sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Meditação/Nadia malta/A NOSSA ESPERANÇA ESTÁ VIVA E SE CHAMA CRISTO!


A NOSSA ESPERANÇA ESTÁ VIVA E SE CHAMA CRISTO! 

Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca”. Lm 3.21-25.                                                    

Não percamos de vista o poder sobrenatural do Senhor para mudar o que parece impossível. Temos pensado muito sobre isto nos últimos tempos quando, sobretudo, quando situações no meio do povo do Senhor nos tiram o fôlego! É sempre oportuno lermos este livro, cujo título já sugere seu conteúdo. Lamentações do profeta Jeremias possivelmente é o livro bíblico que trata do sofrimento do povo de Deus da forma mais explícita que se possa imaginar. O livro trata de uma tragédia a nível nacional. A assolação atingiu a todos indistintamente. O povo de Deus foi levado cativo para Babilônia por causa de sua rebelião. Não há como exagerar a intensidade e a abrangência do sofrimento decorrente da queda de Jerusalém. Ali a perda foi total!  O sofrimento atingiu o nível mais profundo até atos de canibalismo e sacrilégio eram cometidos indiscriminadamente. O livro das Lamentações é chamado de: A cerimônia fúnebre da nação morta! O profeta Jeremias que já havia sido inevitavelmente contaminado pelas circunstancias ao seu redor, pára diante do caos e redescobre a Esperança! Ele sabe que a ira de Deus tem um tempo de duração, enquanto a sua misericórdia e seu amor duram para sempre. Assim, aprendemos que mesmo quando Deus se ira ele nos ama. A própria disciplina de Deus é um ato de amor. Pior que não ter esperança é ter uma falsa esperança. O Senhor enviou profetas para advertir o povo quanto à observância da aliança com ele. A quebra dessa aliança implicaria em cair nas mãos dos adversários, mas o povo obstinado e rebelde não quis ouvir. Depois enviou profetas durante o cativeiro para que o povo se arrependesse, mas ele preferia dar ouvidos aos falsos profetas que prometiam saídas mágicas e iminentes.

Os falsos profetas procuravam trazer falsas esperanças ao povo com relação ao fim do cativeiro. No entanto, aquele cativeiro durou setenta anos (Jr. 25). O Senhor usou o profeta Jeremias para enviar uma mensagem lúcida e verdadeira, embora não agradável, aos cativos em Babilônia – Jr 29.4-14. No versículo 10 ele diz: “Logo que se cumprirem para Babilônia setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar”. Muitos em nosso meio têm estado assim, desesperados, desesperançados achando que suas vidas não têm mais jeito. As lágrimas secaram ou desaprenderam a chorar. Acham que o Senhor os esqueceu e de certa maneira têm olhado para vários lugares tentando achar uma saída e até mesmo se apegado a falsas esperanças, como o povo de Deus do passado. No meio da intensa agonia vigente o profeta Jeremias redescobre três razões para continuar fazendo a sua confissão de esperança. Ele vai buscar essas razões em seu depósito espiritual. Primeira Razão: As misericórdias do Senhor não têm fim e se renovam a cada manhã! Jeremias parou e deixou de olhar para sua própria miséria para lembrar-se da misericórdia de Deus. Ele continuou sentindo dor e sofrimento, mas cria no amor compassivo de Deus, apesar da dureza da cerviz do povo. Isso lhe deu forças para continuar pela fé exercendo seu difícil ministério. O cativeiro de Judá não foi enviado por Deus, mas foi permitido por ele por causa da rebelião do povo. O v. 39 diz: “Por que se queixa o homem vivente? Cada um queixe-se dos seus próprios pecados”. As misericórdias de Deus também são a causa de não sermos consumidos. Por isso não podemos perder de vista esse amor compassivo de Deus. Todas as vezes que o povo se rebelou e voltou-se para Deus arrependido, ele o recebeu e o acolheu com um amor desmedido. Foi assim no passado e é assim hoje

Segunda Razão: A grandeza da fidelidade de Deus! Assim como as misericórdias de Deus se renovam a cada manhã, no final do dia podemos perceber a sua fidelidade. Já contou as bênçãos de hoje? Deus é fiel ao seu povo e espera pacientemente que ele descubra a sua fidelidade imutável. A consciência da misericórdia e da fidelidade de Deus fez Jeremias redescobrir a Esperança Viva e isso lhe deu novo ânimo em meio a todo o caos. A própria alma do profeta brada das profundezas: “A minha porção é o Senhor”. Pelo fato do Senhor ser a porção do profeta, ele poderia esperar nele o quanto fosse necessário. Isso não era confissão de pensamento positivo, era certeza do agir de Deus. E é essa certeza que precisamos ter. Qual a sua porção? Terceira Razão: A bondade do Senhor se manifesta aos que esperam nele! Jeremias não se deixou levar pelas falsas esperanças dos falsos profetas. Deus é um Deus de revelação. Revelação do Senhor se cumpre, nem que para isso seja preciso setenta anos! Às vezes a espera faz parte da resposta e é um treinamento de Deus. A Palavra do Senhor nos assegura que Ele é bom e que a sua misericórdia dura para sempre. Contudo, a bondade e a misericórdia de Deus não nos dão licença para pecar nos voltando contra Ele. As bênçãos do Senhor estão disponíveis aos que andam em seus caminhos. O Senhor se coloca como um muro de fogo ao nosso redor, mas nós insistimos em romper esse muro com nossas rebeliões, e do lado de fora dele há serpentes que nos espreitam para dar o bote, trazendo dor, destruição, enfermidade e morte para as nossas vidas. Devemos atentar para a “bondade e severidade de Deus”. Precisamos reaprender a chorar por nossos pecados, do contrário, nos tornaremos cínicos e insensíveis. Que hoje possamos esquadrinhar os nossos caminhos, prová-los e voltarmos para o Senhor! O que aprendemos aqui? Por mais difíceis que sejam as nossas adversidades e assolações, elas poderiam ser ainda piores, à semelhança do que aconteceu a toda a nação de Judá nos dias do cativeiro de Babilônia! Quando Deus entende de nos consertar e trazer as mudanças pelas quais clamamos, ele usará todos os recursos, até mesmo as adversidades, dores e perdas. Precisamos aprender a redescobrir a Esperança no meio da agonia, do caos olhando para os atributos eternos e imutáveis de Deus especialmente: Misericórdia, fidelidade e bondade. Aprendemos em Lamentações que mesmo no meio do sofrimento mais atroz Deus se manifesta ao seu povo dando-lhe oportunidade de mudança e crescimento. Pense nisso! Deus é a nossa fonte de cura e plenitude, busquemos, pois, a ele! O cativeiro em Babilônia durou setenta anos, enquanto não se cumpriu o tempo não houve resposta de Deus. Por isso, aguarde o agir de Deus, a resposta vem, não desista! A nossa Esperança está viva e se chama Cristo!Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/






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