segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Meditação/Nadia Malta/ANTES TIREMOS A TRAVE DOS NOSSOS OLHOS!


ANTES TIREMOS A TRAVE DOS NOSSOS OLHOS!
                                                                         
Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão”. Mt. 7.1-5. 

Que cada um de nós faça um cuidadoso exame de si mesmo, para não julgar os outros temerariamente. O texto que lemos inicia a última parte do Sermão do Monte, na qual o Senhor fala do cuidado que devemos ter com o juízo temerário (arriscado e irresponsável) que fazemos dos que estão à nossa volta. Isso vale também para a delicada área dos relacionamentos. Uma das colunas de sustentação da igreja é a comunhão (koinonia). Comunhão implica em exercício de tolerância com as falhas e fraquezas uns dos outros, sim, porque todos nós temos falhas e defeitos. No entanto, essa comunhão tem sido ferida por nossos julgamentos condenatórios dos nossos irmãos e familiares, comprometendo as nossas vitórias. O desejo do coração de Deus é que primeiro tiremos a trave de nossos próprios olhos para depois então nos atrever a mexer no cisco do olho do irmão. Embora, nem sempre possamos nos envolver diretamente em certas situações, sempre podemos orar à respeito. Há momentos que precisamos recolher o braço de carne e confiar que o Senhor entrará com a providencia. Na verdade, a Palavra de Deus não nos proíbe de ver o que está errado, pois precisamos ter discernimento diante das situações, mas nos proíbe terminantemente de julgar o nosso irmão. O que Deus quer nos ensinar hoje é: O que devemos fazer com a nossa descoberta. Há duas atitudes bíblicas que devem ser tomadas: Orar pela situação, sem compartilhar com ninguém, para que não vire maledicência; ou ir direto ao irmão em questão e admoestá-lo com graça e amor de Deus. Inevitavelmente quando optamos pela primeira ação, Deus já se move em nosso favor.

Sempre que acusamos, julgamos, sentenciamos, condenamos e amaldiçoamos, o fazemos pela eficácia do adversário, não de Deus. Tenho aprendido nesses mais de trinta anos de caminhada com o meu Senhor, que tudo em nossa vida, faz parte do treinamento específico de Deus para nós! O grande alvo desse treinamento é que sejamos despenseiros da multiforme graça de Deus. Não há uma só situação que não caiba a ação efetiva da graça de Deus. Devemos atentar para o fato, de que a mesma lei de julgamento que aplicamos aos outros será aplicada a nós, mais cedo ou mais tarde! Aprendemos duas lições com o Espírito Santo aqui. Primeira lição: Não julguemos para que não sejamos julgados. Se exigimos justiça e retribuição pelas coisas erradas feitas contra nós; seremos tratados com a mesma receita. Você pode perguntar: Por que então encontramos alguns salmos imprecatórios, onde os salmistas clamam que seus inimigos recebam o justo castigo?  Porque eles ainda não haviam experimentado o Espírito da Graça e de Vida que experimentamos hoje! O papel de julgar não é nosso, mas de Deus. Quando oramos e abençoamos nossos ofensores, a justiça de Deus se manifesta, na medida dele. A nós não é permitido nem nos alegrar quando nossos inimigos são julgados por Deus. Em Pv 24.17 diz: “Quando cair teu inimigo, não te alegres, e não se regozije o teu coração quando ele tropeçar; para que o Senhor não veja isso e lhe desagrade, e desvie dele a sua ira”. Quando nos alegramos com a desgraça dos nossos inimigos o Senhor desvia dele sua ira, advinha pra cima de quem? Isso mesmo, pra cima de nós! Muitos crentes têm sido derrotados porque tem clamado pelo juízo e julgamento de Deus sobre seus inimigos. Do mesmo modo, irmãos têm pedido o juízo de Deus uns pelos outros. No final das contas todos ficamos travados, a graça não flui e a vitória não vem. Vamos hoje virar esse jogo em nome de Jesus Cristo. Que haja libertação em nosso meio!

Segunda lição: Devemos enxergar claramente tirando primeiro a trave dos nossos próprios olhos. Se olharmos para nós mesmos com honestidade perceberemos o que já recebemos de Deus, apesar de nós. O Senhor usou de misericórdia para conosco para que tenhamos convicção de nossas próprias deformidades, para que assim possamos usar de misericórdia para com todos os deformados à nossa volta. O problema é que nos sentimos muitos santos, muito justos, puros e inculpáveis aos nossos próprios olhos. Olhamos para os nossos irmãos com uma visão de Raio X; mas quando nos auto examinamos, o fazemos através das lentes embaçadas de nossas justiças próprias. Nós nos achamos o máximo! Temos responsabilidade com os nossos irmãos; mas para abençoá-los precisamos tirar a trave que impede a nossa visão. Se quisermos receber misericórdia pelos nossos pecados, devemos exercitar misericórdia para com os que estão ao nosso redor! Recebemos aquilo que damos. É a Lei da semeadura e da colheita. “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará”. O que Deus está requerendo de nós? Que possamos entender que estamos em treinamento. Vamos começar esse treinamento fazendo uma faxina no santuário. Que não julguemos temerariamente os que nos rodeiam, para que não sejamos igualmente julgados. O papel de acusador é do adversário, não nosso. Sempre que acusamos, julgamos, sentenciamos e condenamos, o fazemos pela eficácia dele não de Deus! Tem muito crente sendo usado pelo inimigo, sem se dar conta disso. Precisamos reprimir toda palavra de acusação e julgamento dos nossos lábios. Da mesma fonte não pode sair água doce e amarga. Por isso não empreste seus ouvidos a nenhuma boca maledicente! Se não houver ouvidos curiosos, não haverá língua maledicente. Precisamos ser honestos e tirar a trave de nossos próprios olhos, só aí, enxergaremos claramente para nos atrever a tirar o cisco que está nos olhos do nosso irmão. Que possamos hoje assumir um compromisso de exercitar a graça de Deus em nosso meio e lá fora. Afinal, foi para isso que fomos alcançados por ela! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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