VISTAMO-NOS COM AS NOVAS VESTES!
“Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação,
maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos
outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos
revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou; no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão
nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos.
Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de
misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade”. Cl
3.8-12.
Esses versículos completam
as exortações do apóstolo Paulo aos cristãos, para que vivam em santidade. O
contexto todo começa no versículo primeiro indo até ao 17. Interessante ler
tudo. Paulo usa a analogia das vestes para ilustrar essa verdade. No início do
capítulo três, ele traz algumas ordenanças no sentido de fazer seus leitores
andarem em novidade de vida: “Buscai as
coisas lá do alto” ; “Fazei, pois,
morrer a vossa natureza terrena”; e “tornai-vos
semelhantes a Cristo”. Note que todos os verbos aqui nesse contexto estão
no imperativo, para não dar margem a nenhuma dúvida quanto ao intento do
Espírito Santo através do apóstolo. A intenção aqui é ordenar, não sugerir. Em
Romanos ele diz: “... como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em
novidade de vida”. O Senhor já nos ressuscitou, mas precisamos nos livrar
das velhas mortalhas que têm nos embaraçado os passos. O Senhor requer de nós
não apenas aparência exterior, mas um coração verdadeiramente transformado.
Temos visto muitas facções do cristianismo perdendo tempo com usos e costumes, sem
se importar realmente com o que as pessoas preservam em seus corações
pretensamente convertidos. Precisamos
entender que o Senhor perscruta mentes e corações. A simples aparência
“piedosa” dos homens não impressiona Deus, ele enxerga as coisas ocultas, os
porões de nossas almas e as intenções de nossos corações. A palavra ainda não
chegou aos nossos lábios, ele já a conhece. Por isso, Paulo exorta seus
leitores a se despirem da velha mortalha do pecado e da antiga vida e colocarem
as vestes santas da nova vida em Cristo, que nada têm a ver com exterioridades.
As vestes da nova vida são espirituais.
O Senhor por meio do
apóstolo Paulo dá duas ordens aqui aos seus leitores de todas as épocas. Primeira
Ordem: Devemos nos despir da mortalha da velha vida. Os que realmente foram
regenerados pelo Espírito de Deus, ressuscitaram com Cristo têm a sua mente
voltada para as coisas lá do Alto. Segunda
Ordem: Devemos nos revestir de vestes novas. Que vestes são essas? As
vestes da Graça de Deus: Paulo lembra aos seus leitores que por serem
eleitos, santos e amados de Deus, precisam ser revestidos de ternos afetos de
misericórdia, de bondade, de humildade e de longanimidade. Os próprios leitores
de Paulo experimentaram essas virtudes mediante a graça de Deus. Os eleitos,
santos e amados de Deus devem demonstrar esses ternos afetos mencionados. Como?
Suportando e perdoando uns aos outros. Essas vestes da graça ao serem
experimentadas suscitam em nós o amor incondicional de Deus, como o grande
vínculo da perfeição. Esse amor passa a ser a nossa credencial de identificação
como seguidores do Cristo. As vestes da Paz de Cristo e da Gratidão:
Neste versículo Paulo passa do caráter para a conduta. Aqui ele fala da paz de
Cristo como elemento identificador da vontade de Deus em nossas vidas. A paz
deve se instalar no coração do Cristão e também no Corpo, a igreja. Essa paz
funciona como um, árbitro (juiz), ela julga se algo é de Deus ou não. No
entanto, é preciso cuidado com a falsa paz, que vem somente para confundir.
Dizer simplesmente: “Estou sentindo paz nessa questão”, não é prova suficiente
que estamos fazendo a vontade de Deus. O coração é enganoso especialmente
quando a carne deseja ardentemente algo. A paz no coração precisa estar
alinhada com a paz na igreja, na família e em concordância com a palavra de
Deus. Esses elementos precisam estar alinhados. Nada perdemos por esperar
pacientemente a vontade e a hora de Deus.
As
vestes da Palavra de Cristo: Os que se revestem da Palavra se
instruem e aconselham-se mutuamente, porque a Palavra de Deus é sabedoria de
Deus. A Palavra deve ser para nós a única regra de fé e prática e deve nortear
a nossa vida. Para isso precisamos ler, meditar e praticá-la. Deve ser sempre
considerada dentro de seu respectivo contexto. Lembre–se sempre que o
adversário também conhece a palavra Deus de Deus e a usou para tentar o próprio
Filho do Senhor. Cuidado com as revelações, sonhos e visões extra-bíblicos. Nem
todo o sobrenatural é de Deus. Portanto, precisamos submeter tudo ao filtro
santo da Palavra de Deus. As vestes do Nome de Cristo: Como cristãos
somos chamados pelo nome de Cristo. Isso é na verdade um grande privilégio em
se tratando de seres humanos imperfeitos, mas pela graça e soberania de Deus
temos esse glorioso nome sobre nós. O nome de Jesus Cristo em nós, além de ser
a esperança da glória, nos autoriza a orar, curar, libertar, perdoar e levar a
salvação às pessoas. Este nome é o salvo conduto para adentrarmos no Santo dos
Santos, na Sala do Trono, na presença do Juiz do Universo, o nosso Pai
Celestial. Tudo isso, porque esse nome está acima de todo nome que possamos
referir tanto hoje como eternamente. Nada fazemos de nós mesmos; e sem ele nada
podemos fazer e isso deve ser motivo de ações de graças. Revistamo-nos das
novas vestes e andemos em novidade de vida!Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário