O salmista se sentia assim, por causa da distancia que se encontrava do seu local de adoração. A palavra átrio está associada aos locais sagrados, embora o dicionário traga outro significado. Os israelitas tinham por obrigação se apresentar diante do Senhor três vezes por ano, para as festas religiosas principais: Pães Azimos ou asmos (páscoa); Semanas ou Primícias (sega do trigo) e Colheita (do fim do ano). Mesmo depois que os israelitas entraram na Terra Prometida, aquelas festas continuaram a lembrá-los como marcos, de que eles ainda eram peregrinos aqui na terra, seu verdadeiro lar era o celestial. A ausência involuntária do local de adoração levou o salmista a sentir uma profunda saudade do templo e da presença de Deus. O cerne do salmo é a necessidade profunda e vital que temos da comunhão com Deus. Essa comunhão torna-se luz e proteção àqueles que a buscam de todo o coração.

Todo cristão fiel sente um tipo de saudade inexplicável da casa do Pai, anseia por proteção e luz neste mundo de densas trevas. Inconformados com este mundo, voltar para casa é tudo que desejamos. Deus é luz para nós mesmo em meio as mais densas trevas e mesmo que esse corpo mortal adoeça ou morra, Ele é nossa proteção e refúgio. Mesmo que o nosso corpo caminhe por lugares tenebrosos de dores, dificuldades, perseguições e lutas externas e internas, ainda assim nosso espírito recriado resiste na esperança de chegar em casa.  O mundo definitivamente não é o nosso lugar, por isso, peregrinar aqui não é fácil. A jornada do peregrino não é linear, antes é cheia de curvas, obstáculos e segue ladeira acima. Caímos e nos levantamos muitas vezes, mas o Senhor é Poderoso para nos suster. As pessoas lá fora, buscam avidamente fórmulas mágicas para atenuar o stress e seus efeitos. Tentam preencher o vazio da alma com tantas coisas, que não passam de paliativos. No entanto, o único remédio eficaz para os males que afligem a humanidade, chama-se JESUS CRISTO, que em nós é a esperança da glória! Acontece, que a maior dificuldade, o maior problema enfrentado hoje é a própria insensibilidade dos corações, sobretudo, para reconhecer que só JESUS é a resposta suficiente para todas as dores do homem. Há muitos anos atrás, mais de trinta, creio, a igreja experimentou um grande despertamento espiritual. Naquela época se podia ver nos carros, nas casas e principalmente nos lábios dos crentes o seguinte lema: JESUS CRISTO É A ÚNICA ESPERANÇA! Era uma pequena faixa branca com as letras verdes. Hoje precisamos mais do que nunca levantar essa bandeira e fazer esse brado ecoar em todos os lugares por onde passarmos: JESUS CRISTO É A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA! 
O salmista manifesta seu anseio por Deus e dá três motivos para prestar seu culto ao Senhor. Primeiro motivo: O prazer do salmista está no Senhor! Assim como a água é essencial para a vida física, a presença de Deus é imprescindível para a nossa vida espiritual. O salmista ama a casa de Deus. Sem esse anseio por Deus, a pessoa morre espiritualmente, não devemos permitir que nada, nem ninguém façam diminuir o nosso anelo pelas coisas de Deus, sobretudo, pela sua presença. O salmista involuntariamente não podia estar na comunhão dos santos, mas a sua alma chegava a “suspirar e desfalecer pelos átrios do Senhor”- O prazer do salmista estava no Senhor. E o nosso, qual tem sido? Segundo motivo: A força do salmista está no Senhor! Aquele cuja força está no Senhor, mesmo quando precisa passar pelo Vale Árido (Vale de Baca), faz dele um manancial. Dali ele tira lições preciosas, porque seu coração cheio de fé é um caminho aplanado. Onde ou em quem temos buscado nos fortalecer? Terceiro Motivo: A confiança do salmista está no Senhor! Encontramos aqui um apelo messiânico. O salmista pede que o Senhor “olhe o rosto do seu ungido”. Alguns estudiosos dizem que esta expressão é o equivalente a dizermos hoje: “em nome de Jesus”. O crente clama ao Senhor pelos méritos de Jesus, não por merecimento próprio. Quando caminhamos pela fé, colocamos o Senhor e sua vontade em primeiro lugar, só a partir daí, podemos alinhar nossas prioridades. Os filhos de Corá eram levitas encarregados de guardar as portas do santuário, um cargo importante e honrado. Na verdade o cartão de vistas da entrada ao templo. O salmista distante do templo sentia saudades daquela tarefa. Ele almejava ao menos estar “à porta da casa do Senhor, do que permanecer nas tendas da perversidade”. Na verdade os verdadeiros templos são os remidos do Senhor, nos quais habita o Santo Espírito, contudo, por causa da comunhão dos santos, que quando se reúnem formam a igreja que é o Corpo de Cristo, somos exortados pelo autor de Hebreus a “não deixar de congregar-nos como é o costume de alguns”. É no Corpo formado de templos vivos que as bênçãos do Senhor são ordenadas. Em quem ou no que temos colocado a nossa confiança? O que este salmo tão querido nos ensina? Precisamos resgatar o prazer pelo Senhor e pela sua Santa Palavra. Bem-aventurados os que habitam na casa do Senhor e o louvam continuamente. Precisamos nos fortalecer no Senhor que é Sol e Escudo, para os que nele se refugiam. Bem-aventurados os que se fortalecem no Senhor. Precisamos confiar nossos cuidados ao Senhor, porque só ele pode nos sustentar e impedir que sejamos abalados! Feliz o Homem que confia no Senhor! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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