NA
FÉ NÃO CABE “PORÉM”!
“E os discípulos, ao verem-no andando sobre
as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo,
gritaram. Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não
temais! Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter
contigo, por sobre as águas. E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco,
andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. Reparando, porém, na força do
vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor”! Mateus
14.22 (26-30)33.
Experimentemos
uma fé viva que não deixa espaço para os “poréns”. O texto todo vai do
versículo 22 ao 30. Interessante lê-lo todo. O relato fala de uma das mais
dramáticas lições de fé ensinadas por Jesus aos seus discípulos. Aquela na
verdade, não era a primeira vez que Jesus ministrava fé aos seus discípulos no
meio de uma tempestade. O outro episódio está em Mt 8.23-27 e relata também uma
grande tempestade, só que naquela situação, Jesus estava com eles no barco. A
primeira experiência tipifica os dias de Jesus na terra, antes de sua
crucificação e ressurreição. A segunda aponta para a era da igreja, quando
Jesus se ausentaria da terra fisicamente voltando para os céus. Ambas as
experiências estimulam a prática da fé viva e incondicional. Quando encontramos
na Bíblia referencias a tempestades, muitas águas, ou mar, são invariavelmente
metáforas para ilustrar as tribulações da vida. O mais surpreendente na
sofisticada pedagogia de Jesus é que ele não dá aula teórica. Ele já coloca
seus discípulos em situações práticas, para que aprendam vivenciando. Foi assim
no passado, é assim no presente e será assim sempre. Cabe a nós, nos tornarmos
alunos “ensináveis” e diligentes para assimilar a metodologia de ensino de
Jesus e não sermos reprovados. Há muito crente repetindo o ano. Crentes que já
poderiam ser mestres, mas ainda continuam no Jardim da Infância da fé. A
Experiência daqueles discípulos está registrada na Bíblia, para nos estimular a
atravessar vitoriosamente as nossas próprias tempestades, renunciando aos
“poréns” que se levantam para atravancar as nossas vitórias.
A
experiência daqueles discípulos nos ensina pelo menos cinco certezas. Primeira
certeza: O próprio Senhor os compeliu para a tempestade! Lendo a Bíblia
descobrimos que há dois tipos de tempestades que assolam a nossa vida: Aquela
que vem para correção, como disciplina de Deus (como é o caso do profeta
Jonas); e a que vem para aperfeiçoamento, quando Deus deseja que cresçamos em
maturidade e fé. Muitos cristãos têm a idéia equivocada de que ao obedecer à
vontade de Deus, só navegarão em águas tranqüilas. Mas quando somos impelidos
para uma tempestade por Jesus, devemos lembrar que ele nos trouxe ali para um
fim proveitoso e cuidará de nós. Segunda Certeza: O Senhor se retira
para orar sozinho e certamente intercedia por eles e também intercede por nós!
A terra não é um parque de diversão, é antes uma arena de guerra, santificação
e crescimento espiritual para os que servem a Deus. Jesus sabia a tempestade
que seus discípulos enfrentariam, e o texto diz que “ele subiu ao monte a fim de orar sozinho”. A atitude de Jesus
aponta para o seu ministério de intercessão junto ao Pai em favor dos seus. O
povo de Deus está no “mar” em meio às tempestades da vida e Jesus está, não no
monte, mas nos Altos Céus intercedendo por nós, para que não desfaleçamos e a
nossa fé não vacile. O aparente silêncio de Deus é sinal de preparação. Terceira
Certeza: Assim como Jesus acudiu os discípulos, ele nos acode também! O
Socorro de Jesus, em resposta às nossas orações, muitas vezes nos assombra.
Olhar para Cristo vindo por sobre o mar foi assustador, para aqueles discípulos
já apavorados, parecia um grande “malassombro”. Aprendamos a discernir. Que os
nossos olhos vejam! O Senhor esperou que o barco fosse o mais longe possível,
para que não houvesse nenhuma possibilidade humana de socorro e aí ele entrou
em ação. Aprendemos que “A impossibilidade humana é a oportunidade de Deus”.
Olhar para as situações e tempestades da vida com os olhos da fé, aquieta a
nossa alma exigente e apressada. Por que Jesus andou sobre as águas? Para
mostrar aos discípulos que aquilo que eles tanto temiam (a fúria do mar) era
apenas um caminho para que se aproximassem dele e confiassem nele. O Senhor é
especialista em fazer caminhos na tormenta. O medo e a fé não podem caminhar
juntos, são incompatíveis. O medo cega a fé e produz tormento, para que ela não
enxergue a presença de Deus.
Quarta
Certeza: Aquela situação foi a oportunidade de
Deus para ajudá-los a crescer e se fortalecer! Esse era o propósito daquela
tempestade: Ajudar a aperfeiçoar a fé daqueles discípulos, dissipando o medo de
seus corações. Aqueles discípulos precisavam aprender a confiar em Jesus mesmo
quando ele não estivesse presente e parecesse não se importar. “O justo vive por fé, não pelo que vê”.
Olhe agora para Pedro, ele foi o único naquele barco que ousou enfrentar a
tempestade e ir em direção a Jesus. E Ele teria sido bem sucedido, se não fosse
o “porém” que surgiu no caminho de sua fé. O versículo trinta diz que “reparando, porém, na força do vento, teve
medo”. Pedro ia tão bem, mas começou a afundar, o “porém” estava lá pra
estragar a sua vitória. Quem sabe se não é isto que está acontecendo com você.
A vitória estava às portas, mas aí veio o “porém” e estragou tudo. Hoje
gostaria de desafiar você a renunciar todos os “poréns” que têm impedido um
exercício genuíno de fé em sua vida. Quinta Certeza: O Senhor ajudou os
discípulos até o fim e fará assim conosco! Pedro começou a afundar porque
duvidou; precisamos entender que quando Jesus diz “vem”, essa palavra cumprirá
o propósito para o qual foi proferida. O segredo da vitória é não duvidar e
olhar firmemente para o autor e consumador de nossa fé JESUS CRISTO. A experiência
de Pedro foi enriquecedora para ele, para os discípulos que estavam no barco e
para nós hoje. Quando clamamos por Jesus no meio da tormenta ele entra no barco
conosco e faz cessar os ventos e as ondas por maiores e mais assustadores que
sejam! Aprendemos aqui que: Seguir a Cristo, nem sempre significa navegar em
águas tranqüilas.; Que As tempestades têm seu papel na sofisticada pedagogia de
Deus e ao contrário do que muitos pensam, elas são idéia de Deus e não do
adversário; Que Os “poréns”, sim, são enviados
pelo adversário para minar a nossa fé. Portanto, cuidado com eles! Que As
tempestades vêm para nos corrigir ou para nos aperfeiçoar, cabe a nós nos
deixar ministrar por elas; Que Muitas vezes o centro da vontade de Deus é no
meio de uma tempestade (tribulação, perseguição, enfermidade, aflição, perda ou
provações de maneira geral) e ele mesmo nos impele para lá. Quem sabe se não é
isto que está acontecendo com você agora? Cresçamos na graça e no conhecimento
de Deus sem deixar que os “poréns” estraguem a nossa fé Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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